Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5017
Tipo: | Dissertação |
Título: | Prevalência de Infecção do Trato Urinário e TORCHS em gestantes assistidas pela Estratégia Saúde da Família em Campo Grande no período de 2013 a 2018 |
Autor(es): | Leticia Arashiro Tibana |
Primeiro orientador: | Arthur de Almeida Medeiros |
Resumo: | Atenção Primária à Saúde é a principal porta de entrada ao Sistema Único de Saúde e desenvolve um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde. Dentre as ações desenvolvidas neste nível de atenção destaca-se o cuidado pré-natal, para o qual é preconizado a atenção multiprofissional com a realização de no mínimo seis consultas, sendo preferencialmente esperado que a primeira aconteça ainda no primeiro trimestre gestacional, o que denota o cuidado para a atenção integral à saúde da gestante. Durante o ciclo gravídico ocorre uma série de alterações fisiológicas, hormonais e psicológicas, as quais podem favorecer o desenvolvimento de doenças. As infecções do trato urinário (ITU) e as infecções congênitas e perinatais denominadas de TORCHS (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis, hepatite B e hepatite C) são algumas das condições de saúde mais frequentes neste período. Na gestação, a ocorrência de ITU e TORCHS está relacionada aos riscos de complicações materno-fetais como prematuridade, baixo peso ao nascer, óbito fetal e sepse materna. A equipe multiprofissional da Atenção Primária à Saúde auxilia na prevenção e redução de complicações decorrentes dessas comorbidades quando se realiza o manejo adequado de tais condições e se estabelece vínculo com a gestante, e esta realiza o maior número de consultas de pré-natal, aumentando as chances de uma gestação favorável. Sendo assim, o objetivo do estudo foi calcular a prevalência de ITU e TORCHS em gestantes assistidas pela Atenção Primária à Saúde em Campo Grande/MS no período de 2013 a 2018. Para tal, realizou-se um estudo transversal a partir de dados secundários obtidos do SISPRENATAL e sistema Hygia. Foram analisados os exames de urina tipo I, exames de urocultura, dosagem de hemoglobina, dosagem de glicose em jejum, exames sorológicos com dosagem de anticorpos IgG e IgM para toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus; exames sorológicos das hepatites B e C; e testes treponêmicos e não treponêmicos (VDRL) para sífilis, além de informações sociodemográficas das gestantes como idade, escolaridade e situação familiar. Realizou-se análise descritiva dos dados e testes de qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher para verificar os fatores associados ao desfecho de ITU. Já para a análise das TORCHS procedeu-se somente análise descritiva dos dados. Foram incluídas no estudo 2790 gestantes e os resultados apresentados sob a forma de dois artigos, obtendo-se prevalência de 3,81% para ITU, sendo a infecção mais frequente no segundo trimestre gestacional, e tendo como fatores associados a adolescência, maior escolaridade (pós-graduação), ter apresentado episódio de anemia e glicemia alterada. Em relação às TORCHS, a prevalência de positividade para toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, hepatites B e C foi inferior a 1%, já a prevalência de casos positivos para sífilis foi de 4,78%. Foram observados também que a frequência de realização dos exames de TORCHS foi superior a 95,0% e que 64,81% das gestantes realizaram os exames no primeiro trimestre gestacional. Observou-se que a prevalência de ITU, no período analisado, foi baixa na população estudada e a de TORCHS esteve dentro dos parâmetros identificados na literatura. As ITU e TORCHS podem aumentar a morbimortalidade perinatal se não diagnosticadas e tratadas precocemente, assim, o rastreamento dessas infecções pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde durante o pré-natal é imprescindível de modo que consigam realizar o tratamento imediato quando possível, e também, promover medidas que assegurem o binômio materno-fetal. O vínculo entre Atenção Primária à Saúde e gestantes é um fator determinante para maior adesão e continuidade da assistência pré-natal, reduzindo assim as consequências adversas em decorrência às ITU e/ou TORCHS. Palavras-chave: Saúde da Família, Pré-Natal, Gestação, Sistema Urinário, Infecção Congênita. |
Abstract: | Primary Health Care is the main entrance door to the Unified Health System and develops a set of individual, family, and collective health actions that involve promotion, prevention, protection, diagnosis, treatment, rehabilitation, harm reduction, palliative care, and health surveillance. Among the actions developed at this level of care, prenatal care stands out, for which multi-professional care is recommended, with at least six consultations, and it is preferably expected that the first one takes place in the first gestational trimester, which denotes the care for the integral attention to the pregnant woman's health. During the pregnancy cycle a series of physiological, hormonal, and psychological changes occur, which can favor the development of diseases. Urinary tract infections (UTI) and congenital and perinatal infections called TORCHS (toxoplasmosis, rubella, cytomegalovirus, syphilis, hepatitis B, and hepatitis C) are some of the most frequent health conditions during this period. During pregnancy, the occurrence of UTI and TORCHS is related to the risks of maternal-fetal complications such as prematurity, low birth weight, fetal death, and maternal sepsis. The multi-professional team of Primary Health Care assists in the prevention and reduction of complications resulting from these comorbidities when the adequate management of such conditions is performed and a link is established with the pregnant woman, and she makes the largest number of prenatal consultations, increasing the chances of a favorable pregnancy. Thus, the aim of this study was to calculate the prevalence of UTI and TORCHS in pregnant women assisted by Primary Health Care in Campo Grande/MS in the period from 2013 to 2018. To this end, a cross-sectional study was conducted based on secondary data obtained from SISPRENATAL and Hygia system. Type I urine tests, urine culture tests, hemoglobin dosage, fasting glucose dosage, serological tests with dosage of IgG and IgM antibodies to toxoplasmosis, rubella, and cytomegalovirus; serological tests for hepatitis B and C; and treponemal and non-treponemal tests (VDRL) for syphilis were analyzed, as well as sociodemographic information of pregnant women such as age, education, and family situation. Descriptive data analysis and Pearson's chi-square test or Fisher's exact test were used to verify the factors associated with the UTI outcome. For the TORCHS analysis, only descriptive data analysis was performed. A total of 2790 pregnant women were included in the study, and the results were presented in the form of two articles. A prevalence of 3.81% for UTI was obtained, with the most frequent infection in the second gestational trimester, and having as associated factors adolescence, higher education (post-graduation), having had episodes of anemia and altered glycemia. Regarding TORCHS, the prevalence of positivity for toxoplasmosis, rubella, cytomegalovirus, hepatitis B and C was less than 1%, while the prevalence of positive cases for syphilis was 4.78%. It was also observed that the frequency of TORCHS exams was higher than 95.0% and that 64.81% of pregnant women underwent the exams in the first gestational trimester. It was observed that the prevalence of UTI, in the analyzed period, was low in the studied population and the prevalence of TORCHS was within the parameters identified in the literature. UTIs and TORCHS can increase perinatal morbidity and mortality if not diagnosed and treated early. Thus, the screening of these infections by Primary Health Care professionals during prenatal care is essential so that they can perform immediate treatment when possible, and also promote measures that ensure the maternal-fetal binomial. The link between Primary Health Care and pregnant women is a determining factor for greater adherence and continuity of prenatal care, thus reducing the adverse consequences due to UTIs and/or TORCHS. Keywords: Family Healthcare, Prenatal, Pregnancy, Urinary System, Congenital Infection. |
Palavras-chave: | Saúde da Família, Pré-Natal, Gestação, Sistema Urinário, Infecção Congênita |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Restrito |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5017 |
Data do documento: | 2022 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Saúde da Família |
Arquivos associados a este item:
Não existem arquivos associados a este item.
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.