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Tipo: Dissertação
Título: CORPO EPISTÊMICO FRONTEIRIÇO: LUGAR DESCOLONIAL DAS SENSIBILIDADES BIOGRÁFICAS, CORPORAIS E LOCAIS
Autor(es): MARINA MAURA DE OLIVEIRA NORONHA
Primeiro orientador: Edgar Cezar Nolasco dos Santos
Resumo: Este trabalho tem por objetivo (re)ler os corpos a partir de uma epistemologia outra da fronteira-sul como opção descolonial. Portanto, o corpo epistêmico fronteiriço aqui em vislumbre será tomado como contra modelo ao corpo defendido pela lógica ocidental/moderna, assentada no cogito cartesiano, segundo o qual se não pensarmos eurocentricamente meu/nossos corpos não existirão. Assim, no intento de descolonizar os corpos da diferença colonial, o meu/nossos corpos epistêmicos fronteiriços estão pautados em discussões atravessadas pela crítica biográfica fronteiriça (NOLASCO, 2013) com um fazer/saber outro da fronteira-sul de um lócus geoistórico que desafia os projetos imperiais/territoriais edificados pelo contexto da interioridade moderna. Por conseguinte, a intenção é dar visibilidade aos corpos da exterioridade fixados na ideia de arquivo (DERRIDA) na distinção entre razão e emoção, segundo projeto moderno. Considerando essas questões, penso e insisto na ideia primeira para instaurar meu próprio bios/lócus num corpo de pesquisadora, mulher, de cor e subalterna por excelência, visando abrir o arquivo outro na/da fronteira de Mato Grosso do Sul – Brasil. Entende-se que o corpo também é “conceito” a ser discutido por uma teorização fronteiriça, como o corpo da exterioridade, a corpopolítica (Mignolo), o corpo da diferença colonial e por outros conceitoscorpos na esteira da crítica biográfica fronteiriça. Valendo-me de uma metodologia de caráter bibliográfico e respaldada por teóricos/críticos que nos ajudam a pensar a paisagem biogeográfica (BESSA-OLIVEIRA) busquei deter-me nos corpos latinos da fronteira-sul. Nesse ponto, dentre os teóricos utilizados, menciono Walter Mignolo, Frantz Fanon, Gloria Anzaldúa, Aníbal Quijano, Ramón Grosfoguel, Boaventura de Sousa Santos, Juliano Pessanha, Eneida Maria de Souza, Edgar Nolasco, Bessa-Oliveira, Jacques Derrida, Francisco Ortega e outros. Sendo assim, ao longo da pesquisa, evidenciamos a prática epistêmica no desenvolvimento de cada capítulo. No capítulo I “COR(POR)AZONAR – O ESPAÇO INTIMO BIOGRÁFICO: uma opção descolonial epistêmica fronteiriça”, volto-me, essencialmente, para o corpo epistêmico fronteiriço exatamente para pensar em corpos outros que ensejo discutir, corpos de vidas locais que foram insistentimente relegadas à diferença colonial/moderna. No capítulo II, “CORPO (DES)ARQUIVO: memórias na/da fronteira da exterioridade”, debrucei-me sobre a crítica do bios, tendo como maiores expoentes os conceitos de memória e arquivo à luz de teóricos a contar de formulações de Derrida, passando pela ideia de arquivo outro, da fronteira-sul. O corpo será tratado como lugar de memóriaarquivo das práticas epistêmicas de Mato Grosso do Sul. No capítulo III, “CORPO ILUSTRAÇÃO: entre curvas/retas – corpos epistêmicos fronteiriços”, retomo de forma ilustrativa as discussões teóricas a partir da crítica comparatista biográfica pensada da latinidade fronteira-sul, lugar descolonial das sensibilidades biográficas, corporais e locais. Enfim, por meio da discussão realizada ao longo do texto como um todo procurei contornar o lugar conceitual pelo que vim chamando de “corpo epistêmico fronteiriço”. Palavras-chave: Corpo epistêmico fronteiriço; Descolonialidade; Crítica biográfica fronteiriça.
Abstract: This work aims to (re) read the bodies from an epistemology another from the southern border as a decolonial option. Therefore, the epistemic body frontier here in glimpse will be taken as a counter model to the body defended by western / modern logic, based on the Cartesian cogito, according to which if we do not think eurocentricly my / our bodies will not will exist. Thus, in an attempt to decolonize the bodies of colonial difference, the my / our border epistemic bodies are based on emotional crossed by the frontier biographical criticism (NOLASCO, 2013) with a do / know another one on the southern border of a geo-historical locus that challenges projects imperial / territorial buildings built by the context of modern interiority. Per intention, the intention is to give visibility to the bodies of the exterior fixed in the idea of archive (DERRIDA) in the distinction between reason and emotion, according to project modern. Issues these issues, I think and insist on the idea, first to to install my own bios / locus in a body of researcher, woman, of color and subaltern par excellence, open the other file on / from the border of Mato Grosso do Sul - Brazil. It is understood that the body is also a “concept” to be discussed by a frontier theorization, like the body of the exterior, the corpopolitics (Mignolo), the body of colonial difference and other body concepts in the wake of the frontier biographical criticism. Using a methodology bibliographic character and supported by theorists / critics who help us to thinking about the biogeographic landscape (BESSA-OLIVEIRA) I tried to stop at the Latin bodies of the southern border. At this point, among the theorists used, I mention Walter Mignolo, Frantz Fanon, Gloria Anzaldúa, Aníbal Quijano, Ramón Grosfoguel, Boaventura de Sousa Santos, Juliano Pessanha, Eneida Maria de Souza, Edgar Nolasco, Bessa-Oliveira, Jacques Derrida, Francisco Ortega and others. Thus, throughout the research, we have evidenced the epistemic practice in the development of each chapter. In chapter I “AZONAR COLOR (POR) - THE BIOGRAPHIC INTIMATE SPACE: a borderline epistemic decolonial option ”, I turn, essentially, to the border epistemic body exactly to think of other bodies that I want to discuss, bodies of local lives that have been insistently relegated to the colonial / modern difference. In chapter II, “BODY (DES) ARCHIVE: memories at / of the frontier of exteriority ”, I looked at the critique of bios, having as main exponents the concepts of memory and file in the light of theorists telling of Derrida's formulations, passing by the idea of another file, from the southern border. The body will be treated as a place of archival memory of the epistemic practices of Mato Grosso do Sul. In chapter III, “BODY ILLUSTRATION: between curves / straights - border epistemic bodies ”, illustrative form the theoretical discussions from the biographical comparative criticism thought of the southern frontier latininity, a decolonial place of sensitivities biographical, corporal and local. Anyway, through the discussion held over of the text as a whole I tried to get around the conceptual place for what I came calling it “border epistemic body”. Keywords: Border epistemic body; Decoloniality; Biographical criticism border.
Palavras-chave: Corpo epistêmico fronteiriço
Descolonialidade
Crítica biográfica fronteiriça.
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3836
Data do documento: 2020
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens

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