Efeito da cafeína nos sintomas não motores em um modelo animal da doença de Parkinson

Abstract

Tem sido demonstrado que drogas antagonistas dos receptores A2A como a cafeína têm efeitos benéficos na neuroproteção e controle dos sintomas motores da doença de Parkinson. Todavia, seus efeitos sobre os sintomas não motores são praticamente desconhecidos. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da cafeína nos sintomas não motores em um modelo animal da doença de Parkinson. O experimento realizado foi composto por dois grupos, o grupo salina e o grupo MPTP, cada um composto por três subgrupos contendo de sete a oito animais cada. Os animais receberam por cinco dias consecutivos salina ou MPTP, no sétimo dia iniciou-se o tratamento com salina, cafeína 10 mg/kg ou 20 mg/kg por quinze dias consecutivos; posteriormente foram realizados e gravados os testes de Labirinto em Cruz Elevada (LCE), Campo Aberto (CA) e Suspensão pela Cauda, além do teste de Discriminação Olfatória. Após compilação dos dados e análise estatística realizada pelo teste de Kruskal-Wallis com pós- teste de Dunn, com nível de significância de p <0,05, foi observado que houve pequena diferença significativa apenas nos teste do LCE, nas variáveis tempo de permanência no centro e nos braços fechados, e no teste do CA, nas variáveis bolos fecais, auto limpeza, erguimento, numero de quadrantes percorridos na parte central, periférica, número total e porcentagem de quadrantes periféricos percorridos. Ainda assim não foi possível verificar a eficácia da cafeína sobre estes sintomas e nem mesmo a capacidade deste modelo animal em reproduzir os sintomas não motores da doença de Parkinson.

It has been shown that A2A receptor antagonist drugs such as caffeine have beneficial effects on Parkinson's disease neuroprotection and motor symptoms control; however, its effects on non-motor symptoms are virtually unknown. This study aimed to evaluate caffeine effect of on non-motor symptoms in a Parkinson's disease‟s animal model. The experiment was composed of two groups, the saline and the MPTP group, each composed of three subgroups containing seven to eight animals each. The animals received saline or MPTP for five consecutive days and at the seventh day they were treated with saline, caffeine 10 mg / kg or 20 mg / kg; afterwards, the tests of Elevated plus maze (EPM), Open fild test (OFT) and Tail suspension test (TST) beside the Discrimination Olfactory test were performed and recorded. After compiling the data and statistical analysis performed by the Kruskal-Wallis test with Dunn post-test, with a significance level of p <0.05, it was observed that there was a small significant difference only in the LCE test, in the variables permanence time in the center and in the closed arms, and in the CA test, in the variables fecal boli, grooming, rearing, number of quadrants roamed in the central, peripheral and the total number and percentage of peripheral quadrants roamed. Nevertheless, it was not possible to verify neither the efficacy of caffeine on these symptoms nor even the capacity of this animal model to reproduce the Parkinson's disease‟s non-motor symptoms.