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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/9661
Tipo: | Dissertação |
Título: | Sementes de Campomanesia adamantium (Myrtaceae): uma categoria intermediária quanto à tolerância à dessecação e armazenamento? |
Autor(es): | dos Santos, Ana Karine Paes |
Primeiro orientador: | Alves, Flávio Macedo |
Primeiro coorientador: | de Lima, Liana Baptista |
Primeiro membro da banca: | de Oliveira, Aurora Maria Rosa |
Segundo membro da banca: | Forti, Victor Augusto |
Terceiro membro da banca: | Volpe, Ana Cristina Araújo Ajalla |
Quarto membro da banca: | da Silva, Aparecida Leonir |
Quinto membro da banca: | da Silva, Jane Rodrigues |
Resumo: | O sucesso no armazenamento de sementes depende do conhecimento sobre seu comportamento durante esse período em diferentes condições, o que permite a utilização de técnicas adequadas para a manutenção da viabilidade. Campomanesia adamantium, uma Myrtaceae conhecida popularmente como “guavira”, é nativa do Cerrado e considerada medicinal, além de ter potencial econômico por seu uso na alimentação. As sementes de C. adamantium já foram classificadas como recalcitrantes, demonstrando ser uma espécie com sementes que não toleram a secagem até níveis baixos de teor de água. Porém, há resultados conflitantes na literatura quando se trata do comportamento dessa espécie durante o armazenamento, demonstrando que há necessidade de se avaliar o conjunto de fatores que afetam a viabilidade dessas sementes em diferentes condições de armazenamento para determinar a presença ou não de recalcitrância. Com base no exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho das sementes de C. adamantium após a dessecação e durante o armazenamento em diferentes condições. Sementes de C. adamantium foram secas até 35; 30; 25; 20; 15; 12,5; 10; 7,5 e 5% de água. As sementes com 35, 30, 20, 15, 12,5 e 10% de água foram submetidas ao armazenamento a 25ºC±2ºC e 60%UR, 20ºC±2ºC e 45%UR, 8ºC±1ºC e 30%UR e -7ºC±1ºC e 40%UR. Constatamos que as sementes dessa espécie toleram a secagem até 5% de água. Além disso, podem ser armazenadas a 25ºC±2 e 60%UR por até 60 dias sem prejuízo da viabilidade, desde que seja em alto teor de água (35% ou 30%). Consequentemente concluímos que as sementes de C. adamantium possuem comportamento intermediário à dessecação e ao armazenamento. |
Abstract: | Success in seed storage depends on knowledge about its behavior during this period under different conditions, which allows the use of appropriate techniques for maintaining viability. Campomanesia adamantium, a Myrtaceae popularly known as “guavira”, is native to the Cerrado and considered medicinal, in addition to having economic potential for its use in food. C. adamantium seeds have already been classified as recalcitrant, demonstrating to be a species with seeds that do not tolerate drying until low levels of water content. However, there are conflicting results in the literature when it comes to the behavior of this species during storage, demonstrating that there is a need to evaluate the set of factors that affect the viability of these seeds under different storage conditions to determine the presence or not of recalcitrance. Based on the above, the objective of the present work was to evaluate the performance of C. adamantium seeds after desiccation and during storage under different conditions. C. adamantium seeds were dried to 35; 30; 25; 20; 15; 12.5; 10; 7.5 and 5% water. The seeds with 35, 30, 20, 15, 12.5 and 10% of water were submitted to storage at 25ºC ± 2ºC and 60% RH, 20ºC ± 2ºC and 45% RH, 8ºC ± 1ºC and 30% UR and -7ºC ± 1ºC and 40% RH. We found that seeds of this species tolerate drying up to 5% water. In addition, they can be stored at 25ºC ± 2 and 60% RH for up to 60 days without prejudice to viability, as long as it is high in water content (35% or 30%). Consequently, we conclude that C. adamantium seeds have an intermediate behavior to desiccation and storage. |
Palavras-chave: | longevidade germinação sementes intermediárias teor de água |
CNPq: | Botânica |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Faculdade, Instituto ou Escola: | INBIO |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Citação: | Almeida, SP, Proença, CEB, Sano, SM, Ribeiro, JF. 1998. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, Embrapa. Barton, LV. 1961. Seed Preservation and Longevity. Leonard Hill, London, and Interscience Publishers, N.Y. Braga, VP. 2017. Avaliação do encapsulamento de sementes recalcitrantes de Campomanesia adamantium (Cambess) O. BERG. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Goiás, Jataí. Berjak P & Pammenter, NW. 2008. From Avicennia to Zizania: Seed Recalcitrance in Perspective Annals of Botany, London, v. 101, p. 213-228. Consolaro H, Alves M, Ferreira M, Vieira D. 2019. Sementes, plântulas e restauração no sudeste goiano – Catalão: Athalaia (Brasília, DF). Damasceno, GA, Souza, PR. 2010. Sabores do Cerrado & Pantanal: receitas & boas práticas de aproveitamento. Campo Grande – MS, UFMS. De Carvalho, JEU & Do Nascimento, WMO. 2000. Sensibilidade de sementes de Jenipapo (Genipa americana L.) ao dessecamento e ao congelamento. Revista Brasileira de Fruticultura. Jaboticabal v. 22, n. 1, p. 53-56. Dickie, JB & Pritchard, HW. 2002. Systematic and evolutionary aspects of desiccation tolerance in seeds. Desiccation and Survival in Plants: Drying Without Dying (eds M. Black & H.W. Pritchard), CAB International, Wallingford. p. 239–259. Dresch, DM, Masetto, RMM, Scalon, SPQ. 2015 Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg seed desiccation: influence on vigor and nucleic acids. Annals of the Brazilian Academy of Sciences, v.87, n.4, p. 2217-2228. Dresch, DM, Scalon, SPQ, Masetto, RMM. 2014. Storage of Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg Seeds: Influence of Water Content and Environmental Temperature. American Journal of Plant Sciences, v. 5, p. 2555-2565. Ellis, RH, Hong, TD, Roberts, H. 1990. An intermediate category of seed storage behaviour? I. Coffee. Journal of Experimental of Botany, London, v.41, n.230, p.1167-1174. Fonseca, SCL, Freire, HB. 2003. Sementes recalcitrantes: problemas na pós-colheita. Bragantia, Campinas, v. 62, n. 2, p. 297-303. Forzza, RC. 2010. Catálogo de plantas e fungos do Brasil. v. 2. http://reflora.jbrj.gov.br/downloads/vol2.pdf (acesso em 2019, 10 de setembro). Hong, TD, Ellis, RH. 1996. A protocol to determine seed storage behaviour. International Plant Genetic Resources Institute. Kuhlmann, Marcelo. 2018. Frutos e sementes do Cerrado: espécies atrativas para a fauna: volume 1 / Marcelo Kuhlmann. - 2. ed. – Brasília: M. K. Peres, Pag. 238. Lorenzi, H, Bacher, L, Lacerda, M, Sartori, S. 2006. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas. São Paulo, Plantarum. Marcos-filho, J. 2015. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. 2º ed., Londrina, Abrates. Mato Grosso Do Sul. Lei nº 5.082, 7 nov. 2017. Declara a guavira (Campomanesia spp.) como fruto símbolo do Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências. Assembléia Legislativa de MS. Disponível em: http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/secoge/govato.nsf/448b683bce4ca84704256c 0b00651e9d/c5a7f175144419b7042581d2003e3c2e?OpenDocument. (acesso em 2020, 13 de fevereiro). Melchior, SJ, Custódio, CC, Marques, TA, Machado, NB. 2006. Colheita e armazenamento de sementes de gabiroba (Campomanesia adamantium Camb. – Myrtaceae) e implicações na germinação. Revista Brasileira de Sementes, v. 28, n. 3, p. 141-150. Peixoto, N, Silva, ES, Teixeira, FG, Moreira, FM. 2005. Avaliação do crescimento inicial de populações de guabiroba em Ipameri. Em: I Jornada de iniciação Científica. Anápolis. Pott, A, Pott, VJ. 1994. Plantas do Pantanal. Embrapa: CPAP, Corumbá: Embrapa-SPI, p. 320. Roberts, EH. 1973 Predicting the storage life of seeds. Seed Science and Technology. Zürich, v.1, n.4, p.499-514. Roberts, EH, King, MW, Soestina, U. 1981. The dry storage of Citrus seeds. Annals of Botany, v. 48, p. 865-872. Salomão, AN, Sousa-Silva, JC, Davide, AC, Gonzáles, S, Torres, RAA, Wetzel, MMVS, Firetti, F, Caldas, LS. 2003. Germinação de sementes e produção de mudas de plantas do cerrado. Rede de Sementes do Cerrado, Brasília. Scalon, SPQ, Oshiro, AM, Masetto, TE, Dresch, DM. 2013. Conservation of Campomanesia adamantium (Camb.) O. Berg Seeds in Different Packaging and at Varied Temperatures. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 35, p. 262-269. Tweddle, JC, Dickie, JB, Baskin, CC, Baskin, JM. 2003. Ecological aspects of seed desiccation sensitivity. Journal Ecololy. v. 91, p. 294–304. Wyse SB, Dickie JB. 2017. Predicting the global incidence of seed desiccation sensitivity. Journal of Ecology. v.105, p.1082–1093. |
Tipo de acesso: | Acesso Restrito |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/9661 |
Data do documento: | 10-Jun-2020 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal |
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