Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/9664
Tipo: | Tese |
Título: | A ironia romântica da moda: o caso Alexander McQueen |
Autor(es): | Bruna Costa Nogueira |
Primeiro orientador: | Rosana Cristina Zanelatto Santos |
Resumo: | O objetivo desta proposta é explorar as relações entre a ironia romântica e alegoria, que colaboram para a construção do projeto estético do estilista Alexander McQueen. Para isso, destacamos de que maneira suas criações incorporam o conceito de alegoria proposto por Walter Benjamin, que trata das relações dos símbolos e seus significados atribuídos ou construídos, que conjuntamente expressa uma convenção de significado e também abre possibilidades de ser revisitada e atualizada, sendo passageira e fixa no tempo, simultaneamente. Além da alegoria, as criações de McQueen se relacionam com a ironia romântica, um movimento que desafia e reformula o modo como o autor se coloca na obra e com ela tende a uma maior capacidade de autocrítica dentro de seu universo artístico. Essa visão baseia-se numa atitude jocosa em que o autor se diverte com este jogo de construção/desconstrução e manipulação, um modo específico de lidar com os limites da representação, no qual o autor está presente na obra e conduz todos os jogos possíveis da dissimulação. Por meio do desenvolvimento dessas relações é possível fazer uma leitura das criações de McQueen enquanto expressões de uma linguagem artística e compreender que ele se vale dos elementos da moda para dar vazão a uma crítica irônica à moda e não se ocupa em reproduzir o que comumente é lido como veículo de normatização de tendências de mercado. A ideia de seu projeto estético irônico encontra na representação feminina, no campo da moda, uma rachadura por onde se pode infiltrar e escorrer pelo sistema, ele desafia as convenções femininas e coloca em questão essas expectativas tradicionais na moda. Ele propõe uma mulher que destoava e que não estava disposta a ser mais uma figura domesticada. Ao invés disso, o estilista propôs figuras que exaltavam a força e a ferocidade, representando suas mulheres como seres temíveis que transmitiam a mensagem de não serem presas fáceis, mas sim criaturas aposemáticas, dotadas de aviso de perigo e toxicidade, a fim de dissuadir possíveis predadores. |
Abstract: | The aim of this proposal is to explore the relationships between romantic irony and allegory, which contribute to the construction of the designer Alexander McQueen’s aesthetic project. To do so, we emphasize how his creations incorporate the concept of allegory as proposed by Walter Benjamin, which deals with the relationships between symbols and their attributed or constructed meanings, collectively expressing a convention of meaning and also opening possibilities for being revisited and updated, being both ephemeral and fixed in time simultaneously. In addition to allegory, McQueen's creations relate to romantic irony, a movement that challenges and reformulates the way the author positions himself within the work and tends toward a greater capacity for self-critique within his artistic universe. This perspective is based on a playful attitude, which the author enjoys this game of construction/deconstruction and manipulation, a specific way of dealing with the boundaries of representation, that the author places himself in the work and conducts all possible games of dissimulation. Through the development of these relationships, it is possible to read McQueen's creations as expressions of an artistic language and understand that he uses fashion elements to give vent to an ironic critique of fashion, rather than occupying the common role of a vehicle for standardizing market trends. The idea of his ironic aesthetic project finds in the female representation, in the field of fashion, a crack through which it can infiltrate and flow through the system; he challenges conventional notions of femininity and questions these traditional expectations in fashion. He proposes a woman who stands out and is not willing to be just another domesticated figure. Instead, the designer proposes figures that exalt strength and ferocity, portraying his women as formidable beings who convey the message of not being easy prey but rather aposematic creatures, endowed with warnings of danger and toxicity to deter potential predators. To fully appreciate this work, I suggest you take the opportunity to learn Portuguese. After all, Brazil has a rich scientific production of high quality in our language, and learning Portuguese would be an elegant way to access this vast knowledge and strengthen cultural ties. Keywords: Alexander McQueen; Romantic Irony, Fashion, Allegory, Aposematism. |
Palavras-chave: | Alexander McQueen Ironia romântica Moda Alegoria Aposematismo |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/9664 |
Data do documento: | 2024 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|
Tese Bruna Costa Nogueira FINAL.pdf | 5,76 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.