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Tipo: Dissertação
Título: GERENCIAMENTO DE RISCO DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS PELA ENFERMAGEM EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Autor(es): Patricia Trindade Benites
Primeiro orientador: Oleci Pereira Frota
Resumo: As consequências dos erros com medicamentos potencialmente perigosos (MPP) confirmam a importância de um gerenciamento eficiente relativo à prescrição, dispensação e administração dessas drogas. Adicionalmente, o manuseio da terapia medicamentosa em unidades de terapia intensiva (UTI) é bastante complexo devido aos inúmeros fármacos utilizados. Objetivou-se analisar o gerenciamento de risco de MPP pela enfermagem em UTI. Trata-se de um estudo de corte transversal, analítico, de abordagem quantitativa, realizado com enfermeiros que atuavam em 11 UTI de dois hospitais, com uso de um instrumento validado e adaptado. O protocolo de pesquisa desse estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisas (parecer nº 4.228.156). Os dados foram coletados entre agosto e setembro de 2020, no local de trabalho dos profissionais. Os resultados apontaram que a maioria dos profissionais considera ter de bom a excelente nível de conhecimento sobre MPP (83,16%) e não recebeu treinamento sobre o tema no último ano (68,4%). Nenhum dos MPP foi reconhecido por 100% dos participantes como tal; oito dos MPP foram assinalados como utilizados por 90% dos enfermeiros e técnicos. Destes, a norepinefrina foi a mais indicada como utilizada (98,8%) e mais assinalada como MPP (97,6%). Dentre os medicamentos frequentemente utilizados nas UTI e não assinalados como MPP destacaram-se: Cloreto de sódio 20%, Tramadol, Lidocaína, Fosfato de potássio, nutrição parenteral total (NPP), Água estéril, Sulfato de magnésio, Cloreto de potássio e Soluções de diálise peritoneal/hemodiálise. Em relação as medidas de prevenção de danos para uso dos MPP, 70,65% dos profissionais admitiram a existência delas em sua unidade de trabalho. Profissionais com maior nível de conhecimento sobre MPP indicaram usar mais medidas de prevenção de danos (p=0,035). Apenas 16% dos profissionais indicaram realizar muitas vezes ou sempre a dupla checagem dos MPP e a verificação dos certos da terapia medicamentosa é realizada sempre por apenas 63% dos entrevistados. A maior parte dos respondentes (70%) informou que nunca recebeu programas de capacitação in loco. Sobre os obstáculos ao gerenciamento, o item mais apontado foi a prescrição médica confusa/incompleta (65%). Os resultados evidenciam que existem barreiras de segurança implementadas nas UTIs, porém, apresentam fragilidades, como a não realização da dupla checagem dos medicamentos e a verificação dos certos da terapia medicamentosa. Estes fatos demonstram a necessidade de barreiras de segurança a serem padronizadas e incorporadas pelas equipes de saúde para promover uma assistência segura e eficaz. Além disso, a falta de capacitação e treinamento dos profissionais aumentaram as chances destas barreiras não serem praticadas da forma correta e efetiva.
Abstract: The consequences of errors with potentially dangerous medications (MPP) confirm the importance of efficient management regarding the prescription, dispensation and administration of these drugs. Additionally, the handling of drug therapy in intensive care units (ICU) is quite complex due to the numerous drugs used. The objective was to analyze the risk management of MPP by nursing in the ICU. This is a cross-sectional, analytical study with a quantitative approach, carried out with nurses who worked in 11 ICUs in two hospitals, using a validated and adapted instrument. The research protocol for this study was approved by the Research Ethics Committee (opinion No. 4,228,156). Data were collected between August and September 2020, at the professionals' workplace. The results showed that most professionals consider that they have an excellent level of knowledge about MPP (83.16%) and have not received training on the topic in the last year (68.4%). None of the MPP was recognized by 100% of the participants as such; eight of the MPP were marked as used by 90% of nurses and technicians. Of these, norepinephrine was the most indicated as used (98.8%) and most marked as MPP (97.6%). Among the drugs frequently used in ICUs and not marked as MPP, the following stand out: Sodium chloride 20%, Tramadol, Lidocaine, Potassium phosphate, total parenteral nutrition (TPN), Sterile water, Magnesium sulfate, Potassium chloride and Peritoneal dialysis / hemodialysis solutions. Regarding damage prevention measures for the use of MPP, 70.65% of professionals admitted their existence in their work unit. Professionals with a higher level of knowledge about MPP indicated that they use more damage prevention measures (p = 0.035). Only 16% of the professionals indicated that they perform the MPP double check often or always, and the verification of certain drug therapy is always performed by only 63% of the interviewees. Most respondents (70%) reported that they never received training programs on the spot. Regarding the obstacles to management, the most pointed item was the confused / incomplete medical prescription (65%). The results show that there are safety barriers implemented in the ICUs, however, they present weaknesses, such as the failure to double-check the medications and verify certain drug therapy. These facts demonstrate the need for safety barriers to be standardized and incorporated by health teams to promote safe and effective assistance. In addition, the lack of qualification and training of professionals increased the chances of these barriers not being practiced correctly and effectively.
Palavras-chave: Segurança do paciente
Erros de medicação
Cuidados críticos
Gestão de risco, Enfermagem.
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3771
Data do documento: 2021
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Enfermagem

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