Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/12469
Tipo: Dissertação
Título: Efeitos do consumo de Tereré pré – esforço físico sobre os indicadores de hidratação de praticantes de corrida
Autor(es): Carolina Rocha Diniz
Primeiro orientador: Christianne de Faria Coelho Ravagnani
Resumo: Introdução: A erva-mate é amplamente consumida com água gelada, em uma cuia e bomba de sucção, na forma de tereré em regiões quentes do Brasil, além do Paraguai, como uma maneira de aliviar o calor, favorecendo a hidratação. Contudo, apesar de seu uso popular e de suas alegações hidratantes, surpreendentemente existem pouquíssimos estudos voltados para a erva-mate, especialmente no contexto esportivo. Objetivo: Avaliar os efeitos do consumo do tereré pré-esforço físico sobre os indicadores de hidratação de praticantes de corrida. Metodologia: Neste estudo randomizado, cruzado, duplo cego e com wash out de 7 a 14 dias, foram selecionados 19 corredores de rua, sendo 10 homens (31,3 ± 8 anos, 173,5 ± 5,8 cm, 74,4 ± 10,2 Kg, percentual de gordura: 15,94 ± 4,24 %) e nove mulheres (32,8 ± 5,1 anos, 163,2 ± 4,5 cm, 56,8 ± 6,4 Kg, percentual de gordura 20,55 ± 7 %), divididos em dois grupos: Tereré Experimenta (TrEX), que consumiu Tereré tradicional (50g de Erva Mate, infundida em 6ml/kg do peso corporal de água fria a ±10ºC) e o Tereré Placebo (TrPL), que recebeu a mesma quantidade de água, porém com erva-mate descafeinada. No baseline, os participantes responderam a questionários socioeconômicos, recordatório alimentar e dados de treinamento e realizaram medidas antropométricas (peso e estatura). Os marcadores do estado de hidratação foram obtidos antes e depois de 45 minutos da ingestão das bebidas, incluindo medidas de massa corporal, água corporal total (ACT), intracelular (ACI) e extracelular (AEC) (por bioimpedância elétrica), gravidade específica da urina (GEU) e coloração da urina (UC). Ao término da corrida (20 a 27 minutos), foram aplicados questionários sobre a escala de sede e sensação de sede e a GEU e UC foram novamente coletadas. Resultados: A ingestão de tereré não alterou a ACT, AI, AE, GEU e a UC, em relação ao grupo TrrPl em ambos os sexos (p>0.05). Apenas o tempo teve um efeito significante na GEU tanto para mulheres (<0,01) quanto para homens (<0,01). Após a corrida, os atletas e as atletas de ambas as condições permaneceram em bom estado de hidratação. Conclusão: A ingestão de tereré não causou alterações significativas nos parâmetros de hidratação dos corredores quando comparada ao tereré descafeinado, sendo que ambas as bebidas foram capazes de manter um bom estado de hidratação dos atletas após o esforço físico. Nossos achados indicam que o tereré pode ser uma estratégia nutricional para a hidratação de corredores de rua em corridas de duração inferior a 30 minutos.
Abstract: Introduction: Yerba mate is widely consumed with cold water in the form of tereré in hot regions of Brazil, such as Mato Grosso and Mato Grosso do Sul, as well as Paraguay, as a way to alleviate heat and promote hydration. Tereré contains a variety of chemical compounds (caffeine, polyphenols, and saponins) that may positively affect the water balance inside and outside cells, aiding in blood flow, body temperature regulation, and reactions that generate energy and eliminate metabolic waste during physical activities. Despite its popular use and claims of hydration benefits, there are surprisingly few studies focused on yerba mate, especially in the sports context. Objectives: To evaluate the effects of pre-exercise tereré consumption on hydration indicators in runners. Methodology: In this randomized, crossover, double-blind study, 19 street runners (10 men and 9 women) aged 25 to 45 years were selected. All participants were familiarized with treadmill running and divided into two distinct groups: the Experimental Tereré Group, which consumed traditional tereré (50g of yerba mate infused in 6ml/kg of body weight of cold water at ±10ºC), and the Placebo Tereré Group, which received the same amount of water but with decaffeinated yerba mate. At baseline, participants answered socioeconomic questionnaires, dietary recalls, provided information about their training, and underwent anthropometric measurements (weight and height). Hydration status markers were obtained before and after 45 minutes of beverage consumption, including body mass, total body water (TBW), intracellular water (ICW) and extracellular water (ECW) (by electrical bioimpedance), urine specific gravity (UEG), and urine color (UC). At the end of the run, thirst scale and thirst sensation questionnaires were applied, and urine specific gravity and urine color were collected again. After a washout period of 7-14 days, the protocol was repeated, alternating the experimental conditions.Results: The consumption of tereré did not alter TBW, ICW, ECW, UEG or UC compared to the TrPL in both genders (p>0.05). However, time had a significant effect on UEG for both women and men. All athletes remained hydrated after the run. Conclusion: Tereré did not change the hydration parameters of the runners when compared to decaffeinated tereré, and both drinks were able to maintain a good hydration status in the athletes after physical effort. Tereré can be a nutritional strategy for hydrating street runners in races under 30 minutes.
Palavras-chave: ilex paraguariensis
erva-mate
hidratação
corrida de rua
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/12469
Data do documento: 2024
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