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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/6693
Tipo: | Dissertação |
Título: | ESTUDO DA BIOMAGNIFICAÇÃO DO MERCÚRIO TOTAL E ORGÂNICO NA CADEIA TRÓFICA AQUÁTICA NO RIO MADEIRA-RO |
Autor(es): | JÉSSICA GIRELLO MOTA VIANA |
Primeiro orientador: | Felipe André dos Santos |
Resumo: | Nesta pesquisa buscou-se compreender de forma mais aprofundada o processo de bioacumulação e biomagnificação do mercúrio, além dos mecanismos de toxicidade deste metal na cadeia trófica aquática do rio Madeira, a fim de identificar se existe contaminação nos organismos primários (base da cadeia) até os quaternários (topo da cadeia) e a partir dos resultados, observar se existem riscos de prejuízos à saúde humana dos que se alimentam de peixes de tal região, baseando-se nas quantidades máximas preconizadas pelas legislações vigentes. Foram coletadas ao longo do rio Madeira, na região de Porto Velho-RO, amostras de águas superficiais, fitoplânctons, zooplânctons, invertebrados e peixes (Branquinha - Potamorhina latior; Dourada - Brachyplatystoma flavicans). Foram quantificados HgT e MetilHg em água pela técnica de espectrofotometria de fluorescência acoplada a sistema de geração de vapor frio e pré-concentração em coluna de ouro (CVFAS). Para HgT em plânctons, invertebrados e peixes utilizou-se espectrômetro de absorção atômica (AAS) especializado em medir a quantidade de mercúrio em amostras sólidas; para metilHg utilizou-se espectrômetro de fluorescência atômica (AFS). Os resultados quantificados mostraram que a água tem concentração média de HgT 0,024 ug/kg e metilHg ficou abaixo do limite de quantificação, para os fitoplânctons média de HgT 293,132 ug/kg e de metilHg 29,713 ug/kg, para os zooplânctons média de HgT 367,012 ug/kg e de metilHg 37,353 ug/kg, para os invertebrados de HgT 609,310 ug/kg e de metilHg 44,060 ug/kg, para a branquinha média de HgT 385,000 ug/kg e de metilHg 235,000 ug/kg e para a Dourada média de HgT 975,000 ug/kg e de metilHg 790,000 ug/kg. Obtendo assim um crescimento de HgT da seguinte forma: 1244093,5% da água para fitoplâctons, de 1557675,9% da água para o zooplâncton, de 66,0% do zooplâncton para o invertebrado e comparando os peixes um com o outro, pois a branquinha é detritívora, comparada a dourada que é carnívora o aumento é de 153,3%. Os resultados apontam para a evidência de bioacumulação e biomagnificação do mercúrio na teia alimentar aquática do rio Madeira, apesar disso, os peixes estão dentro dos limites estabelecidos pelo Mercosul para concentração de mercúrio, indicando que não apresentam níveis de contaminação que possam representar um risco direto à saúde humana, porém vale ressaltar que é de grande relevância a monitorização e busca pelo controle dessa contaminação para conservar a boa saúde dos ecossistemas aquáticos e garantir uma nutrição segura para as populações. |
Abstract: | This research aimed to gain a deeper understanding of the processes of mercury bioaccumulation and biomagnification, as well as the mechanisms of toxicity associated with this metal in the aquatic trophic chain of the Madeira River. The goal was to determine whether contamination exists in organisms ranging from primary (base of the chain) to quaternary (top of the chain) levels. Based on the results, the study aimed to theorize whether there are risks of harm to human health for those consuming fish from this region, considering the maximum allowable quantities set by current regulations. Samples of surface water, phytoplankton, zooplankton, invertebrates, and fish (Branquinha - Potamorhina latior; Dourada - Brachyplatystoma flavicans) were collected along the Madeira River in the Porto Velho-RO region.Total mercury (HgT) and methylmercury (MeHg) were quantified in water using fluorescence spectrophotometry coupled with cold vapor atomic fluorescence spectrometry and pre-concentration on a gold column (CVAFS). For HgT in plankton, invertebrates, and fish, a specialized atomic absorption spectrometer (AAS) was used to measure mercury concentrations in solid samples. Methylmercury was measured using an atomic fluorescence spectrometer (AFS). The quantified results showed that the average concentration of HgT in water was 0.024 μg/kg, with methylmercury levels below the limit of quantification. For phytoplankton, the average HgT concentration was 293.132 μg/kg, and the average MeHg concentration was 29.713 μg/kg. Zooplankton had an average HgT concentration of 367.012 μg/kg and an average MeHg concentration of 37.353 μg/kg. Invertebrates showed an average HgT concentration of 609.310 μg/kg and an average MeHg concentration of 44.060 μg/kg. The Branquinha fish had an average HgT concentration of 385.000 μg/kg and an average MeHg concentration of 235.000 μg/kg, while the Dourada fish had an average HgT concentration of 975.000 μg/kg and an average MeHg concentration of 790.000 μg/kg. Consequently, the HgT growth occurred as follows: 1244093.5% from water to phytoplankton, 1557675.9% from water to zooplankton, 66.0% from zooplankton to invertebrates. When comparing the two fish species, the Branquinha, which is detritivorous, exhibited a 153.3% increase compared to the carnivorous Dourada. The results indicate evidence of mercury bioaccumulation and biomagnification in the aquatic food web of the Madeira River. Despite this, the fish remain within the limits established by Mercosur for mercury concentrations, suggesting that they do not pose a direct risk to human health. However, it is important to emphasize the significance of monitoring and controlling this contamination to preserve the health of aquatic ecosystems and ensure safe nutrition for populations. |
Palavras-chave: | Amazonas xenobiótico bioacumulação |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/6693 |
Data do documento: | 2023 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Química |
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