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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3155
Tipo: | Dissertação |
Título: | O princípio da cooperação em contexto forense : as máximas conversacionais em audiências judiciais |
Autor(es): | Araujo, Claudia Poliana de Escobar de |
Primeiro orientador: | Burgo, Vanessa Hagemeyer |
Resumo: | Este trabalho visa a analisar, dentro de uma perspectiva sociointeracional da língua falada, o Princípio da Cooperação em interações forenses, de modo a assinalar o atendimento ou a violação das máximas conversacionais de Grice (1975) nas respostas de vítimas e acusados em processos judiciais. O aporte teórico desta pesquisa está fundamentado nos princípios da Análise da Conversação e da Pragmática em relação de interface com a Linguística Forense, com base, especialmente, nos trabalhos de Sacks, Schegloff e Jefferson (1974), Koch (2015, 2016), Marcuschi (1986), Caldas-Coulthard (2014), Couthard e Johnson (2010) e Coulthard (2014). Para a realização deste trabalho, focalizamos a fala institucional em ambientes forenses e, para a constituição do corpus, utilizamos gravações de audiências judiciais da comarca de Mirandópolis, interior de São Paulo, transcritas conforme Preti (2003). No que concerne à estrutura, este trabalho é composto por três capítulos: no capítulo um, apresentamos questões pertinentes à língua falada e aos estudos da Pragmática; o segundo capítulo trata da Linguística Forense e da interação em contextos legais. No terceiro capítulo, descrevemos a metodologia, constituição do corpus e análise e discussão dos dados. Por fim, apresentamos as considerações finais a respeito da pesquisa. De acordo com os resultados, assinalamos que os falantes violaram, na maioria dos casos, a máxima conversacional de quantidade: ora falaram menos do que o solicitado, ora falaram além do solicitado. Na tentativa de demonstrarem que suas contribuições eram verdadeiras, os depoentes procuraram atender à máxima de qualidade e, no que tange à máxima de relação, suas contribuições, em grande parte, foram relevantes. Já a máxima de modo foi menos respeitada pelos falantes: as falas, em muitos momentos, foram ambíguas, prolixas e desordenadas. |
Abstract: | This work aims to analyze, from a sociointerational perspective of the spoken language, the Cooperative Principle in forensic interactions in order to indicate the fulfillment or the violation of Grice’s conversational maxims (1975) in the responses of victims and defendants in legal proceedings. The theoretical framework of this research is based on the inter-relationship among the principles of Conversation Analysis, Pragmatics and Forensic Linguistics, especially on the works of Sacks, Schegloff and Jefferson (1974), Koch (2015, 2016), Marcuschi (1986), Caldas-Coulthard (2014), Couthard and Johnson (2010), and Coulthard (2014). As we focus on institutional talk in forensic settings, the corpus is composed of audio recordings of court hearings in Mirandópolis (a city located in the state of São Paulo), which were transcribed according to Preti (2003). In relation to the structure, this work is composed of three chapters: in chapter one, we present some aspects concerning the spoken language and Pragmatics; the second chapter deals with Forensic Linguistics and interaction in legal contexts; in the third chapter, we describe the methodology and the constitution of the corpus, followed by the analysis and data discussion. Finally, the final remarks are shown. According to the findings, we point out that the speakers violated, in most cases, the conversational maxim of quantity: sometimes they spoke less than what was requested, and sometimes they spoke more than what was requested. In an attempt to demonstrate that their contributions were true, the deponents sought to fulfill the maxim of quality, and toward the maxim of relation, their contributions were largely relevant. Regarding the maxim of manner, it was less respected by the speakers: in many moments, their speeches were ambiguous, prolix and disorderly. |
Palavras-chave: | Princípio da Cooperação Máximas Conversacionais Interações Forenses Análise da Conversação Pragmática Linguística Forense Depoimentos Judiciais Fala Institucional Gravações de Audiências Ambiguidade Linguística |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3155 |
Data do documento: | 2017 |
Aparece nas coleções: | CPTL - Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) Programa de Pós-graduação em Letras (Campus de Três Lagoas) |
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O princípio da cooperação em contexto forense.pdf | 1,64 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
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