Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/8864
Tipo: Tese
Título: ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL SOCIAL E SENSORIAL COMO ESTRATÉGIAS PARA OTIMIZAR O BEM-ESTAR DE EQUINOS EM CONDIÇÕES DE ESTRESSE DE CURTA DURAÇÃO
Autor(es): Ana Caroline Bini de Lima
Primeiro orientador: Viviane Maria Oliveira dos Santos
Resumo: A pesquisa foi desenvolvida para avaliar o efeito de diferentes estratégias de enriquecimento ambiental (EA) sensorial e social sobre o bem-estar de equinos em condições de estresse de curta duração (isolamento social e restrição de movimentos). No capítulo 1, têm-se a revisão de literatura, onde foi abordado inicialmente os desafios enfrentados por equinos no ambiente doméstico e caracterizada a resposta fisiológica e comportamental ao estresse. Em seguida, são descritas estratégias para redução do estresse, sendo apontada a relevância do EA sensorial e social como alternativas em potencial para melhorar o bem-estar da espécie. No capítulo 2 é apresentado o artigo em que foi proposto avaliar o efeito do EA social sem contato, em cavalos submetidos à restrição de movimentos imposta pelo manejo de contenção em tronco, e sua capacidade de facilitar o amortecimento social, promovendo a redução de respostas ao estresse. Foram avaliados equinos da raça Pantaneiro (n=11) em delineamento crossover com tratamento EAS (Enriquecimento ambiental social durante manejo de contenção em tronco), e tratamento IS (Isolamento social durante manejo de contenção em tronco). Parâmetros fisiológicos e expressões faciais (EquiFACS) foram avaliados ao longo dos 24 minutos em que os animais permaneceram contidos. Quando os cavalos foram submetidos ao manejo em isolamento social (IS) asfrequências cardíaca e respiratória foram maiores (p<0,05) do que, quando acompanhados por um coespecífico (EAS). A frequência de expressões faciais associadas a resposta ao estresse como dilatador de narinas (AD38), levantador de sobrancelha interna (AU101), levantador da pálpebra (AU5), aumento do branco dos olhos (AD1), orelhas para frente (EAD101) e orelhas para trás (EAD104), também foram maiores (p<0,05) para IS em comparação com EAS. O EA social sem contato se mostrou uma estratégia eficaz para mitigar o estresse induzido pelo manejo, demonstrando que esta prática pode facilitar o amortecimento social. No capítulo 3 é apresentado o artigo em que foi proposto avaliar o efeito do EA sensorial olfativo com óleo essencial de lavanda em cavalos submetidos à restrição de movimentos imposta pelo manejo de contenção em tronco e isolamento social, e sua capacidade de reduzir respostas ao estresse. Foram avaliados equinos da raça Pantaneiro (n=7) em delineamento crossover com tratamento lavanda (óleo essencial de Lavandula augustifolia) e tratamento controle (TACC). Parâmetros fisiológicos e comportamentais (comportamento geral e expressões faciais - EquiFACS) foram avaliados ao longo dos 24 minutos em que os animais permaneceram contidos. Quando os cavalos receberam o tratamento lavanda sua frequência cardíaca foi menor após a estimulação olfativa (p<0,05). Paralelamente, foi observado aumento da temperatura ocular (p<0,05) para o enriquecimento com lavanda. A frequência de expressões faciais associadas a resposta ao estresse como dilatador de narinas (AD38), mastigação (AD81), exposição da língua (AD19) e piscada (AU145), também foram menores (p<0,05) para lavanda. O EA olfativo com óleo essencial de lavanda influenciou parâmetros fisiológicos e expressões faciais de cavalos Pantaneiros, e se mostrou uma estratégia eficaz para atenuar o estresse de curta duração induzido pelo manejo. Com base nas observações promissoras da utilização do enriquecimento ambiental sensorial e social sobre o bem-estar de equinos em condições de estresse de curta duração obtidas nesta tese, recomenda-se a implantação de ambas as estratégias em centros equestres.
Abstract: The research was developed to evaluate the effect of different sensory and social environmental enrichment (EE) strategies on the welfare of horses under short-term stress conditions (social isolation and movement restriction). In chapter 1, there is a literature review, which initially addresses the challenges faced by horses in the domestic environment and characterized the physiological and behavioral stress responses. Next, strategies for reducing stress are described, highlighting the relevance of sensory and social EE as potential alternatives to improve the well-being of the species. Chapter 2 presents the article in which it was proposed to evaluate the effect of non-contact social EE on horses subjected to movement restriction imposed by restraint handling in stocks, and its ability to facilitate social buffering by promoting the reduction of stress responses. Pantaneiro horses (n=11) were evaluated in a crossover design with EAS treatment (Social environmental enrichment during restraint handling in stocks) and IS treatment (Social isolation during restraint handling in stocks). Physiological parameters and facial expressions (EquiFACS) were assessed throughout the 24 minutes that the animals remained restrained. When horses were subjected to handling in social isolation (IS), heart and respiratory rates were higher (p<0.05) than when accompanied by a conspecific (EAS). The frequency of facial expressions associated with the stress response such as nostril dilation (AD38), inner brow raiser (AU101), upper lid raiser (AU5), eye white increase (AD1), ears forward (EAD101) and ear rotator (EAD104), were also greater (p<0.05) for IS compared to EAS. Non-contact social EE proved to be an effective strategy to mitigate handling-induced stress, demonstrating that this practice can facilitate social buffering. Chapter 3 presents the article in which it was proposed to evaluate the effect of olfactory sensory EE with lavender essential oil on horses subjected to movement restrictions imposed by restraint handling in stocks and social isolation, and its ability to reduce stress responses. Pantaneiro horses (n=7) were evaluated in a crossover design with lavender treatment (Lavandula augustifolia essential oil) and control treatment (TACC). Physiological and behavioral (general behavior and facial expressions – EquiFACS) parameters were assessed throughout the 24 minutes that the animals remained restrained. When horses received the lavender treatment their heart rate was lower after olfactory stimulation (p<0.05). At the same time, an increase in ocular temperature (p<0.05) was observed for lavender enrichment. The frequency of facial expressions associated with the stress response, such as nostril dilation (AD38), chewing (AD81), tongue show (AD19) and blink (AU145), were also lower (p<0.05) for lavender. Olfactory EE with lavender essential oil influenced physiological parameters and facial expressions of Pantaneiro horses and proved to be an effective strategy to mitigate short-term stress induced by handling. Based on the promising observations of the use of sensory and social environmental enrichment on the welfare of horses in short-term stress conditions obtained in this thesis, it is recommended the implementation of both strategies in equestrian centers.
Palavras-chave: .
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/8864
Data do documento: 2024
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Ciência Animal



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