Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1139
Tipo: Dissertação
Título: O discurso midiático no fogo cruzado entre grupos transgressores organizados e equipes de segurança nacional: balas perdidas ou tiros certeiros?
Autor(es): Souza, Jefferson Barbosa de
Primeiro orientador: Guerra, Vânia Maria Lescano
Abstract: Este trabalho visou problematizar o funcionamento de estratégias discursivas inerentes à constituição da formação discursiva no discurso da mídia relativa à criminalidade, a partir de regularidades e descontinuidades, tendo por referência discursos em prol da ressocialização e punição das identidades transgressoras, formando uma espécie de pedagogia social contra o crime. Para tanto, este estudo pautou-se na seleção de enunciados materializados em revistas de circulação nacional, Veja, Época e Caros Amigos. Vale dizer que tomamos o ponto de vista de entremeio da Análise do Discurso franco-brasileira, cujos pressupostos metodológicos e os princípios analíticos nos subsidiam a partir das concepções de enunciado, acontecimento, arquivo e memória. Importante mencionar que se desenvolveram ao longo deste trabalho, diálogos com os Estudos Culturais anglo-brasileiros, os quais forneceram as bases históricas e culturais da prática midiática, além do estudo da ética no que tange às políticas minoritárias. De modo geral, nosso trabalho organiza-se de forma a, no primeiro capítulo, fornecer, a partir da leitura de alguns enunciados pertencentes ao corpus, as condições de produção do discurso midiático, desde a história de sua constituição à visualização da revista como uma prática do discurso midiático. No segundo capítulo, discorremos sobre a história do projeto da Análise do Discurso francesa, tendo Michel Pêcheux como seu proponente. No capítulo seguinte, recorremos aos conceitos com os quais a análise efetua-se propriamente, tendo como referência os métodos de descrição/análise enunciativa e a imbricação do poder, propostos por Michel Foucault, estudos sobre a heterogeneidade discursiva e representação e imaginário sociais. O quarto capítulo destina-se à análise dos enunciados selecionados nas revistas mencionadas, dedicando-se um item a cada revista, em ordem de sucessão acontecimental. As análises demonstraram que o discurso da mídia funciona como um macro-dispositivo que permite a intersecção e inter-relação entre variados discursos e gêneros, que além de configurarem a polifonia, possibilitam às revistas deslocamentos de sua identidade no regime da contradição entre a formulação dos enunciados e a constituição das formações discursivas. Além disso, foi possível observar que o discurso da mídia, como uma espécie de discurso que é da ordem do acontecimento, tende a (re)produzir representações negativas do sujeito que vive na marginalidade, configurando, assim, sua identidade como transgressor. Portanto, em relação a esse esquema imaginário e os da empresa midiática, tendo em vista o espetáculo que permeia a formulação de sua escrita, as identidades transgressoras são levadas pela ordem do discurso à segregação do âmbito social.
This work intended to trouble how media discourse works through strategies in the discursive formation whose constitution is concerned about criminality, starting to regularities and discontinuity, in reference of the transgressor identities’ ressocialization and punition discourses, making value a kind of social pedagogy against crime. In order to do that, this study selected enunciates materialized in national circulation magazines Veja, Época and Caros Amigos. From the French and Brazilian Discourse Analysis, which methodological presupposes and analytical principles some theoretical support us from conceptions of enunciate, event, archive and memory. Important is also to say that developed dialogues with England and Brazilian Cultural Studies, in which gave the historical and cultural bases relatives to media practices, besides studying of ethical in relation of minority polices. In general, our work is organized by way that, in the first chapter, it’s shown the production conditions of the media discourse, since its history to visualization of magazine as a practice. In the second chapter, it’s told French Discourse Analysis project’s history, having in mind Michel Pêcheux as its beginner. In following chapter, the concepts brought must help performing the analysis, mainly around enunciative description/analysis methods and the power inscription, proposed by Michel Foucault, studies about discursive heterogeneity and representation and social imaginary. The fourth chapter is concerned to analysis of enunciates selected on the magazines mentioned, dedicating an item to each magazine, in order of event. The analysis could demonstrate media discourse works like a macro-device, belonging the intersection and interrelation between several discourses and genders and, besides configuring the polyphony, lets discontinuity of the magazines’ identity in the regime of the contradiction between formulation of enunciate and constitution of discursive formations. Besides it, it was observed the media discourse as of the event order, in which it tends to (re)products negative representations relative the subject lives in the marginality, configuring, therefore, its identity like transgressor. Thus, in relation of this imaginary formation and the ones of media enterprise, having in view the spectacle present in the media writing, the transgressor identities are taken by discursive order on media to segregation of the society.
Palavras-chave: Análise do Discurso
Segurança Pública
Linguística
Meios de Comunicação – discursos
Discurso – formação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1139
Data do documento: 2008
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Letras (Campus de Três Lagoas)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Jefferson Barbosa de Souza.pdf1,62 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.