Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11806
Tipo: | Dissertação |
Título: | Um diálogo auto etnográfico psicossocial sobre Escrevivências e saúde mental de mulheres negras |
Autor(es): | Maria Carolina Ferreira dos Santos |
Primeiro orientador: | Jacy Correa Curado |
Resumo: | Essa dissertação de mestrado é fruto de um posicionamento político que defende que a questão racial e as narrativas de mulheres negras devem ser inseridas na Psicologia Social como forma de produção de conhecimento e saúde mental. Assim, além de contribuir para uma Psicologia antirracista, também é pensado em como a saúde mental de mulheres negras pode ser fortalecida a partir do ato de escrever. O interesse pela interlocução entre literatura, negritude e a ciência Psicológica se dá pela trajetória da pesquisadora: mulher negra, bissexual e escritora, que participa na militância do movimento negro, leitora assídua da literatura afro brasileira e poeta. Diante disso, ancorados em uma ótica interseccional, nos debruçamos no conceito de Escrevivência, cunhado por Conceição Evaristo para compreender as experiências de mulheres negras no Brasil. É, então, uma escrita engendrada, racializada e política. Para o delineamento da pesquisa, foi utilizado a abordagem da Psicologia Social construcionista como repertório teórico metodológico, visto que promove uma visão crítica sobre a produção de conhecimento, é anti universalista, aposta na linguagem como forma de criar realidades e compreende os fenômenos humanos e sociais como resultado da cultura. A presente dissertação é também, um relato auto etnográfico; a auto etnografia é um método muito utilizado nas Ciências Humanas, em que considera as experiências da pessoa pesquisadora como ferramenta de produção de conhecimento e produto social. Como objetivo geral da pesquisa temos : 1) Analisar se a Escrevivência pode ser um fator de produção de saúde mental para mulheres negras, e como objetivos específicos : 2) Discorrer sobre a literatura feminina negra a partir de uma ótica psicossocial, 3) Contribuir com novas formas de pensar a produção de conhecimento e saúde mental e 4) Levantar o questionamento epistemológico e construibir para a construção de uma Psicologia antirracista. Na exposição das várias potencialidades da Escrevivência, reconhecemos a influência dos elementos africanos na linguagem e na forma de construção de vida, por meio do Pretuguês de Lélia Gonzales, a filosofia do Ubuntu e sankofa, que reconhece a importância da coletividade para a vivência negra, e a necessidade de olhar para o passado como pista para construção de futuro, enfatizando assim a importância do aquilombar a partir de um relato autoetnográfico. |
Abstract: | This master's thesis stems from a political stance that advocates for the inclusion of racial issues and the narratives of Black women within Social Psychology as a means of knowledge production and mental health promotion. Thus, in addition to contributing to an anti-racist Psychology, the work also explores how the mental health of Black women can be strengthened through the act of writing. Motivated by the intersection between literature, Black identity, and science, the research aims to: (1) Analyze whether Escrevivência can serve as a factor in promoting mental health for Black women, and as specific objectives: (2) Discuss Black women's literature from a psychosocial perspective, (3) Contribute to new ways of thinking about knowledge production and mental health, and (4) Raise epistemological questions and contribute to the development of an anti-racist Psychology. By exploring the multiple potentialities of Escrevivência, the study acknowledges the influence of African elements in language and life construction, through Lélia Gonzalez’s concept of Pretuguês, the Ubuntu philosophy, and Sankofa, which emphasizes the importance of collectivity in Black experience and the need to look to the past as a guide for building the future—thus highlighting the significance of quilombismo through an autoethnographic narrative. The psychological foundation of this work lies in the researcher’s own trajectory: a Black, bisexual woman and writer, active in the Black movement, a devoted reader of Afro-Brazilian literature, and a poet. From this perspective, anchored in an intersectional approach, the study focuses on the concept of Escrevivência, coined by Conceição Evaristo, to understand the experiences of Black women in Brazil. This writing is, therefore, embodied, racialized, and political. The research adopts a social constructionist approach within Social Psychology as its theoretical and methodological framework, as it offers a critical view of knowledge production, rejects universalism, values language as a creator of realities, and understands human and social phenomena as culturally shaped. This dissertation is also an autoethnographic account; autoethnography is a method widely used in the Human Sciences, which considers the researcher’s personal experiences as both a tool for knowledge production and a social product. |
Palavras-chave: | mulheres negras escrevivência questões raciais construcionismo social |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11806 |
Data do documento: | 2025 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|
um diálogo auto etnográfico psicossocial sobre Escrevivências e saúde mental de mulheres negras.REVISADA.docx (1).pdf | 1,68 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.