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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/12402
Tipo: | Dissertação |
Título: | ANÁLISE QUALITATIVA DA ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE NOS PLANOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE MATO GROSSO DO SUL: CONFORMIDADES E LACUNAS |
Autor(es): | Renata Midoguti Joia |
Primeiro orientador: | Camila Medeiros da Silva Mazzeti |
Resumo: | A obesidade é uma condição multifatorial com elevada incidência na atualidade, sendo considerada um grave problema de saúde pública. No contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), destaca-se a necessidade de organização do cuidado à saúde da pessoa com obesidade, especialmente na Estratégia Saúde da Família, por meio de ações de prevenção, promoção e autocuidado. Essas ações e metas devem estar previstas em instrumentos de gestão que garantem a elaboração e execução de políticas públicas no âmbito municipal, sendo o Plano Municipal de Saúde (PMS) o principal instrumento de planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo deste estudo foi avaliar a presença do cuidado da obesidade nos PMS dos municípios do estado de Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma pesquisa documental e exploratória, com abordagem qualitativa, baseada em Bardin (2016), realizando uma pré-análise dos conteúdos com leitura e organização dos segmentos de textos que continham o termo obesidade e variações. Para a análise textual, utilizou-se o software IRAMuTeQ, que permitiu identificar as principais coocorrências de palavras, formando categorias temáticas com base na aplicação da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), da Análise Fatorial de Correspondências (AFC) e da Análise de Similitude. A análise de conteúdo foi fundamentada na Nota Técnica n.º 5/2017 da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, que orienta a construção do PMS e na Portaria n.º 424/2013, do Ministério da Saúde, que organiza a linha de cuidado definindo diretrizes de manejo do sobrepeso e obesidade. Foram analisados PMS de 78 municípios, representando 98,7% do total, destes 53% mencionaram o termo obesidade e variações. Os resultados apontaram que a presença do termo obesidade nos documentos não assegurou a efetiva contemplação do cuidado à obesidade nos PMS, uma vez que o tema não foi priorizado como problema de saúde pública nem integrado de forma lógica à análise situacional e à definição de diretrizes, objetivos e metas, além de que nenhum dos textos fez referência a previsão orçamentária direcionada ao cuidado. Portanto, a invisibilidade da obesidade nos instrumentos de planejamento em saúde, resulta em uma atenção segregada na APS sem investimento adequado e perpetuando o cenário de negligência institucional frente ao problema. |
Abstract: | Obesity is a multifactorial condition with a high incidence in contemporary society and is considered a serious public health problem. In the context of Primary Health Care (PHC), there is a notable need to organize health care for individuals with obesity, especially within the Family Health Strategy, through actions focused on prevention, health promotion, and self-care. These actions and goals must be outlined in management instruments that ensure the development and implementation of public policies at the municipal level, with the Municipal Health Plan (PMS) serving as the main planning tool within Brazil's Unified Health System (SUS). This study aimed to evaluate the presence of obesity care in the PMS documents of municipalities in the state of Mato Grosso do Sul (MS). This is a documentary and exploratory study with a qualitative approach, based on Bardin (2016), which involved a pre-analysis of content through reading and organizing text segments containing the term "obesity" and its variations. The IRAMuTeQ software was used for textual analysis, allowing for the identification of key word co-occurrences and the formation of thematic categories based on the application of Descending Hierarchical Classification (DHC), Correspondence Analysis (CA), and Similarity Analysis. Content analysis was grounded in Technical Note No. 5/2017 from the Mato Grosso do Sul State Health Department, which guides the construction of the PMS, and in Ministerial Ordinance No. 424/2013, which organizes the care pathway and defines guidelines for managing overweight and obesity. PMS documents from 78 municipalities were analyzed, representing 98.7% of the total; of these, 53% mentioned the term "obesity" or its variations. The results showed that the mere presence of the term in the documents did not ensure the effective inclusion of obesity care in the PMS, as the topic was neither prioritized as a public health issue nor logically integrated into the situational analysis or into the definition of guidelines, objectives, and goals. Furthermore, none of the documents referenced budgetary planning specifically directed toward obesity care. Therefore, the invisibility of obesity in health planning instruments results in fragmented care in PHC, with insufficient investment and the perpetuation of institutional neglect toward the issue. |
Palavras-chave: | obesidade política de saúde estratégia saúde da família gestão de saúde atenção primária em saúde |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/12402 |
Data do documento: | 2025 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Saúde da Família |
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