Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5160
Tipo: Dissertação
Título: O PROTAGONISMO TEM GÊNERO – REPRESENTAÇÕES FEMININAS NAS OBRAS CUNHATAÍ E GUERRA ENTRE IRMÃOS: Mulheres olvidadas na Guerra do Paraguai/Guerra Guasu (1864 – 1870)
Autor(es): EKAROLAINE SILVA DE AMARILHA GARCIA
Primeiro orientador: Ana Paula Squinelo
Resumo: Neste trabalho, apresento os resultados acerca da pesquisa iniciada no ano de 2020, no âmbito do Mestrado em Estudos Culturais, sob a orientação da professora Dra. Ana Paula Squinelo. A pesquisa é intitulada “O protagonismo tem um gênero: mulheres olvidadas na Guerra entre irmãos (1864-1870)”, e visa abordar a presença das mulheres na Guerra do Paraguai, mais precisamente as representações femininas no livro Guerra entre irmãos (1997), de Raquel Naveira, e Cunhataí (2003), de Maria Filomena Bouissou Lepecki. O objetivo geral é analisar a presença feminina no maior conflito do século XIX na América Latina, que envolveu quatro países: o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Uruguai. Para tanto, meus objetivos específicos são: a) repensar a história dessas mulheres no contexto bélico, promovendo a visibilização desses sujeitos/as invisibilizados/as pela narrativa “oficial”; b) analisar as representações femininas na narrativa de Naveira e Lepecki, escritoras contemporâneas. Nota-se, pela linha tradicional, que a “História Oficial” tende a omitir a participação de sujeitos femininos na Guerra do Paraguai. As produções memorialistas dos séculos XIX e XX evidenciam heróis homens, e as mulheres sendo referidas quando esposa de militares notáveis. Nessas obras as mulheres não foram visibilizadas, pois são “escritos sobre homens, para homens. Raramente, quando aparecem, são tratadas como vítimas, especialmente as sobreviventes paraguaias que deveriam reconstruir o país, agora sem homens. As narrativas sobre a Guerra do Paraguai, no caso brasileiro, são abundantes sob olhar militar e raras sob prisma histórico” (COLLING, 2016, p. 238). Em tal perspectiva, se analisarmos, por exemplo, a presença feminina em obras memorialistas como A Retirada da Laguna (1871), de Alfredo d’Escragnolle Taunay, é possível depreender que as mulheres que partiram para a guerra em meio à “coluna” ocupam, na escrita, um lugar coadjuvante e subalterno. Desse modo, questionamos se a referida atuação é, regularmente, silenciada pela História Oficial. Por fim, a leitura e análise do romance de Lepecki abre a oportunidade de pensarmos o conflito a partir da figura, narração e olhar feminino. Cunhataí (2003) é um título provocativo que salienta curiosidade e permite o/a leitor/a ser ouvinte e espectador/a. Por outro lado, os poemas de Naveira nos apontam uma mínima visibilidade feminina, também não marcada em narrativas “oficiais”, e nos leva a questionar que o protagonismo na narrativa desta autora tem um gênero e não é o feminino.
Abstract: n este trabajo presento los resultados de la investigación iniciada en 2020, bajo la Maestría en Estudios Culturales, bajo la dirección de la Profesora Dra. Ana Paula Squinelo. La investigación se titula “El protagonismo tiene un género: mujeres olvidadas en la Guerra entre hermanos (1864-1870)”, y tiene como objetivo abordar la presencia de las mujeres en la Guerra del Paraguay, más precisamente, las representaciones femeninas en el libro Guerra entre Irmãos ( 1997), de Raquel Naveira, y Cunhataí (2003), de Maria Filomena Bouissou Lepecki. El objetivo general es analizar la presencia femenina en el mayor conflicto del siglo XIX en América Latina, que involucró a cuatro países: Brasil, Paraguay, Argentina y Uruguay. Por tanto, mis objetivos específicos son: a) repensar la historia de estas mujeres en el contexto militar, promoviendo la visibilidad de estos sujetos invisibilizados por la narrativa “oficial”; b) analizar las representaciones femeninas en la narrativa de Naveira y Lepecki, escritoras contemporáneas. Se advierte, por la línea tradicional, que la “Historia Oficial” tiende a omitir la participación de sujetos femeninos en la Guerra del Paraguay. Las producciones de memorias de los siglos XIX y XX muestran a los héroes masculinos y mujeres siendo referidas como la esposa de soldados notables, en estas obras las mujeres no se hicieron visibles, ya que están “escritas sobre hombres, para hombres. Rara vez, cuando aparecen, son tratados como víctimas, especialmente los sobrevivientes paraguayos que se suponía iban a reconstruir el país, ahora sin hombres. Las narrativas sobre la guerra del Paraguay, en el caso brasileño, son abundantes desde una perspectiva militar y raras desde una perspectiva histórica ”(COLLING, 2016, p. 238). En esta perspectiva, si analizamos, por ejemplo, la presencia femenina en obras conmemorativas como A Retreat da Laguna (1871) de Alfredo d'Escragnolle Taunay, es posible inferir que las mujeres que partieron a la guerra en medio del “ columna ”ocupan, por escrito, un lugar de apoyo y subordinación. Por tanto, nos preguntamos si la mencionada actuación es regularmente silenciada por la Historia Oficial. Finalmente, la lectura y el análisis de la novela de Lepecki nos abre la oportunidad de pensar el conflicto a partir de la figura, la narración y la mirada femenina. Cunhataí (2003), es un título provocativo que resalta la curiosidad, y permite al lector ser, oyente y espectador. Por otro lado, los poemas de Naveira nos muestran una mínima visibilidad femenina, tampoco marcada en las narrativas “oficiales”, y nos llevan a cuestionar que la protagonista en la narrativa de esta autora tiene un género y no la mujer.
Palavras-chave: xxx
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5160
Data do documento: 2022
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO- VERSÃO FINAL - SETEMBRO 2022.pdf1,8 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.