Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/6510
Tipo: | Dissertação |
Título: | Otimização dos protocolos de criopreservação celular e xenotransplante de cartilagem auricular para conservação de onças-pintadas (Panthera onca) |
Autor(es): | Sofia Regina Polizelle |
Primeiro orientador: | Gediendson Ribeiro de Araujo |
Resumo: | Com a finalidade de minimizar as perdas genéticas das populações de onças-pintadas, estão sendo desenvolvidos biobancos de material genético, e, para isso, torna-se necessário estabelecer e/ou aprimorar protocolos que preservem e permitam a viabilidade do material após a criopreservação. Para esta espécie, a criopreservação de células somáticas já apresenta bons resultados usando a curva de congelamento lento com álcool isopropílico. Com isso, esse trabalho tem como objetivo avaliar se o congelamento rápido consegue manter a viabilidade das células em relação à forma tradicional, sendo uma alternativa para estocagem das células, além de realizar o xenotransplante de tecido de animais post-mortem avaliando se houve revitalização de um material em estágio inicial de decomposição. No primeiro experimento, as células foram cultivadas até a terceira passagem, avaliadas e criopreservadas no método tradicional através do congelamento lento (CL) pelo uso do equipamento Mr. Frosty, e através do congelamento rápido (CR) no vapor de nitrogênio, armazenadas em palhetas de 0,25ml. Após um período, foram descongeladas, avaliadas pelo corante azul de tripano e pelo uso de sondas fluorescentes (teste de necrose e apoptose (laranja de acridina + iodeto de propídio (PI) e citometria de fluxo (Hoechst33342 + PI)) e colocadas em cultivo, onde, após atingirem confluência de 70-80%, foram avaliadas novamente. Foram encontradas diferenças estatísticas (p<0,05) entre as células descongeladas (congelamento lento: 86,7±3,7 para azul de tripano (AT), 79,4±1,9 para o teste de necrose e apoptose (LA); congelamento rápido: 83,8±4,5 AT, 73,0±6,7 LA) e na confluência (congelamento lento: 99,2±0,5 AT, 92,0±1,4 LA, 94,91±0,61 para citometria de fluxo (CIT); congelamento rápido: 99,6±0,1 AT, 87,8±2,7 LA, 92,73±1,7 CIT), sendo as células cultivadas com viabilidade semelhante as células a fresco (p>0,05) (98,24±0,3 AT, 88,7±3,9 LA, 94,24±2,16 CIT). As células após descongelamento apresentaram baixa viabilidade, aumentando-a após confluência. Foi encontrado também uma diferença entre as análises de viabilidade, onde o AT marcou mais células inviáveis (CL: 86,76±3,68; CR: 83,78±4,55), enquanto os resultados do LA (CL: 92±1,38; CR: 87,80±2,69) e da citometria (CL: 94,91±0,61; CR: 92,73±1,7) foram semelhantes. No segundo experimento, os fragmentos de orelha de onças-pintadas atropeladas (atrop1, atrop2 e atrop3) foram levadas ao laboratório, tiveram a pele removida e a cartilagem foi lavada em álcool 70% por um minuto, depois em meio de cultivo com 5% de antibiótico-antimicótico, sendo posteriormente uma parte cultivado a fresco e seis vitrificados em superfície sólida. Após reaquecimento, uma foi colocada no cultivo, uma fixada em paraformaldeido para histologia, e duas xenotransplantadas em cada região (intraperitoneal (XenoIP) e subcutânea (XenoSC)) em camundongos imunodeficientes. Uma semana após o xenotransplante, um explante de cada região foi fixado para histologia e os demais colocados em cultivo. Na análise histológica, o fragmento XenoSC do atrop1 apresentou maior número de fibroblastos (28,4±9,48) que o XenoIP (11,1±5,47) e descongelado (20,6±7,17); para o atrop2, o XenoSC (17,2±7,96) não apresentou diferença em relação ao grupo fresco (25,1±12,6), e o XenoIP apresentou menor quantidade de fibroblastos que os demais (5,65±4,69); e para o atrop3, os XenoSC (7,4±4,67) e descongelado (6,5±3,54) não apresentaram diferenças. De forma geral, a análise histológica indicou um maior tempo de morte para o animal atrop3. Todos os animais apresentaram efeito positivo para o xenotransplante, sendo o XenoSC como melhor na manutenção da viabilidade celular, além da média de fibroblastos obtidos após descongelamento (28,4) serem semelhantes aos encontrados na literatura (21,7 e 26,6) para vitrificação de tecido em superfície sólida. |
Abstract: | In the pursuit of conserving genetic diversity among jaguar populations, the establishment of genetic material biobanks is gaining prominence. An initial crucial stride involves refining protocols to ensure the viability of genetic material subsequent to cryopreservation. Notably, the cryopreservation of somatic cells in jaguars has exhibited favorable outcomes, particularly with the utilization of the slow freezing curve involving isopropyl alcohol. This research endeavors to ascertain whether the viability of cells can be maintained using rapid freezing as compared to the conventional approach. A key objective encompasses the exploration of an alternative method for cellular storage, alongside the assessment of xenotransplantation feasibility utilizing tissue samples from deceased animals. The study further scrutinizes whether material revitalization is feasible during the initial stages of decomposition. In the primary experiment, cells were cultured until the third passage, assessed for viability, and subsequently cryopreserved using both the traditional slow freezing method (referred to as SF) employing the Mr. Frosty equipment, and the rapid freezing approach (referred to as RF) utilizing nitrogen vapor and stored in 0.25ml straws. Following a defined timeframe, the cells were thawed, viability was assessed through trypan blue dye (TB) and fluorescent probes, including necrosis and apoptosis tests (using acridine orange and propidium iodide - AO), and flow cytometry (employing Hoechst33342 and propidium iodide - CT). Post-assessment, the cells were cultured again, and upon reaching 70-80% confluence, underwent further evaluation. Statistical analysis indicated significant differences (p<0.05) between thawed cells from slow freezing (TB: 86.7±3.7, AO: 79.4±1.9) and fast freezing (TB: 83.8±4.5, AO: 73.0±6.7), as well as at confluence for slow freezing (TB: 99.2±0.5, AO: 92.0±1.4, CT: 94.91±0.61) and fast freezing (TB: 99.6±0.1, AO: 87.8±2.7, CT: 92.73±1.7). Notably, cultured cells demonstrated comparable viability to fresh cells (p>0.05) (TB: 98.24±0.3, AO: 88.7±3.9, CT: 94.24±2.16). Thawed cells exhibited reduced viability, which subsequently improved after reaching confluence. Discrepancies were observed in viability analyses, with the TB marker identifying more cells as non-viable (SF: 86.76±3.68, RF: 83.78±4.55), while AO (SF: 92±1.38, RF: 87.80±2.69) and cytometry results (SF: 94.91±0.61, RF: 92.73±1.7) yielded analogous outcomes. In the subsequent experiment, ear fragments from deceased jaguars were processed, with the skin removed and cartilage cleansed before initiating culture. A portion of the fragments were subjected to fresh culture, while six were vitrified on a solid surface. Post-reheating, fragments were either cultured, fixed for histological analysis, or xenotransplanted into immunodeficient mice – both intraperitoneally (XenoIP) and subcutaneously (XenoSC). Histological evaluation a week post-xenotransplantation revealed varying fibroblast counts. Notably, XenoSC fragments exhibited higher fibroblast counts for certain animals compared to XenoIP and thawed samples. A positive trend was observed for xenotransplantation across all animals, with XenoSC emerging as the most conducive for maintaining cell viability. Importantly, the average fibroblast count obtained after thawing closely aligned with literature values for tissue vitrification on solid surfaces. Overall, this research contributes valuable insights into the viability of cryopreserved jaguar somatic cells and the potential of xenotransplanting post-mortem tissue fragments. The findings underscore the significance of rapid freezing techniques and the feasibility of preserving genetic material and tissue samples to aid in jaguar population conservation efforts. |
Palavras-chave: | . |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/6510 |
Data do documento: | 2023 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|
Dissertação_versão final.pdf | 1,34 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.