Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/8762
Tipo: Dissertação
Título: AUTOCUIDADO E FRAGILIDADE EM ADULTOS DE MEIA-IDADE E PESSOAS IDOSAS
Autor(es): DIENIFFER WENDY MONTEIRO CABRELLI
Primeiro orientador: Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
Resumo: O envelhecimento populacional é realidade em países desenvolvidos há décadas e relaciona-se às modificações no perfil epidemiológico. A síndrome da fragilidade é uma condição complexa que associa fatores da senescência a um declínio gradativo nos sistemas biológicos. A fragilidade pode estar relacionada a uma redução da capacidade de autocuidado. Este trabalho tem por objetivo avaliar longitudinalmente as relações entre autocuidado e fragilidade em adultos de meia-idade e pessoas idosas cadastradas em Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Três Lagoas/MS. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética. A dissertação está estruturada em dois artigos. Ambos foram do tipo quantitativo, analítico e com desenho longitudinal, sendo uma coleta realizada em 2018/2019 e a outra em 2021. O primeiro artigo objetivou avaliar os fatores sociodemográficos e de saúde relacionados com a piora e com a melhora da fragilidade em adultos de meia-idade e pessoas idosas em um período de dois anos, antes e durante a pandemia da COVID-19. Foi realizado com 200 indivíduos com 45 anos ou mais. A coleta de dados contemplou caracterização sociodemográfica, de saúde e avaliação da fragilidade pelo instrumento autorreferido. A amostra foi predominantemente composta por mulheres, com 60 a 74 anos, baixa escolaridade, fisicamente inativas e com sintomas depressivos. Na avaliação de fragilidade, 58,5% dos participantes permaneceram na mesma categoria, 23,5% melhoraram e 18,0% pioraram após dois anos. Houve associação entre a piora da fragilidade e aumento do número de medicamentos em uso. A melhora da fragilidade foi relacionada à menor idade. O segundo artigo objetivou avaliar se adultos de meia-idade e pessoas idosas pré-frágeis ou frágeis apresentam pior autocuidado em um período de dois anos. A amostra incluiu 197 indivíduos de 45 anos ou mais, avaliados quanto à dados sociodemográficos, instrumento de fragilidade autorreferida e Escala de Avaliação da Capacidade de Autocuidado (ASAS-R). A amostra era em sua maioria do sexo feminino, de 60 a 74 anos, escolaridade baixa e frágil. Não houve associação significativa entre o desfecho autocuidado e a fragilidade avaliada dois anos antes. Conclui-se que a fragilidade é um quadro reversível, especialmente nas pessoas idosas mais jovens; e que o aumento no número de medicamentos em uso está associado à piora da fragilidade. Ainda, ressalta-se a promoção do autocuidado como um fator importante para manutenção da qualidade de vida e longevidade entre pacientes fragilizados ou não, com vistas na preservação da independência.
Abstract: Population aging has been a reality in developed countries for decades and is related to changes in the epidemiological profile. Frailty syndrome is a complex condition that associates senescence factors with a gradual decline in biological systems. Frailty may be related to a reduced capacity for self-care. This work aims to longitudinally evaluate the relationships between self-care and frailty in middle-aged and older adults registered in Family Health Units (USF) in the city of Três Lagoas/MS. The project was approved by the ethics committee. The dissertation is structured into two articles. Both were quantitative, analytical and with a longitudinal design, with the first data collection carried out in 2018/2019 and the second in 2021. The first article aimed to evaluate the sociodemographic and health factors related to the worsening and improvement of frailty in middle-aged and older adults over a two-year period, before and during the COVID-19 pandemic. It was carried out with 200 individuals aged 45 years or over. Data collection included sociodemographic and health characterization and assessment of frailty using the self-reported instrument. The sample was predominantly composed of women, aged 60 to 74 years, with low education, physically inactive and with depressive symptoms. In the frailty assessment, 58.5% of participants emained in the same category, 23.5% improved and 18.0% worsened after two years. There was an association between worsening frailty and an increase in the number of medications in use. The improvement in frailty was related to younger age. The second article aimed to evaluate whether pre-frail or frail middle-aged and older adults have worse self-care over a two-year period. The sample includes 197 individuals aged 45 or over, assessed based on sociodemographic data, self-reported frailty instrument and Self-Care Capacity Assessment Scale (ASAS-R). The sample was mostly female, aged 60 to 74, with low education and frail. There was no significant association between the self-care outcome and frailty assessed two years earlier. It is concluded that frailty is a reversible condition, especially in younger older adults; and that the increase in the number of medications in use is associated with worsening frailty. Furthermore, the promotion of self-care is highlighted as an important factor in maintaining quality of life and longevity among frail or non-frail patients, with a view to preserving independence.
Palavras-chave: Autocuidado. Enfermagem Geriátrica. Envelhecimento. Fragilidade. Idoso.Pessoa de meia-idade.
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/8762
Data do documento: 2024
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (Câmpus de Três Lagoas)

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