O estético em Fazenda Modelo: novela pecuária, de Chico Buarque

Abstract

O estudo realizado nesta dissertação buscou a valorização do projeto estético de Chico Buarque em Fazenda Modelo: novela pecuária (1975), narrativa de estréia do autor, considerando que a leitura feita pela crítica literária destaca motivações políticas referentes ao contexto histórico de produção do Brasil da década de 1970, marcado pelo regime militar. Nossa leitura voltou-se para o plano de ficção narrativa e aos elementos de composição da montagem do texto. Com o inventário das escolhas técnicas e de criação pudemos destacar os processos de estilização da linguagem e de representação da tensão eu/mundo por meio da transposição mítica da realidade. O percurso permitiu verificar as marcas do estilo buarqueano, presentes em sua produção musical e literária. Além disso, reconhecer, no cenário da literatura contemporânea, o dinamismo e a inventiva elaboração estética de Fazenda Modelo: novela pecuária (1975), fonte de criação para o conjunto literário de seu autor e não uma distante experiência literária.

The study accomplished in this dissertation looked to in-crease the value Chico Buarque´s esthetic project in Fazenda Modelo: novela pecuária (1975), first narrative of the author, considering that the reading done by the literary critic highlights referring political motivations to the historical context of production of Brazil of the decade of 1970, marked by the military regime. Our reading went back to the plan of narrative fiction and to the elements of composition of the assembly of the text. With the inventory of the technical choices and of creation, we could highlight the process of styling of the language and of the representation of the tension I/world by means of the mythical conversion of the reality. The course allowed to verify the marks of Chico Buarque´s style presents in its musical and literary production. Besides, to recognize, in the scenery of the contemporary literature, the dynamism and Fazenda Modelo: novela pecuária (1975) inventive aesthetic elaboration, creation source for its author's literary group and not a distant literary experience.