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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/9039
Tipo: | Dissertação |
Título: | VEGANISMO OU VEGANISMOS? TENSÕES DISCURSIVAS SOBRE CONSUMO E POLÍTICA NO MOVIMENTO VEGANO |
Autor(es): | David Arioch da Silva Alves Barcelos |
Primeiro orientador: | Patricia Zaczuk Bassinello |
Resumo: | Esta pesquisa propõe uma reflexão sobre o movimento tensivo e discursivo do denominado movimento vegano contemporâneo e como é estabelecida a disputa pelos sentidos do veganismo na perspectiva do consumo e da política. Avaliamos essa disputa tensiva principalmente entre o veganismo popular e o veganismo pragmático. Para isso, buscamos compreender primeiro o surgimento e influências do veganismo, assim como suas especificidades no Brasil. Para fazer emergir tais mudanças e pluralidades discursivas no movimento vegano, nos apoiamos nos pressupostos dos Estudos Culturais, levantando inicialmente como tais discursos vão se movimentando e tomando força no contexto do colonialismo. Por meio do diálogo com os estudos de Néstor García Canclini (2015) e Jesús Martín-Barbero (2008), entendemos que tais conflitos discursivos se materializam a partir de negociações e mediações que, se visam favorecer o crescimento do veganismo, também visam favorecer um movimento em detrimento de outro. Como aproximação para essa analítica, percebemos que no que tange ao consumo os movimentos apresentam diferenças na percepção e relação com o hegemônico e que decorrem das diferenças na percepção do político. Assim as disputas entre os movimentos também deixam de ser somente sobre o que consumir em oposição à exploração animal e passam a ser também sobre de onde consumir, já que um movimento (popular), por sua posição anticapitalista, revela uma posição mais intransigente do que o outro (pragmático). Acreditamos que tal pesquisa também traz avanços para se pensar os conflitos no movimento vegano em relação à libertação animal mais como uma questão de meios do que de fins, já que as diferenças envolvem principalmente os meios utilizados para aproximar as pessoas do veganismo, podendo servir como subsídio para outras pesquisas que apontam para essa discussão. Também concluímos que o movimento vegano em si já é um movimento de mediadores socioculturais, ponderando o interesse, independentemente da abordagem, na ampliação dos sentidos do consumo e da política ao não pensá-los somente na relação do ser humano com o ser humano. Com base no que é apresentado nesta pesquisa, e considerando a importância de uma interseccionalidade que seja voltada de outras causas para o veganismo, como as de justiça social e direitos humanos, também propomos uma atenção ao reconhecimento dos animais não humanos como excluídos de uma consideração como oprimidos por interesses humanos por meio da exploração, de outros usos e impactos. |
Abstract: | This research proposes a reflection on the tense and discursive movement of the so-called contemporary vegan movement and how the dispute over the meanings of veganism is established from the perspective of consumption and politics. We evaluate this tense dispute mainly between popular veganism and pragmatic veganism. To do this, we first seek to understand the emergence and influences of veganism, as well as its specificities in Brazil. In order for such changes and discursive pluralities to emerge in the vegan movement, we rely on the assumptions of Cultural Studies, initially identifying how such discourses move and gain strength in the context of colonialism. Through dialogue with the studies of Néstor García Canclini (2015) and Jesús Martín-Barbero (2008), we understand that such discursive conflicts materialize through negotiations and mediations that, if they aim to favor the growth of veganism, also aim to favor a movement to the detriment of another. As an approximation for this analytics, we realize that with regard to consumption, movements present differences in perception and relationship with the hegemonic and that these result from differences in the perception of politics. In this way, disputes between movements also stop being just about what to consume as opposed to animal exploitation and also start to be about where to consume, since a (popular) movement, due to its anti-capitalist position, reveals a more intransigent attitude position than the other (pragmatic). We believe that such research also brings advances in thinking about conflicts in the vegan movement in relation to animal liberation more as a question of means than of ends, since the differences mainly involve the means used to bring people closer to veganism, and can serve as subsidy for other research that points to this discussion. We also conclude that the vegan movement in itself is already a movement of sociocultural mediators, considering the interest, regardless of the approach, in expanding the meanings of consumption and politics by not thinking about them only in the relationship between human beings and human beings. Based on what is presented in this research, and considering the importance of an intersectionality that is focused on other causes for veganism, such as social justice and human rights, we also propose attention to the recognition of non-human animals as excluded from consideration as oppressed by human interests through exploitation, other uses and impacts. |
Palavras-chave: | veganismo Estudos Culturais veganismo pragmático veganismo popular veganismo interseccional. |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/9039 |
Data do documento: | 2024 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais |
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