COVID-19 NA FRONTEIRA OESTE: PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE DE USUÁRIOS EM UM HOSPITAL MILITAR

Abstract

Definido como um dos maiores desafios do século XXI, a Covid-19 atingiu os 5 continentes do mundo. Trata-se de uma doença infectocontagiosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), que emergiu no final de 2019, em Wuhan, Província de Hubei, na China e rapidamente se disseminou. A preocupação gerada em todos os países foi a ausência de planos de contingência prontos para serem aplicados, ocasionando milhares de mortes no mundo. Sendo assim, esta pesquisa teve por objetivo conhecer a percepção dos usuários do Hospital Militar de Ladário-MS quanto aos conceitos epidemiológicos e medidas de prevenção comunicados pelas mídias, bem como conhecer quais as mídias mais acessadas para possibilitar o aprimoramento da divulgação de informações sobre saúde pela Marinha do Brasil. Foi realizado um estudo quali-quantitativo com delineamento transversal, descritivo, com coleta de dados primários em um Hospital Militar no município de Ladário-MS, localizado a 12 quilômetros da fronteira com a Bolívia. Os procedimentos ocorreram em quatro etapas, sendo considerados como critérios de inclusão: idade igual ou superior a 18 anos; ser usuário do Hospital Naval de Ladário; ter sido atendido no período de maio a outubro 2021; ser militar da ativa, militar inativo, pensionista ou seus familiares. Foram distribuídos 600 questionários, com apenas um envio para cada usuário, dos quais 246 participaram deste estudo. Os resultados apontaram para um ambiente favorável à difusão da informação por mídias sociais e aplicativos de mensagens. Este estudo se mostrou relevante e inédito à medida que se utilizou de um público muito particular e diverso, militares e seus dependentes, que não vivenciaram perdas financeiras por ocasião da pandemia. O presente estudo evidenciou que o público jovem tem mais acesso à internet e aos aplicativos de mensagens como WhatsApp, 98% dos respondentes acreditam na importância da troca de informações, 43,5% obtêm informações a partir das mídias sociais e menos de 1% prefere receber informações por e-mail. É de grande importância e relevância a divulgação da informação em saúde para públicos distantes da sede, de forma a manter elevada a prevenção da doença e a preservação da vida.