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dc.creatorKASSANDHRA PEREIRA ZOLIN-
dc.date.accessioned2024-03-07T22:23:47Z-
dc.date.available2024-03-07T22:23:47Z-
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufms.br/handle/123456789/8507-
dc.description.abstractDue to the Covid-19 pandemic, social inequality in Brazil has been worsened, increasing the population living on the streets across all over the country. Consequently, the street clinic team that is able to provide comprehensive healthcare to this population which survives even though the extreme poverty and vulnerability becomes even more essential for ensuring their social rights. Historically, this population has endured numerous health inequities, viewed through the lens of social determinants of health, requiring the development of intersectoral actions to tackle the complexity of the health issues they face. So, studies focusing on this matter are necessary to inform public policies that safeguard the fundamental rights of the homeless people (HP). The objective of this research was to analyze the work of the street clinic teams (SCT) in Mato Grosso do Sul from the perspective of intersectoral collaboration. It was a qualitative, cross-sectional, descriptive, exploratory study conducted from October 2022 to August 2023 with the participation of 18 health workers from the 04 street clinic teams in the state, situated in the cities of Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã, and Três Lagoas, as well as the management team of the State Health Secretariat. Data were collected through 03 focus groups and analyzed, post-transcription, based on the content analysis framework by Bardin (BARDIN, 2011), and the theoretical framework of intersectoriality by AKERMAN et al. (2014), defining intersectoral actions as actions undertaken for different sectors targeting the same audience facing health inequities. From the discourse analysis, four categories emerged: the work process of the street clinic teams; establishing bonds to facilitate access; stigma in daily practice; intersectoral collaboration in informality, and the competencies of each sphere. These categories highlighted that work is carried out considering the needs of this population despite challenges in organizing care due to chronic shortages of material and human resources. However, the strong bond between teams and the population is a significant strength of these teams. The stigma experienced by this population significantly impacts the work of the SCT along with other services that do not prioritize actions addressed to the HP. Non-institutionalized intersectoral actions dependent on workers interpersonal relationships result from the marginalization of policies related to vulnerable populations, poor partnerships, lack of organizational protocols, and service fragmentation. Moreover, weak management support, difficulties accessing basic hygiene and comfort services for HP, lack of service flows for migrants, and language barriers are also barriers compromising comprehensive care. Despite these obstacles, teams work to organize actions that can reduce these barriers. Therefore, this research demonstrated that despite the challenges faced by SCTs in executing their work from an intersectoral perspective, they agree that this approach can be effective in overcoming these difficulties, if it is provided by a well-organized and institutionalized actions to avoid dependence on professional work relationships. Additionally, based on the findings, recommendations were made for management and teams regarding actions to provide comprehensive care for the HP. These recommendations encompass creating experience seminars, team training, reinstating intersectoral groups, establishing boards among workers, expanding the scope of practice for teams, setting up planning, monitoring, and evaluation routines for team work, and including the team as part of an extracurricular internship program. Descriptors: Family Health Strategy; Primary Health Care; Ill-Housed Persons; Health Equity, Unified Health System; Intersectoral Collaboration.-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherFundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sulpt_BR
dc.rightsAcesso Restritopt_BR
dc.subject--
dc.titleANÁLISE DO TRABALHO DAS EQUIPES DE CONSULTÓRIO NA RUA DE MATO GROSSO DO SUL SOB A ÓTICA DA INTERSETORIALIDADEpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor1Débora Dupas Gonçalves do Nascimento-
dc.description.resumoA desigualdade social no Brasil foi agravada em virtude da pandemia da Covid-19, com aumento exponencial da população em situação de rua (PSR) em todo o território nacional. Por isso, a equipe de consultório na rua que visa atendimento de saúde integral à PSR, mostra-se ainda mais necessária para a garantia de direitos sociais àqueles que vivem em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade. Historicamente, essa população sofre com as inúmeras iniquidades em saúde, na perspectiva dos determinantes sociais de saúde, o que requer o desenvolvimento de ações intersetoriais para superar a complexidade dos problemas de saúde aos quais estão expostos. Neste sentido, os estudos com este enfoque são necessários para subsidiar as políticas públicas que garantam direitos fundamentais da PSR. O objetivo desta pesquisa foi analisar o trabalho das equipes de consultório na rua (eCR) de Mato Grosso do Sul sob a ótica da intersetorialidade. Trata-se de um qualitativo, transversal, descritivo, exploratório, realizado de outubro de 2022 a agosto de 2023 com a participação de 18 trabalhadores de saúde das 04 equipes de consultórios na rua do estado, nos municípios de: Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã e Três Lagoas, e da equipe gestora da Secretaria Estadual de Saúde. Os dados foram coletados por meio de 03 grupos focais e analisados, após transcrição, com base no referencial de análise de conteúdo preconizado por Bardin (BARDIN, 2011) e no referencial teórico de intersetorialidade de AKERMAN et al. (2014) define a intersetorialidade como ações realizada por um conjunto de diferentes setores que tem o mesmo público alvo e que sofrem com as iniquidades em saúde. Da análise dos discursos emergiram quatro categorias: o processo de trabalho das equipes de consultório na rua; o vínculo viabilizando o acesso; o estigma no cotidiano da prática; a intersetorialidade na informalidade e as competências de cada esfera. Tais categorias evidenciaram que o trabalho é realizado observando as necessidades dessa população mesmo com os desafios para organização do cuidado devido à falta crônica de recursos materiais e humanos. Apesar disso, o trabalho com o vínculo forte entre equipes e população é uma potencialidade dessas equipes. O estigma sofrido por essa população é ponto nevrálgico que afeta o trabalho das eCR juntamente com outros serviços que não veem tais ações como prioridade. As ações intersetoriais não institucionalizadas e dependente das relações interpessoais dos trabalhadores são consequência da marginalização das políticas relacionadas as populações vulneráveis, da escassez de parcerias, da falta de protocolos organizacionais e da fragmentação dos serviços. Além disso, a fragilidade no apoio da gestão, a dificuldade de acesso à garantia de serviços básicos de higiene e conforto para as pessoas em situação de rua, a falta de fluxos de atendimento ao migrante e barreira linguísticas também são fatores que comprometem o cuidado integral. Apesar desses entraves, as equipes trabalham diariamente na organização de ações que possam reduzir tais obstáculos. Desse modo, essa pesquisa mostrou que apesar dos desafios que as eCR sofrem para efetivar o seu trabalho na perspectiva da intersetorialidade, eles concordam que essa abordagem pode ser eficaz para superar essas dificuldades desde que seja bem organizada e institucionalizada para evitar relações de trabalho profissionais dependente. Outrossim, a partir dos achados encontrados foi possível elencar recomendações para a gestão e para as equipes, de ações voltadas a atenção integral a PSR. Tais recomendações abrangem: a criação de seminários de experiências, as capacitações em equipe, o restabelecimento de grupos intersetoriais, atividades de educação permanente, a criação de colegiados entre trabalhadores, ampliação do escopo de prática das equipes, o estabelecimento de rotinas de planejamento, monitoramento e avaliação do trabalho das equipes e a inclusão da equipe como campo de estágio extracurricular. Descritores: Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Pessoas em Situação de Rua; Equidade em Saúde; Sistema Único de Saúde; Colaboração Intersetorial.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFMSpt_BR
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Saúde da Família

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