Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/6978
Tipo: Dissertação
Título: IMPACTO DA VACINAÇÃO PRÉVIA COM BCG NA RESPOSTA ANTI-SPIKE IGG EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE IMUNIZADOS COM DIFERENTES VACINAS CONTRA COVID-19
Autor(es): Mariana Gazzoni Sperotto
Primeiro orientador: Julio Henrique Rosa Croda
Resumo: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2, com impacto global. Diversas pesquisas foram conduzidas em busca de vacinas para prevenir a infecção, das quais, a AstraZeneca, CoronaVac e BNT162b2 foram aplicadas no Brasil. A vacina Bacilo de Calmette e Guérin (BCG), utilizada contra a tuberculose, demonstrou em estudos proteger contra patógenos inespecíficos, ativando macrófagos, fagócitos e citocinas pró-inflamatória, possuindo atividade antiviral. Essa atividade antiviral inespecífica levou a um interesse em investigar se essa vacina poderia oferecer alguma proteção contra o SARS-CoV-2. Com isso, o objetivo do presente estudo foi quantificar a soroconversão e os níveis de anticorpos produzidos pelas vacinas disponíveis no mercado brasileiro, considerando a influência da vacinação com a BCG. Foram selecionados 874 trabalhadores da saúde com idade acima de 18 anos e divididos em grupos para as vacinas AZD1222 (n=592), CoronaVac (n=264) e Pfizer (n=18), cada um com subdivisão entre aqueles que receberam o placebo e aqueles que receberam a BCG. Realizou-se teste quantitativo e qualitativo de anti-spike IgG, utilizando um ensaio quimioluminescente de micropartículas imunológicas no soro coletado 28 dias após a vacinação. O grupo que recebeu a vacina Pfizer apresentou um número reduzido de participantes, e portanto, seus resultados foram excluídos da análise estatística. O estudo encontrou os níveis de anticorpos anti-spike IgG duas vezes mais elevados na vacina AZD1222 em comparação com a CoronaVac (geometric mean ratio (GMR) 2,58, 95% intervalo de confiança (IC)) com duas doses, e quando comparado duas doses da CoronaVac com uma dose de AZD1222, o resultado foi similar (GRM 0,99, 95% IC). A presença da BCG (grupo BCG n=435; placebo salina n=439) não induziu o aumento de anticorpos contra SARS-CoV-2 em ambos os grupos (AZD1222 p=0,38; CoronaVac p=0,76). Com isso, conclui-se que a presença da vacina BCG não aumentou a proteção mediada por anticorpos contra a COVID-19, e a vacina AZD1222 induziu duas vezes mais anticorpos que a CoronaVac.
Abstract: COVID-19 is an infectious disease caused by the SARS-CoV-2 coronavirus, with a global impact. Several research studies have been conducted to find vaccines to prevent the infection, among which AstraZeneca, CoronaVac, and BNT162b2 have been administered in Brazil. The Bacille Calmette-Guérin (BCG) vaccine, used against tuberculosis, has shown in studies to offer protection against non-specific pathogens, activating macrophages, phagocytes and pro-inflammatory cytokines, possessing antiviral activity. This non-specific antiviral activity led to an interest in investigating whether this vaccine could provide some protection against SARS-CoV-2. Therefore, the objective of this study was to quantify seroconversion and antibody levels produced by vaccines available in the Brazilian market, considering the influence of BCG vaccination. A total of 874 healthcare workers over 18 years of age were selected and divided into groups for the AZD1222 vaccine (n=592), CoronaVac (n=264), and Pfizer (n=18), each with subdivisions between those who received the placebo and those who received BCG. A quantitative and qualitative test of anti-spike IgG was performed using a chemiluminescent microparticle immunoassay on serum samples collected 28 days after vaccination. The group that received the Pfizer vaccine had a reduced number of participants, and therefore, their results were excluded from the statistical analysis. The study found that the levels of anti-spike IgG antibodies were two times higher in the AZD1222 vaccine compared to CoronaVac (geometric mean ratio (GMR) 2.58, 95% confidence interval (CI)) with two doses. When comparing two doses of CoronaVac with one dose of AZD1222, the result was similar (GMR 0.99, 95% CI). The presence of BCG (BCG group n=435; saline placebo n=439) did not induce an increase in antibodies against SARS-CoV-2 in both groups (AZD1222 p=0.38; CoronaVac p=0.76). Therefore, it is concluded that the presence of the BCG vaccine did not increase protection mediated by antibodies against COVID-19, and the AZD1222 vaccine induced twice as many antibodies as the CoronaVac vaccine.
Palavras-chave: Anticorpos. Doença pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV). Pessoal da Saúde. Vacinas. Vacina BCG.
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/6978
Data do documento: 2023
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO-Mariana Gazzoni Sperotto.pdf1,78 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.