Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2904
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dc.creatorPinto, Clarice Souza-
dc.date.accessioned2016-09-19T15:54:38Z-
dc.date.available2021-09-30T19:55:53Z-
dc.date.issued2016-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2904-
dc.description.abstractA infecção pelo HIV-1 continua sendo um importante problema de saúde pública cuja ocorrência, nas diferentes partes do mundo, se configura como epidemias regionais com características e determinantes próprios. O objetivo do presente estudo foi descrever os aspectos epidemiológicos, moleculares e clínicos da infecção pelo HIV-1 ao longo dos 28 anos de epidemia em Mato Grosso do Sul (MS). Estudos epidemiológicos descritivos, de série temporal, foram conduzidos utilizando dados secundários agrupados por períodos de acordo com o ano de diagnóstico de AIDS. Foram utilizados dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) que compreende todos os casos notificados de Aids em adultos, maiores de 13 anos, de 1985 a 2012, bem como dados secundários do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) do período de 2008 a 2012. No primeiro estudo, a análise dos coeficientes de incidência, mortalidade e letalidade específica, de acordo com o período de diagnóstico e o sexo dos pacientes, demonstrou que a epidemia da Aids ao longo dos 28 anos, é predominantemente masculina, com a ocorrência de feminização apenas nos primeiros 14 anos da epidemia. Foram observadas diferenças significativas na taxa de mortalidade específica de acordo com o sexo, mostrando diminuição da mesma entre os homens e estabilidade entre as mulheres, com razão de chance de sobrevida (OR) 1,3 vezes maior nas mulheres. Não foi encontrada diferença significativa entre sexo e a taxa de letalidade por Aids. No segundo estudo, a análise apontou aumento significativo na sobrevida no período período mais recente. A probabilidade de sobrevida, estimada em 10 anos após o diagnóstico, foi menor para pacientes do interior do Estado do que para os residentes da capital (20% vs. 35%; p<0,01). Observou-se também que ter tido diagnóstico no período de 2006 a 2012 (HR 0,62 CI 95%: 0,54-0,71: p<0,01) constituiu-se em fator protetor para o risco de óbito. Ter apresentado doença oportunista na ocasião da notificação (HR 2,48 CI 95%: 2,03-3,25: p˃0,01), residir no interior do estado (HR 1,41 CI 95%: 1,27-1,56: p˃0,01) ser do sexo masculino (HR 1,21 CI 95%%: 1,10-1,33: p˃0,01), ser heterossexual com relação sexual com parceiro de risco (HR 1,51 IC 95%: 1,26-1,80: p˃0,001) e uso de drogas injetáveis (HR 1,41 CI 95%: 1,16-1,72: p˃0,01) foram preditores associados ao maior risco de óbito. No terceiro estudo, observou-se a circulação dos subtipos B, C, F1 e G em MS, com predomínio do subtipo B do HIV-1 no período de 1985 a 1998 (85,4%) quanto no período de 1999 a 2012 (85,3%). Apesar do aumento da frequência do HIV-1 subtipo C em 73%, não foi encontrada diferença significativa entre os períodos estudados. A análise univariada demonstrou que ter idade entre 25 a 45 anos (p=0,004) e ser do sexo masculino (p=0,04) foi associado ao subtipo B do HIV-1. Achados relacionados à resistência do HIV-1aos antirretrovirais (ARV) demonstrou que 30,8% dos pacientes submetidos à genotipagem eram resistentes às três classes de ARV. Portanto, o conhecimento dos aspectos epidemiológicos da Aids em Mato Grosso do Sul são indicadores importantes para o delineamento das políticas públicas e estratégias de enfrentamento de uma epidemia ainda em ascenção no estado de Mato Grosso do Sul.pt_BR
dc.description.abstractABSTRACT - The HIV-1 remains a major public health problem whose way of occurrence in different parts of the world is portrayed as regional epidemics with specific characteristics and determinants. The aim of this study was to describe the epidemiological, molecular and clinical aspects of HIV-1 over the 28 years of the epidemic in Mato Grosso do Sul (MS). Descriptive epidemiological time series studies were conducted using secondary data grouped by periods according to the year of AIDS diagnosis. Secondary data were also collected from the Notifiable Diseases Information System (Sinan), comprising all cases of AIDS reported in adults over 13 years from 1985 to 2012and from the Public Health Central Laboratory (Lacen) for the period 2008 - 2012. In the first study, the analysis of incidence, mortality and specific lethality, according to the patients´ period of diagnosis and gendershowed that, over the 28 years, the AIDS epidemic predominantly affected male, and that the “feminization” occurred only in the first 14 years of the epidemic. Significant differences were observed in specific mortality rates according to gender, showing decrease among males and stability among females, with an odds ratio of survival (OR) 1.3 times higher in the latter. No significant difference between gender and specific lethality was seen. In the second study, the analysis showed significant increase in survival in the post-HAART period, with a tendency towards stability and a slight decrease in the most recent period. The probability of survival, estimated at 10 years after diagnosis, was lower for patients living in the interior of the state (20%) than for capital residents (20% vs. 35%; p <0.01). It was also observed, as a protective factor for the risk of death, the fact of being diagnosed in the 2006-2012 period (HR 0.62 95% CI: 0.54 to 0.71: p <0.01). Predictors associated with increased risk of death were seen, namely: having presented opportunistic disease at the time of notification (2:48 HR 95% CI: 2:03 to 3:25: p<0.01); residingin the interior (HR 1:41 95% CI: 1:27 to 1:56: p <0.01); being male (HR 1.21 95% CI: 110-1.33: p<0.01); being heterosexual and having sexual intercourse with risk partners (HR1.51 95% CI: 1.26-1.80: p<0.01); and using injecting drugs (HR 1.41 95% CI: 1.16-1.72: p< 0.01). In the third study, the circulation of subtypes B, C, F1 and G in MS was observed, with a predominance ofHIV-1 subtype B, detected in 85.4% and 85.3% of cases diagnosed in the periods 1985-1998 and 1999-2012, respectively. Despite the increase in HIV-1 subtype C rate at 73%, no significant difference was seen between the study periods. Univariate analysis showed that age between 25-45 years (p = 0.004) and male gender (p = 0.04) were associated with subtype B HIV-1. Findings related to the resistance of HIV-1 to antiretrovirals (ARV) showed that 30.8% of patients who underwent genotyping were resistant to three classes of these drugs. Therefore, knowing the epidemiological aspects of AIDS in Mato Grosso do Sul is an important tool for designing public policies and management strategies for an epidemic still on the rise in the state.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMortalidadept_BR
dc.subjectSexopt_BR
dc.subjectSobrevidapt_BR
dc.subjectHIV-1pt_BR
dc.subjectSíndrome de Imunodeficiência Adquirida - diagnósticopt_BR
dc.subjectSíndrome de Imunodeficiência Adquirida - históriapt_BR
dc.subjectAcquired Immunodeficiency Syndromept_BR
dc.subjectMortalitypt_BR
dc.subjectSexpt_BR
dc.subjectSurvivorship (Public Health)pt_BR
dc.subjectAcquired Immunodeficiency Syndrome - diagnosispt_BR
dc.subjectAcquired Immunodeficiency Syndrome - historypt_BR
dc.titleAids em Mato Grosso do Sul, 1985-2012: a história contada pela epidemiologiapt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor1Castro, Ana Rita Coimbra Motta de-
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias

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