Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4520
Tipo: Dissertação
Título: A crise da representação na linguagem no século XX: uma análise crítica a partir da semiótica de Charles S. Peirce
Autor(es): OTÁVIO DE LIMA E SILVA
Primeiro orientador: Eluiza Bortolotto Ghizzi
Resumo: Esta pesquisa traz à lume uma questão controvertida na filosofia contemporânea, a saber, a crise da representação, sob a ótica da linguagem. No início do século XX, abriu-se um campo muito rico para atuação de uma ciência nascente e muito profícua, a semiótica, em especial, a Semiótica peirciana, como ferramenta de leitura e análise dos signos. Segundo Santaella e Nöth, muitos são os filósofos, após Peirce, que anunciam uma “crise da representação” na linguagem, como Heidegger, Adorno, Lukács e Lyotard. Várias crises são resentadas, como a crise dos fundamentos, das grandes narrativas, a crise da razão, das ciências europeias, do sujeito, da arte e, no seio dos estudos de linguagens, da representação. Em primeiro lugar, exporemos ao leitor a filosofia de Peirce, seu Pragmatismo, sua Fenomenologia e sua Semiótica, para que, de posse de uma noção realista do signo, possamos enfrentar os defensores da crise da representação. Em segundo lugar, analisamos os postulados de Michel Foucault apresentados n’As palavras e as coisas, por seu particular interesse semiótico; nesse texto, ele se debruça na história do conhecimento forjando uma “arqueologia do saber”, identificando uma ruptura nos modelos sígnicos ternários, que passam a ser diádicos a partir de Port-Royal (XVII-XVIII), até o estruturalismo de Saussure no século XX. Sob o ponto de vista foucaultiano, a representação, nos moldes tradicionais, entra em crise, deixando de ser especular — no sentido de refletir uma descrição da natureza — e passa a ser estrutural, quebrando o vínculo entre signo e realidade, onde responderemos com a Semiótica peirciana. No entanto, há teorias mais radicais, como a desconstrução da representação em Derrida. Apresentaremos as teses de Derrida, que defende uma impossibilidade da representação e, em seguida, faremos uma análise crítica do caso dele à luz da Semiótica de Peirce, no intuito de expor um dos desenvolvimentos posteriores do pensamento peirciano sobre este problema. Há uma crise da representação na linguagem? É o que a Semiótica peirciana, nesta dissertação, pretende responder.
Abstract: This research brings to light a controversial issue in contemporary philosophy, namely, the crisis of representation, from the perspective of language. At the beginning of the 20th century, a very rich field was opened for the performance of a nascent and very fruitful science, semiotics, in particular Peircean Semiotics, as a tool for reading and analyzing signs. According to Santaella and Nöth, many are the philosophers, after Peirce, who announce a “crisis of representation” in language, such as Heidegger, Adorno, Lukács and Lyotard. Several crises are presented, such as the crisis of fundamentals, of grand narratives, the crisis of reason, of European sciences, of the subject, of art and, within language studies, of representation. First, we will expose the reader to Peirce's philosophy, his Pragmatism, his Phenomenology and his Semiotics, so that, in possession of a realistic notion of the sign, we can face the defenders of the crisis of representation. Secondly, we analyze Michel Foucault's postulates presented in As palavras e as coisas, for their particular semiotic interest; in this text, he focuses on the history of knowledge forging an “archaeology of knowledge”, identifying a rupture in the ternary sign models, which became dyadic from Port-Royal (XVII-XVIII) to Saussure's structuralism in the twentieth century. From the Foucaultian point of view, representation, in the raditional molds, enters into crisis, no longer speculating — in the sense of reflecting a description of nature — and becomes structural, breaking the link between sign and reality, where we will respond with Peircean Semiotics. However, there are more radical theories, such as the deconstruction of representation in Derrida. We will present Derrida's theses, who defends an impossibility of representation, and then we will make a critical analysis of his case in the light of Peirce's Semiotics, in order to expose one of the later developments of Peirce's thought on this problem. Is there a crisis of representation in language? This is what Peircean Semiotics, in this dissertation, intends to answer.
Palavras-chave: Semiótica de Charles S. Peirce. Crise da Representação. Nominalismo. Michel Foucault. Jacques Derrida.
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4520
Data do documento: 2022
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
A crise da representação na linguagem (Otávio).pdf729,24 kBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.