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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4254
Tipo: | Tese |
Título: | Avaliação do efeito cardioprotetor do extrato aquoso das folhas de Rudgea virbunoides benth. em ratos com hipertensão renovascular |
Autor(es): | Fernanda Viana Paulin |
Primeiro orientador: | Denise Brentan da Silva |
Resumo: | A hipertensão arterial sistêmica (HAS) consiste numa condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. É também o principal fator de risco para as alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos alvo e as alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. O tratamento para o controle da HAS inclui ações de mudança de estilo de vida e utilização de medicamentos, como diuréticos, simpaticolíticos, vasodilatadores, bloqueadores de canais de cálcio, inibidores da enzima conversora de angiotensina e bloqueadores do receptor de angiotensina II. Neste contexto, insere-se também o tratamento com administração de fitoterápicos ou a utilização de plantas medicinais em formas de chás, infusão e macerações. Sabe-se, que algumas substâncias químicas presentes em determinadas plantas são associadas com a prevenção ou tratamento das doenças cardiovasculares (DCV), por exemplo Rudgea viburnoides (Cham.) Benth. é pertencente a família Rubiaceae, popularmente conhecida como congonha, congonha-de- bugre ou bugre e utilizada na medicina tradicional sob a forma de chá, devido suas propriedades antirreumáticas, diuréticas, hipotensoras e depurativas do sangue . Ela é uma espécie comum do Cerrado e potencial diurético e antioxidante já descritos. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da administração prolongada do extrato aquoso obtido de folhas de Rudgea Viburnoides (Cham.) Benth. (EARV) no comprometimento do estresse oxidativo, disfunção renal e dano cardiovascular em ratos hipertensos 2K1C. Além disso, também determinar a composição química de EARV através de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector de arranjo de diodos e espectrometria de massas (CLAE-DAD-EM). Para tal, o EARV foi obtido através de extração acelerada com solvente e este extrato foi analisado por CLAE-DAD-EM. Além disso, também foi realizado teste de toxicidade aguda em ratos Wistar fêmeas. Foi induzida cirurgicamente, em ratos Wistar machos, a hipertensão renovascular (dois rins, modelo de um clipe). O EARV foi administrado por via oral nas doses de 30, 100 e 300 mg / kg, diariamente durante 28 dias, por 5 semanas após a cirurgia. Nos dias 1, 7, 14, 21 e 28 a função renal foi avaliada por análise de volume e parâmetros urinários, bem como eletrólitos urinários, pH e densidade. No 29° dia, por eletrocardiografia, foram registradas a pressão arterial e a frequência cardíaca. Também foram obtidas amostras de sangue para avaliação da atividade da enzima conversora de angiotensina plasmática e mensuração sérica de Na+, K+, uréia e creatinina. Posteriormente, foram isolados respectivamente, os leitos vasculares mesentérico e tecido cardíaco para morfometria cardíaca e avaliação da reatividade vascular. Ao final, foram coletadas para avaliação do estresse oxidativo tecidual, amostras da aorta, coração e rim. Através das análises por CLAE-DAD-EM, os compostos identificados em no EARV foram ácido quínico, bem como ácidos clorogênicos, um iridóide glicosilado, flavonóis O-glicosilados, saponinas e um triterpenos. Na avaliação da toxicidade aguda, não foi observado nenhum sinal após o tratamento com dose única de EARV. O tratamento prolongado com EARV em ratos hipertensos foi capaz de preservar a excreção urinária e os níveis de eletrólitos (Na+, K+, Ca2+ e Cl-) de maneira semelhante ao grupo operado por Sham (controle negativo). Adicionalmente, o tratamento prolongado com EARV foi capaz de reverter as alterações eletrocardiográficas, o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca em ratos hipertensos 2K1C, bem como reverter a hipertrofia ventricular esquerda e as alterações na reatividade vascular induzidas pela 7 hipertensão. Assim, esse efeito foi associado a uma modulação positiva do estresse oxidativo tecidual, ativação da via NO/cGMP e inibição da enzima de conversão da angiotensina, o que indica um potencial mecanismo para os efeitos renais e cardiovasculares de AERV. Assim, pode-se dizer que o tratamento de 28 dias com AERV reduziu a progressão da doença cardiorrenal em ratos hipertensos 2K1C. |
Abstract: | Systemic arterial hypertension (SAH) is a multifactorial clinical condition characterized by elevated and sustained blood pressure levels. It is also the main risk factor for functional and / or structural changes in target organs and metabolic changes, with a consequent increase in the risk of fatal and non-fatal cardiovascular events. Treatment for the control of SAH includes actions to change lifestyle and use medications, such as diuretics, sympatholytics, vasodilators, calcium channel blockers, angiotensin-converting enzyme inhibitors and angiotensin II receptor blockers. In this context, treatment with the administration of herbal medicines or the use of medicinal plants in forms of teas, infusion and macerations is also inserted. It is known that some chemicals present in certain plants are associated with the prevention or treatment of cardiovascular diseases (CVD), for example.Rudgea viburnoides Benth. it belongs to the Rubiaceae family, popularly known as congonha, congonha-de-bugre or bugre and used in traditional medicine in the form of tea, due to its anti-rheumatic, diuretic, hypotensive and blood purifying properties. It is a common species of the Cerrado and has a diuretic and antioxidant potential already described. The aim of this study was to evaluate the effects of prolonged administration of aqueous extract obtained from Rudgea Viburnoides (Cham.) Benth. (AERV) leaves on the impairment of oxidative stress, renal dysfunction and cardiovascular damage in hypertensive 2K1C rats. In addition, also determine the chemical composition of AERV through high performance liquid chromatography coupled to the diode array detector and mass spectrometry (CLAE-DAD-EM). For this, the AERV was obtained through accelerated solvent extraction and this extract was analyzed by HPLC-DAD-EM. In addition, an acute toxicity test was also performed on female Wistar rats. Renovascular hypertension (two kidneys, model of a clip) was surgically induced in male Wistar rats. AERV was administered orally in doses of 30, 100 and 300 mg / kg, for 28 days, daily for 5 weeks after the surgery. On days 1, 7, 14, 21 and 28, renal function was assessed by diuresis, as well as urinary electrolytes, pH and density. On the 29th day, blood pressure and heart rate were recorded by electrocardiography. Blood samples were also obtained to evaluate the activity of the plasma angiotensin-converting enzyme and to measure serum Na+, K+, urea and creatinine. Subsequently, the cardiac and mesenteric vascular beds were isolated, respectively, for cardiac morphometry and assessment of vascular reactivity. At the end, samples of the aorta, heart and kidney were collected for evaluation of tissue oxidative stress. Through the analysis by HPLC-DAD-EM, the compounds identified in the AERV were quinic acid, as well as chlorogenic acids, a glycosylated iridoid, O- glycosylated flavonols, saponins and a triterpenes. In the assessment of acute toxicity, no sign was observed after treatment with a single dose of AERV. Prolonged treatment with AERV in hypertensive rats was able to preserve urinary excretion and electrolyte levels (Na+, K+, Ca2+ and Cl-) in a similar way to the group operated by Sham (negative control). In addition, prolonged treatment with AERV was able to reverse electrocardiographic changes, increase in blood pressure and heart rate in 2K1C hypertensive rats, as well as reverse left ventricular hypertrophy and changes in vascular reactivity induced by hypertension. Thus, this effect was associated with positive modulation of tissue oxidative stress, activation of the NO / cGMP pathway and inhibition of the angiotensin converting enzyme, which indicates a potential mechanism for the renal and cardiovascular effects of AERV. Thus, it can be said that the 28-day treatment with AERV reduced the progression of cardiorenal disease in 2K1C hypertensive rats. |
Palavras-chave: | Rudgea virbunoides benth |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4254 |
Data do documento: | 2021 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biodiversidade - Rede Pró Centro-Oeste |
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