Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/9944
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dc.creatorBETINHA YADIRA AUGUSTO BIDEMY-
dc.date.accessioned2024-11-26T18:19:17Z-
dc.date.available2024-11-26T18:19:17Z-
dc.date.issued2024pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufms.br/handle/123456789/9944-
dc.description.abstractThis thesis sought to present, through diverse narratives produced in Guinea-Bissau, a space to discuss and reflect on the relationships between literary and cultural knowledge constructed in institutional environments or outside them, with an emphasis on productions produced by women, especially Odete Semedo and Domingas Samy. Odete Semedo is a poet active in issues related to female otherness, the political life of the country and the rights of Guinean women. Domingas Samy also turns her attention to female otherness and the traditions of the Guinean people. She was the pioneer of having published the first prose work in Guinea-Bissau – the book of short stories ,the School, in 1993, a work with which we discuss in this thesis, drawing attention to issues such as Portuguese colonialism and arranged marriages. We demonstrate the relevance of the African Party for the Independence of Guinea and Cape Verde (PAIGC) and, above all, the participation of women in the armed struggle, especially Carmem Pereira and Titina Silá, former combatants who were emblematic figures within the PAIGC, with Titina today considered a national heroine of GuineaBissau. The narratives of former combatants, together with the narratives of ordinary women from everyday life, together with the narratives of Guinean literary women, appeared side by side in this thesis as important elements in the construction of scenes of women's lives in Guinea-Bissau. This is why theories related to orature, oral literature, and Ubuntu ethics and philosophy were important to our reflections in this thesis. We tried to demonstrate with this research that thinking about literature separately from politics is a difficult task in any situation, especially when it comes to literature produced in former colonial African countries under the rubric of black women. In this way, the bodies-voices, the bodies-texts of this thesis are naturally constituted as political bodies. My research hypothesis, therefore, focuses on the proposal to read the bodies-voices of Guinean female scenes as movements of epistemic disobedience, in which I privilege productions and knowledge from the academic universe and also from outside it. A hypothesis that sustains that Guinean literary and cultural productions, even if they do not propose to be political, once they are in a place of resistance, of epistemic disobedience, are narratives that position themselves as political. This is what I defend, because they are produced, for the most part, in a non-hegemonic language, in an ancestral ethnic or Creole language, in short, in a language that is not that of the colonizer. Productions by female authors engendered in a society that is still guided by masculine values, therefore, the dialogue with these works is also political. A politics of the feminine.-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherFundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sulpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectLiteratura e cultura guineense, política, alteridade feminina, desobediência epistêmica, oralitura.-
dc.titleCorpos-vozes nas cenas de vidas guineensespt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor1Angela Maria Guida-
dc.description.resumoEsta tese buscou apresentar, por meio de narrativas diversas produzidas na GuinéBissau, um espaço para discutir e refletir acerca das relações existentes entre saberes literários e culturais construídos nos ambientes institucionais ou fora deles, com ênfase em produções engendradas por mulheres, de modo especial, Odete Semedo e Domingas Samy. Odete Semedo é uma poeta atuante nas pautas ligadas à alteridade feminina, na vida política do país e direitos das mulheres guineenses. Domingas Samy também volta seu olhar para as alteridades femininas e as tradições do povo guineense. A ela coube o pioneirismo de ter publicado a primeira obra em prosa na Guiné-Bissau – o livro de contos A escola, em 1993, obra com a qual dialogamos nesta tese, chamando atenção para questões como colonialismo português e casamentos arranjados. Demonstramos a relevância do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e sobretudo a participação das mulheres na luta armada, em especial, Carmem Pereira e Titina Silá, excombatentes, que foram figuras emblemáticas dentro do PAIGC, sendo Titina considerada hoje Heroína nacional da Guiné-Bissau. As narrativas de ex-combatentes junto às narrativas de mulheres comuns do cotidiano junto às narrativas de mulheres literatas guineenses apareceram lado a lado nesta tese como elementos importantes na construção das cenas de vidas femininas da Guiné-Bissau, por isso teorias ligadas à oratura, oralitura e a ética e filosofia ubuntu nos foram caras para as reflexões nesta tese. Tentamos demonstrar com esta pesquisa que pensar literatura separadamente de política é uma tarefa difícil em qualquer situação, sobretudo, quando se trata de uma literatura produzida em países de África, ex-colônias, sob a rubrica de mulheres pretas. Desse modo, os corpos-vozes, os corpos-textos desta tese constituem-se naturalmente como corpos políticos. Minha hipótese de pesquisa, desse modo, centrase na proposta de ler os corpos-vozes das cenas femininas guineenses como movimentos de desobediência epistêmica, em que privilegio produções e saberes do universo acadêmico e também fora dele. Uma hipótese que sustenta que produções literárias e culturais guineenses que mesmo que não se proponham a ser políticas, uma vez estando em lugar de resistência, de desobediência epistêmica são narrativas que se colocam como políticas. É isso que defendo, porque são produzidas, em sua maioria, em uma língua não hegemônica, em uma língua ancestral étnica ou crioula, enfim, em uma língua que não é a do colonizador. Produções de autoria feminina engendradas em uma sociedade que ainda se encontra pautada em valores masculinos, logo, o diálogo com essas obras também é político. Uma política do feminino.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFMSpt_BR
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