O vínculo na constituição da subjetividade contemporânea

Abstract

Este trabalho tem por objetivo analisar as características do vínculo na constituição da subjetividade contemporânea, visando compreender a problemática envolvida na maneira como o laço social se constitui e participa da construção da subjetividade. Como ponto de partida foi realizado um levantamento bibliográfico, permitindo a exploração dos interlocutores que trabalham com a temática, como também uma pluralidade de tipos de vínculos que atravessam outras áreas, além das referências que foram utilizadas como fontes primárias neste trabalho. Contudo, o levantamento bibliográfico viabilizou situarmos as principais literaturas, para que a partir delas fossem organizados os capítulos. Dessa maneira, o primeiro capítulo introduz e contextualiza os conceitos dos autores Pichon-Rivière e Bowlby. O segundo capítulo apresenta as principais características a

respeito da constituição da subjetividade e a relação com o Outro/grupo social, discutindo, portanto, a relação entre indivíduo, grupo e família. Por fim, o terceiro capítulo discute o vínculo a partir da relação entre o sujeito e a cultura contemporânea. Como resultado, entendemos que o sujeito é um ser social que está filiado a um grupo desde do início da vida e as tensões existentes são manifestadas por meio das relações sociais, deste modo, a concepção do eu se constitui a partir da vinculação inicial do encontro com o primeiro Outro, que usualmente é a mãe ou aquele(a) que fornece a função do cuidar. Em tal laço, o sujeito edifica a sua subjetividade, como também tende a repetir inconscientemente em suas relações futuras. A linguagem possui papel significativo neste processo e, por meio dela, que o inconsciente se manifesta, o sujeito se apresenta e se insere nos discursos do laço social.