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Tipo: Dissertação
Título: Controle do câncer do colo do útero em mulheres privadas de liberdade em Mato Grosso do Sul
Autor(es): Silva, Elaine Regina Prudencio Hipólito da
Primeiro orientador: Barbieri, Ana Rita
Abstract: A população feminina privada de liberdade apresenta-se vulnerável ao desenvolvimento de agravos, devido a fatores intrínsecos ao sexo, comportamentais, e as condições inadequadas de vida que estão sujeitas no cárcere, entre estas o pouco acesso às ações e serviços de saúde, em especial as ações de controle do câncer do colo do útero. O estudo teve por objetivo analisar o controle do câncer de colo do útero às mulheres privadas de liberdade em Mato Grosso do Sul. Estudo de caráter transversal de abordagem quantitativa com utilização de dados primários e secundários, em que foram entrevistadas 510 mulheres distribuídas pelos sete estabelecimentos penais femininos de regime fechado em Mato Grosso do Sul e foram analisados 352 prontuários. Os dados foram analisados estatisticamente no programa Statistical Package for Social Science versão 23.0, considerando um nível de significância de 5%, foram realizadas associações entre as variáveis por meio do teste qui-quadrado (p<0,05), com correção de Bonferroni. Verificou-se que a maioria das mulheres privadas de liberdade em Mato Grosso do Sul possuem um baixo nível de escolaridade, são pardas, estão na faixa etária entre 18 e 34 anos, privadas de liberdade por um tempo não superior a 24 meses e estão expostas aos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Metade das entrevistadas, 255 mulheres (50,0%), disseram ter realizado o exame citopatológico do colo do útero nos estabelecimentos prisionais, sendo que 178 (69,8%) o realizaram em 2015, e 70 (16,4%) relataram a presença de algum tipo de alteração no resultado. Ainda, 12 (17,1%) afirmaram ter tido alterações no colo do útero, e 134 (52,5%) referiram desconhecer o resultado. Das 255 (50,0%) mulheres que não fizeram o exame no estabelecimento prisional, 149 (58,4%) referiram como motivo a falta de oportunidade. Dos prontuários analisados, quando considerado o último exame realizado no estabelecimento prisional, 211 (59,9%) não continham o registro de informações sobre o exame. Apenas 129 (36,6%) continham informações, sendo que destes, 110 (85,3%) possuíam registro do resultado, e foram encontrados seis (5,5%) resultados com alterações citológicas. Ainda, 41 (11,7%) continham informações sobre o histórico de realização do exame após a privação de liberdade, sendo verificados quatro (9,8%) registros de exames com alterações. Observou-se que há diferenças estatísticas entre a atenção à saúde nos estabelecimentos prisionais quanto à frequência de realização do rastreamento e forma de registro no prontuário. Conclui-se que as ações de controle do câncer do colo do útero são realizadas, mas não de forma sistemática e regular, sendo necessária a implementação de estratégias que proporcionem melhorias no seu controle e prevenção no ambiente prisional.
ABSTRACT - The female population deprived of liberty is vulnerable to the development of diseases, due to factors intrinsic to sex, behaviorism and inadequate conditions of life that they are subjected in prison, among these the limited access to health actions and services, especially the actions regarding the control of cervical cancer. The objective of the study was to analyze the control of cervical cancer in incarcerated women in Mato Grosso do Sul. A cross-sectional study with a quantitative approach using primary and secondary data, in which 510 women were interviewed, distributed among the seven female prisons establishments in Mato Grosso do Sul, and 352 medical records were analyzed. The data were analyzed statistically in the program Statistical Package for Social Science version 23.0, considering a level of significance of 5%, combinations were made among the variables by the chi-square test (p <0.05), with Bonferroni correction. It was verified that the majority of women deprived of liberty in Mato Grosso do Sul have a low level of education, are dark skinned, between the ages of 18 and 34 years old, imprisoned for a time not exceeding 24 months and exposed to risk factors for developing cervical cancer. Half of the interviewees, or 255 women (50.0%), reported having done the cervical cytology examination in prisons, of which 178 (69.8%) did so in 2015, and 70 (16.4% %) reported the presence of some type of alteration in the result. In addition, 12 (17.1%) reported having had alterations in the cervix, and 134 (52.5%) reported not knowing the result. From the 255 (50.0%) women who did not take the exam in prison, 149 (58.4%) referred the lack of opportunity as a reason. From the medical records analyzed, 211 (59.9%) did not record the information about the exam when the last exam was performed in prison. Only 129 (36.6%) had information, which 110 (85.3%) were registered, and six (5.5%) were found to have cytological abnormalities. Beyond that, 41 (11.7%) had information about the history of the examination after being in prison, and four (9.8%) records of exams with alterations were verified. It was observed that there are statistical differences between the prison establishments regarding the frequency of the accomplishment of the tracing and form of registration in the medical record. In conclusion, the cervical cancer screening and control actions are performed, but not in a systematic and regular way, and it is necessary to implement strategies that provide improvements in its control and prevention in a prison environment.
Palavras-chave: Neoplasias do Colo do Útero
Prisões
Política de Saúde
Uterine Cervical Neoplasms
Prisons
Health Policy
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3166
Data do documento: 2017
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Enfermagem

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