Papel do profissional enfermeiro no manejo do paciente em isolamento de contato

Abstract

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), especialmente as colonizadas por microrganismos multirresistentes, são um grave problema de saúde pública em todo o mundo, ocasionando alta morbimortalidade e significativo impacto social e financeiro interferindo na qualidade dos serviços de saúde. O controle de infecções vem sendo amplamente discutido na atualidade e pode ser considerado como uma das grandes preocupações das instituições e profissionais de saúde, em especial no que se refere à qualidade do cuidado e à segurança do paciente. Este estudo teve como objetivo contextualizar a atuação da equipe de enfermagem no manejo dos pacientes em isolamento de contato. Realizou-se uma revisão da literatura em forma narrativa, tendo como fonte de dados artigos e monografias encontrados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicados entre 2008 e 2022, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Enfermagem, Infecção hospitalar; Isolamento. Foram critérios de inclusão: texto redigido em português, disponíveis na integra e que respondiam ao objetivo proposto. Os resultados da pesquisa ressaltaram a importância da prevenção e o controle das infecções por meio de técnicas, equipamentos e normas estabelecidas visando evitar a propagação de microrganismos. Existem níveis estratégicos de precauções a serem considerados nos ambientes hospitalares: precaução padrão e precaução específica. As precauções por contato são indicadas para casos nos quais a via de transmissão se dá diretamente, por meio do toque no paciente, ou indiretamente, pelo contato com materiais contaminados, e inclui doenças como tuberculose pulmonar, sarampo, varicela e herpes zoster. A atuação dos profissionais de enfermagem na assistência de pacientes em isolamento de contato deve pautar-se no embasamento relacionado às nomas e princípios técnicos estabelecidos visando evitar a propagação de microrganismos visto que, a maioria dos pacientes hospitalizados por longa permanência, evoluem para infecções e possível óbito por apresentar resistência microbiana, após uso indiscriminado de antibióticos. Conclui-se que a educação continuada oferecida pelo enfermeiro à sua equipe, difundindo conhecimentos voltados às precauções padrão e específica, podem levar à superação das dificuldades e limitações relacionadas ao isolamento de contato, propiciando a segurança dos pacientes.