Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1663
Tipo: Tese
Título: Estudo química e avaliação de atividades citotóxica, genotóxica e antifúngica de Ocotea acutifolia (Nees) MEZ. (Lauraeae)
Autor(es): Silva, Ana Francisca Gomes da
Primeiro orientador: Garcez, Fernanda Rodrigues
Abstract: Ocotea acutifolia, espécie pertencente à família Lauraceae e ainda não estudada quimicamente, foi coletada na região sul de Mato Grosso do Sul. O estudo químico dos extratos alcaloídicos das folhas e cascas do caule e das fases hexânica e em acetato de etila obtidas das partições do extrato etanólico das folhas resultou no isolamento e identificação e/ou elucidação estrutural de vinte e uma substâncias, compreendendo dezoito alcaloides, um flavonoide, um poliprenol e um esteroide. Das folhas foram obtidos dezessete alcaloides aporfinoides, (+)-dicentrina (1), (+)-ocoteína (2), (+)-nordicentrina (3), (+)-O-metilcassifilina (4), (+)-6S-N-óxido dicentrina (5), (+)-6R-N-óxido dicentrina (6), (+)-6S-N-óxido ocoteína (7), (+)-6R-N-óxido ocoteína (8), (+)-leucoxina (9), (+)- ocoxilonina (10), (+)-norocoxilonina (11), (+)-neolitsina (12), (+)-isodomesticina (13), (+)- talicsimidina (14), (+)-predicentrina (15), (+)-N-metillaurotetanina (16) e talicminina (17) e um alcaloide morfinano (+)-palidina (18), além de kaempferol-3-O--Lramnopiranosídeo, ficaprenol-12 e 3-(6’-O-acil-O--D-glucopiranosil)-sitosterol, dos quais 1, 2, 4 e 17 também foram isolados das cascas do caule. Os alcaloides 7, 8 e 11 são inéditos, enquanto 12 e 14 estão sendo descritos pela primeira vez no gênero. As determinações estruturais foram efetuadas com base em dados espectroscópicos de IV, UV, RMN 1H e 13C uni- e bidimensionais, dados de EM e valores de rotação óptica. Neste trabalho foram também avaliadas a toxicidade para Artemia salina e atividades citotóxica frente a diferentes linhagens de células tumorais, genotóxica em células de asas de Drosophila melanogaster por meio do ensaio SMART e antifúngica frente a seis cepas padrão de Candida albicans, C. glabrata, C. krusei, C parapsilosis, C. tropicalis e Cryptococcus neoformans dos extratos das folhas e das cascas do caule e de alguns dos alcaloides obtidos de O. acutifolia. Dentre os resultados obtidos, pode-se destacar no ensaio de atividade citotóxica realizado com dez dos alcaloides isolados (1, 2, 5, 7-9, 11-13 e 17), os compostos 1 (CI50 = 11,2 μg/mL frente a células B16-F10), 2 (CI50 = 8,1 μg/mL frente a células Hep-2), 12 (CI50 = 10,2 μg/mL frente as células MCF-7 e B16-F10) e 17 (CI50 = 10,7 μg/mL frente a células 786-0). No ensaio de atividade genotóxica realizado com cinco dos alcaloides obtidos (1, 2, 7, 9 e 17), três (1, 2 e 17) apresentaram atividade genotóxica, destacando-se 1 e 17 os quais apresentaram genotoxicidade superior à do agente anticâncer cloridrato de doxorrubicina (controle positivo). Estes alcaloides podem interagir com o DNA como agentes intercalantes, causando eventos de mutação e recombinação e assim os seus efeitos genotóxicos podem ser um dos principais fatores que explica a citotoxicidade apresentada por estes compostos. Quanto ao ensaio de atividade antifúngica, o extrato alcaloídico das folhas demonstrou potencial fungitóxico, assim como os nove alcaloides submetidos a este ensaio (1, 2, 5, 7, 8, 9, 11, 17 e 18), os quais apresentaram fungitoxicidade frente à maioria das cepas testadas.
Ocotea acutifolia (Nees) Mez., a Lauraceous species which had not been chemically investigated previously, was collected in the southern region of Mato Grosso do Sul. The chemical study of the alkaloid extract of the leaves and the trunk bark and of the hexane and ethyl acetate phases obtained from partition of the ethanol extract of the leaves resulted in the isolation and identification and/or structural elucidation of eighteen alkaloids, one flavonoid, one polyprenol and one steroid. From the leaves were obtained seventeen aporphinoid alkaloids, (+)-dicentrine (1), (+)-ocoteine (2), (+)-nordicentrine (3), (+)-O-methylcassyfiline (4), (+)-6S-dicentrine N-oxide (5), (+)-6R-dicentrine N-oxide (6), (+)-6S-ocoteine N-oxide (7), (+)-6R-ocoteine N-oxide (8), (+)-leucoxine (9), (+)- ocoxylonine (10), (+)-norocoxylonine (11), (+)-neolitsine (12), (+)-isodomesticine (13), (+)-thalicsimidine (14), (+)-predicentrine (15), (+)-N-methyllaurotethanine (16) and thalicminine (17) and one morphinan alkaloid (+)-pallidine (18), in addition to 3-O--Lrhamnopyranosylkaempferol, ficaprenol-12 and 3-(6’-O-acyl-O--D-glucopyranosyl)- sitosterol, from which 1, 2, 4 and 17 were also isolated from the trunk bark. Alkaloids 7, 8 and 11 are new, while 12 and 14 are being reported for the first time in the genus Ocotea. The structures of the known and new compounds were established on the basis of 1D- and 2D-NMR spectroscopic techniques, optical rotation and/or mass spectrometry data. The crude extracts from the leaves and trunk bark as well as some of the isolated alkaloids were assessed for their toxicity against Artemia salina larvae, cytotoxic activity against four human cancer cell lines, genotoxicity using the somatic mutation and recombination test (SMART) in the wing cells of Drosophila melanogaster and antifungal properties against six standard fungal strains, Candida albicans, C. glabrata, C. krusei, C parapsilosis, C. tropicalis and Cryptococcus neoformans. Among the results obtained in the evaluation of the cytotoxic activity of ten aporphine alkaloids (1, 2, 5, 7-9, 11-13 and 17), it is worthy of mention the cytotoxic activities of 1 (IC50 = 11.2 μg/mL against B16-F10 cells), 2 (IC50 = 8.1 μg/mL against Hep-2 cells), 12 (IC50 = 10.2 μg/mL against MCF-7 and B16-F10 cells) and 17 (IC50 = 10.7 μg/mL against 786-0 cells). Among the five aporphine alkaloids evaluated for their genotoxic potential in the SMART assay (1, 2, 7, 9 and 17), three of them (1, 2 and 17) showed genotoxicity at the concentrations tested, from which 1 and 17 were more genotoxic than the anticancer agent doxorubicin hydrochloride, used as positive control. These alkaloids might interact with DNA as intercalating agents, causing mutational and recombinational events, and so their genotoxic effects might one of the main factors that account for their cytotoxicity. All the alkaloids assayed for their antifungal properties, namely (1, 2, 5, 7, 8, 9, 11, 17 and 18), showed fungitoxic activities against most fungal strains tested.
Palavras-chave: Lauraceae - química
Alcaloides - toxicidade
Citotoxinas
Genotoxicidade
Lauraceae - chemistry
Alkaloids - toxicity
Cytotoxins
Genotoxicity
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1663
Data do documento: 2010
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