Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2841
Tipo: Dissertação
Título: O processo identitário do sujeito indígena: uma análise discursiva da carta do cacique seattle
Autor(es): Machado, João Paulo F. Tinoco
Primeiro orientador: Guerra, Vânia Maria Lescano
Abstract: Este trabalho tem como objetivo geral estudar o processo de constituição identitária do indígenaarticulado na Carta do Cacique Seattle de 1854, sobretudo as possíveis representações de terra que rastreamos na carta, ora para o indígena, ora para o “homem branco”. Para tanto, perscrutamos as relações de saber e poder e as formações discursivas com o intuito de desvelar os gestos de resistência de Seattle e seu povo. Nosso estudo está fundamentado nas relações de saber/poder discutidas por Foucault (2014ab, 2013, 2012) sob a pluma da Análise do Discurso de linha francesa. Buscamos também conhecimentos a respeito da desconstrução de Derrida (2001), sob a visão discursivo-desconstrutivista de Coracini (2006, 2007, 2014) e Guerra (2008, 2010, 2012, 2013); conceitos de cunho culturalista quanto à crítica pós-colonial de Bhabha (2013) e Santos (2003, 2007, 2009, 2010); e concepções de identidade estudadas por Bhabha (2013), Hall (2013) e Castells (2013). Temos o desejo de trazer o olhar e saberes do indígena a fim de desestabilizar saberes hegemônicos que tentam desvalorizar os saberes dos sujeitos marginalizados.Formulamos a hipótese de pesquisa de que a Carta tem de ser examinada como um monumento, isto é, a Carta torna-se uma Nova História para que desse modo obtenhamos a possibilidade de estudar o processo identitário do indígena, que é construído por meio de tensões e resistências; ações que vão de encontro aos saberes hegemônicos, ao capitalismo, à industrialização e aos interesses do governo que privilegiam grupos específicos.Podemos dizer que osujeito indígena Seattle enfrenta preconceitos, sofrendo gestos de exclusão, por não ser igual ao outro, razão por quebusca, no passado, memórias que lhe podem trazer segurança no presente. E, dentro dessa arena, onde conflitosemergem, o processo identitárioagonístico é engendrado, uma vez que o sofrimento e a angústia perpassam a busca da identidade do colonizado, sempre numa construção relacional com o colonizador.
ABSTRACT - The general objective of this work is to study the identity construction process of the indigenous based on the speech of Chief Seattle in 1854, especially the possible land representations that we tracked in the letter containing his speech, sometimes for the indigenous, sometimes for the "white man". Thereby we scrutinize the relations of knowledge and power and discursive formations in order to unravel Seattle and his people’s resistance movements. Our study is based on relations of knowledge/power discussed by Foucault (2014ab, 2013, 2012) under the guidance of the French Discourse Analysis. We also sought notions on the deconstruction of Derrida (2001), under the discursive deconstructivist view discussed by Coracini (2006, 2007, 2014) and Guerra (2008, 2010, 2012, 2013); some culturalist concepts on critical post-colonial era by authors, such as Bhabha (2013) and Santos (2003, 2007, 2009, 2010); as well as the identity concepts studied by Bhabha (2013), Hall (2013) and Castells (2013). We sincerely wish to bring a different point of view of the indigenous’ knowledge in order to destabilize the hegemonic knowledge that attempts to devalue the knowledge of the marginalized people. We formulated the hypothesis that we have to observe the Letter as a monument, turning it into a New History, to obtain the possibility to study how the process of the Chief Seattle’s identity is formed, from between tensions and resistances; actions that go against hegemonic knowledge, capitalism, industrialization and the government interests that favor specific groups. We can say that the subject indigenous Seattle faces prejudice, suffering exclusion gestures, for not being the same as another, that’s why he searches for memories in the that can bring him security in the present, and in this arena where conflicts emerge the agonistic identity process is engendered, given that suffering and anguish are fraught with the search for the identity of the colonized, always in a relational construction with the colonizer.
Palavras-chave: Índios
Pós-colonialismo
Seattle
Indians
Postcolonialism
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2841
Data do documento: 2016
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Letras (Campus de Três Lagoas)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
João Paulo F. Tinoco Machado.pdf899,76 kBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.