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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3909
Tipo: | Tese |
Título: | Sujeito Técnico em Secretaria Escolar: identidade(s) n(a) virtual(idade) |
Autor(es): | Santandel, Maria Aparecida da Silva |
Primeiro orientador: | Guerra, Vania Maria Lescano |
Resumo: | Este trabalho visa a estudar a construção identitária dos cursistas que receberam capacitação técnica ofertada no programa Profuncionário, implantado pelo MEC e pela Secretaria de Estado de Educação, sediado na Escola Estadual Afonso Pena, no município de Três Lagoas (MS), entre 2007 e 2010. Considero 31 recortes que compõem o corpora: a escrita de si (sujeito pesquisado) e o discurso do órgão educacional (responsável pela elaboração do Projeto do Curso de Formação), com o objetivo de identificar, em ambos os discursos institucionalizados, a partir das regularidades existentes na escrita/língua, possíveis representações desses profissionais sobre si, sobre o outro e sobre o próprio processo de capacitação em relação à implantação do Planejamento e Diário Online. Além disso, investigo como a governamentalidade e a biopolítica fomentam a subjetividade desse sujeito no espaço escolar. Analiso a materialidade linguística da escrita virtual postada no Formulário do Google Docs, a partir da hipótese de que o curso do Profuncionário contribuiu para as relações de saber/poder do profissional servidor da educação básica em relação ao contexto tecnológico vivenciado por eles durante a implantação do Planejamento e Diário Online, impondo-lhes um "novo construto identitário" – in(ser)ido – como técnico na/da virtualidade, e forçando-os a uma construção identitária considerada fluida. Utilizo o método arqueogenealógico foucaultiano, com abordagem qualitativa e de exploração linguística, para tratar da representação identitária no contexto pós-moderno. Adotando a perspectiva discursivo-desconstrutivista (CORACINI, 2010) e culturalista, os gestos interpretativos pautaram-se nos estudos de Pêcheux (1993), Foucault (2008), Mignolo (2008), Nolasco (2016), Mbembe (2014), Lacan (1972), entre outros. Considerando as condições de produção do discurso em estudo, exploro dados sobre os servidores administrativos e reflito sobre o acontecimento da capacitação, TIC e escrita virtual. A análise interpretativa dos discursos dos servidores administrativos, considerando o contexto educacional, mostra que as relações de saber/poder/sujeito presentes na escrita virtual/língua reforçam o discurso mediado pela globalização, cujas “práticas de si” são a pirâmide central, impondo ao sujeito a angústia pela incompletude, por ser diferente ao portar o conhecimento advindo da capacitação que o move a uma situação de subserviência e de esvaziamento de si. O sujeito Técnico em Secretaria Escolar vivencia o silenciamento ao saber ouvir e cumprir normas, o que reforça as relações de poder apresentadas no enfoque técnico-pedagógico vigente no século XXI, em especial, em programas nacionais como o Profuncionário, que visam a sujeitos formatados para alcance produtivo e sistêmico, contribuindo para conservar o poder positivista. Dessa forma, a capacitação por si surge como um mecanismo de exclusão, causando competitividade e promovendo a diferença em relação à alteridade, enquanto enaltece o papel da instituição Estado como gestor. Emergem construtos identitários multifacetados e flexíveis, invisíveis nos Projetos e práticas pedagógicas existentes no espaço escolar, resultantes do simulacro cultural de domínio colonial, que o pós-colonialismo confirma (re)existir. |
Abstract: | Este trabajo investiga la construcción indentitaria de los alumnos que recibieron formación técnica ofrecida por el programa Profuncionario, creado por el Ministerio de Educación y por la Secretaría Provincial de Educación, ubicada en la Escuela Pública Afonso Pena, en la ciudad de Três Lagoas (MS), entre 2007 y 2010. Considero treinta y uno datos que componen la investigación: la escritura de si (sujeto investigado) y el discurso institucional (proponentes del Proyecto del curso de formación), visando, en las dos partes, la identificación, por medio de las regularidades existentes en la escritura/lengua, de posibles representaciones de estos profesionales sobre si, sobre el otro y sobre el propio proceso de capacitación en relación a la creación del Plan y del Diario en línea. Además de eso, investigo como la gubernamentalidad y la biopolítica fomentan la subjetividad de este sujeto en el espacio educacional. Hago un análisis de la materialidad lingüística de la escritura virtual subida en Formulario del Google Docs, por medio de la hipótesis que el curso Profuncionario contribuyó para las relaciones del saber/poder del profesional de la enseñanza básica en relación al contexto tecnológico vivenciando por ellos durante la creación del Plan y del Diario en línea, imponiéndoles una "nueva identidad" como técnico en la/de la virtualidad, y forzándoles a una construcción identitaria considerada fluida. Utilizo el metodo arqueogenealogico foucaultiano, con un abordaje cualitativo y de exploración lingüística, para reflejar la representación identitaria en el contexto postmoderno. Adoptando la mirada discursiva desconstrutivista (CORACINI, 2010) y culturalista, las reflexiones y los análisis se estructuran en los estudios de Pêcheux (1993), Foucault (2008), Mignolo (2008), Nolasco (2016), Mbembe (2014), Lacan (1972) y otros. Considerando las condiciones de producción del discurso en cuestión, exploro datos sobre el trabajador administrativo y reflejo el acontecimiento de la capacitación, de la TIC y escritura virtual. El análisis de los discursos de los trabajadores administrativos, considerando el contexto educacional, muestran que las relaciones de saber/poder/sujeto presentes en la escritura virtual/lengua enfatizan el discurso reglado por la globalización, cuyas "prácticas de si" son la pirámide central, imponiendo al sujeto una angustia por lá incompletitud, por ser diferente al poseer el conocimiento vino de la capacitación que le mueve a una situación subserviente y de esvaciamiento de si. El sujeto técnico en secretaría escolar vivencia el silenciamiento al saber oir y cumplir reglas, que refuerza las relaciones de poder presentadas en el enfoque técnico pedagógico del siglo XXI, sobretodo, en programas nacionales como el Profuncionario que desea sujetos construidos para lograr producción y sistematización, contribuyendo para la conservación del poder positivista. De esta manera, la capacitación aparece como un mecanismo de exclusión, resultando en competición, fomentando la diferencia en relación a alteridad, mientras enaltece la función de la institución Provincia como gestora. Emerjen construcciones de identidad multifacéticas y flexibles, invisibles en los Proyectos y Prácticas Pedagógicas existentes en el espacio educacional, resultado del simulacro cultural de dominio colonial, que el postcolonialismo confirma (re)existir. |
Palavras-chave: | Identidade Capacitação Técnica Profuncionário Discursos Institucionais Governamentalidade Biopolítica Subjetividade Tecnologia Educacional Arqueogenealogia Discurso Pós-colonial |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3909 |
Data do documento: | 2021 |
Aparece nas coleções: | CPTL - Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) Programa de Pós-graduação em Letras (Campus de Três Lagoas) |
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