Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4407
Tipo: Dissertação
Título: Uso de colostro materno em recém-nascidos prematuros com suspeita de sepse neonatal precoce
Autor(es): Paula, Camila Beatriz de
Primeiro orientador: Palhares, Durval Batista
Resumo: A administração orofaríngea do colostro (AOC) em recém-nascidos prematuros pode oferecer benefícios imunológicos através do contato de biofatores protetores do leite materno com o tecido linfoide associado a orofaringe (OFALT). Pesquisadores vêm estudando tais efeitos na enterocolite necrotizante (ECN), na sepse neonatal tardia e também na maturação intestinal e interferência na formação da microbiota através dos oligossacarídeos do leite humano (HMOS) presentes no colostro. O estudo tem como objetivo principal elucidar a influência da administração precoce do colostro materno na orofaringe de bebês prematuros com suspeita clínica de sepse neonatal precoce, e acompanhar desfechos clínicos até a alta hospitalar. A metodologia consistiu em selecionar 20 recém-nascidos, com critérios clínicos para diagnóstico de sepse neonatal precoce, internados na Unidade de Terapia Intensiva neonatal (UTIN) de um hospital público, de fevereiro a novembro de 2021. No grupo tratamento, em até 48 horas de vida, 0,2 ml de colostro cru foi colocado na mucosa orofaríngea direita e esquerda, totalizando oito administrações diárias, até o 5º dia de vida completo. O grupo controle não recebeu intervenção com colostro oral. O seguimento dos pacientes foi realizado até a alta hospitalar. Amostras de sangue foram coletadas em três momentos: na internação para HMC e PCR em tempo real [PCRtr]); entre 12 à 24 horas de vida para HMG, PCR, PCT e IL-6 e com 72 horas de vida para HMG e PCR. Ao final, os pacientes permaneciam na pesquisa se apresentassem a suspeita de sepse neonatal, ou comprovada por HMC e/ou presença de DNA genômico por PCRtr, manifestações clínicas compatíveis e ter recebido 75% ou mais das doses preconizadas do colostro oral. Os resultados mostraram uma associação significativa no grupo de recém-nascidos que receberam colostro em relação ao grupo sem colostro, referente à recuperação de peso do nascimento até 15 dias de vida. Não houve diferença estatística para as outras variáveis relacionadas a desfechos clínicos da sepse neonatal precoce. O estudo concluiu que recém-nascidos que receberam o colostro oral nos primeiros dias de vida atingiram mais rápido o peso de nascimento em relação aos bebês que não receberam. Portanto, novos estudos com uma população maior, se faz necessários para comprovação de outros benefícios correlacionados.
Abstract: The oropharyngeal administration of colostrum (OOC) in preterm infants may offer immunological benefits through the contact of protective biofactors in breast milk with oropharyngeal-associated lymphoid tissue (OFALT). Researchers have studied such effects on necrotizing enterocolitis (NCE), late neonatal sepsis and also on intestinal maturation and interference in the formation of microbiota through human milk oligosaccharides (HMOS) present in colostrum. The main objective of the study is to elucidate the influence of early administration of maternal colostrum in the oropharynx of premature babies with clinical suspicion of early neonatal sepsis, and to monitor clinical outcomes until hospital discharge. The methodology consisted of selecting 20 newborns, with clinical criteria for the diagnosis of early neonatal sepsis, admitted to the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) of a public hospital, from February to November 2021. In the treatment group, within 48 hours of life, 0.2 ml of raw colostrum was placed on the right and left oropharyngeal mucosa, totaling eight daily administrations, until the 5th day of life. The control group received no intervention with oral colostrum. Patients were followed up until hospital discharge. Blood samples were collected at three times: at admission for HMC and real-time PCR [trPCR]); between 12 to 24 hours of life for HMG, PCR, PCT and IL-6 and with 72 hours of life for HMG and PCR. In the end, patients remained in the research if they had suspected neonatal sepsis, or confirmed by HMC and/or presence of genomic DNA by trPCR, compatible clinical manifestations and had received 75% or more of the recommended doses of oral colostrum. The results showed a significant association in the group of newborns who received colostrum in relation to the group without colostrum, regarding weight recovery from birth to 15 days of life. There was no statistical difference for the other variables related to clinical outcomes of early neonatal sepsis. The study concluded that newborns who received oral colostrum in the first days of life reached birth weight faster than babies who did not. Therefore, further studies with a larger population are necessary to prove other correlated benefits. Descriptors: colostrum; preterm newborns; early-onset neonatal sepsis; molecular biology;
Palavras-chave: Biologia Molecular
Colostro
Sepse Neonatal
Recém-Nascido Prematuro
Colostrum
Molecular Biology
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4407
Data do documento: 2022
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste

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