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dc.creatorAntonio, Mayara Caroline Ribeiro-
dc.date.accessioned2014-09-11T19:23:31Z-
dc.date.available2021-09-30T19:56:51Z-
dc.date.issued2014-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2010-
dc.description.abstractHá uma crescente discussão na comunidade científica sobre os transtornos mentais, em especial, acerca da depressão, devido ao fato dela estar relacionada como uma das principais causas de sobrecarga mental e incapacitação das atividades diárias na população em geral e em grupos específicos, sendo considerada como o mal do século e podendo atingir o topo das doenças mentais até 2020. Sabe-se que o trabalho e o ambiente no qual ele se desenvolve podem favorecer o aparecimento de doenças físicas e psíquicas. Os profissionais da área da saúde encontram-se mais vulneráveis à isso, principalmente quando exercem suas atividades em áreas e serviços específicos, como no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Assim, partindo do pressuposto de que as condições e o ambiente de trabalho influenciam significativamente na saúde do trabalhador e que a evolução dos transtornos mentais ocorre de forma gradativa, é imprescindível que os profissionais da equipe de enfermagem, que atuam no SAMU, devam ter sua saúde preservada, por meio de acompanhamento periódico de seu estado de saúde físico e mental. Com isso, o objetivo geral do estudo foi identificar a prevalência de sintomatologia sugestiva de depressão em profissionais de enfermagem de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência de uma Região Central do Brasil. Os objetivos específicos foram relacionar as características sociodemográficas e profissionais com a sintomatologia de depressão e relacionar a prevalência de sintomatologia sugestiva de depressão com as alterações de saúde dos profissionais. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa dos dados, realizado entre julho e outubro de 2013, nos SAMUs da Macrorregião do estado de Mato Grosso do Sul. A população foi composta por 41 profissionais de enfermagem em Campo Grande (13 enfermeiros, 27 técnicos e 1 auxiliar de enfermagem); 14 em Três Lagoas (sete enfermeiros e sete técnicos); 11 em Dourados (4 enfermeiros, 5 técnicos e 2 auxiliares) e 19 em Corumbá (8 enfermeiros, 10 técnicos e 1 auxiliar). Os critérios de inclusão foram ser profissionais do quadro efetivo do serviço e aceitar participar da pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.Ressalta-se que não houve nenhuma recusa em participar da pesquisa. Os trabalhadores que estavam afastados, em período de férias e/ou licença no momento da coleta de dados, foram excluídos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul sob o parecer nº. 282.196/2013. Para a coleta dos dados, aplicou-se o Inventário de Depressão de Beck, que identifica os sintomas sugestivos de depressão e um formulário adaptado para registrar as características sociodemográficas, profissionais e de saúde. A análise dos dados constou de: análise descritiva dos dados e dicotomização dos participantes em dois grupos (I: com sintomatologia de depressão e II: sem sintomatologia sugestiva de depressão). Utilizou-se os testes Qui-quadrado, Qui-quadrado de tendência e Teste Exato de Fisher, e foram calculadas as razões de prevalência, com os respectivos intervalos de confiança de 95%. Para as variáveis que influenciaram nos quadros de depressão, aplicou-se a Regressão de Cox. Dos 94 profissionais, 85 participaram do estudo, sendo que 48,2% estavam lotados no município de Campo Grande; 55,3% eram do sexo feminino e casados; 56,5% tinham idade menor ou igual a 35 anos; 51,8% ganhavam o equivalente a três salários ou menos; 67,0% moravam em imóvel próprio com a família; 57,7% eram técnicos de enfermagem; 49,4% trabalhavam na área a menos de dez anos; 74,1% trabalhavam no SAMU a menos de cinco anos; dos 37,6% de profissionais de nível superior (enfermeiros), 81,3% possuíam pós-graduação em nível de especialização; 56,5% não estavam estudando no momento da coleta de dados; 45,9% trabalhavam em período integral; 80,0% em período noturno; 72,9% possuíam somente um vínculo empregatício; 44,7% trabalhavam entre nove e dezesseis horas por dia; 78,8% dormiam de quatro a oito horas por noite e 94,1% possuíam veículo próprio para se locomover até o trabalho. A prevalência de sintomatologia sugestiva de depressão encontrada foi de 11,8%. Devido às características do trabalho em urgência e emergência é fundamental que o profissional tenha sua saúde física e mental preservada, através de acompanhamento periódico e de condições de trabalho, independente de sua atividade, em conformidade com a legislação de proteção ao trabalhador. Evidencia-se a necessidade de melhoria das condições de trabalho, de adoção de estratégias de enfrentamento e de medidas de prevenção, tendo em vista os sintomas assinalados no Inventário de Depressão de Beck com alto percentual para irritabilidade (65,9%), fadiga (64,7%), preocupação somática com o estado de saúde (43,5%), falta de satisfação (40,0%) e distúrbio do sono (62,3%). Relacionando as alterações de saúde com os sintomas sugestivos de depressão, houve associação significativa entre as variáveis, pois encontrou-se prevalência de sintomas sugestivos de depressão quatro vezes maior nos trabalhadores portadores de transtorno mental, em comparação aos não portadores deste tipo de doença. Conclui-se que, os profissionais que apresentaram escores para a sintomatologia sugestiva de depressão (11,8%) também mostraram alta porcentagem de sintomas depressivos assinalados no IDB e associação significativa com a prevalência de sintomatologia sugestiva de depressão e transtorno mental, além de outras doenças relacionadas. Sugere-se que é fundamental que ocorra a integração das políticas de Saúde Mental e Saúde do Trabalhador na perspectiva da compreensão de que o processo saúde-doença pode incidir no ambiente ocupacional.pt_BR
dc.description.abstractABSTRACT - There is an ongoing debate in the scientific community about mental disorders, especially about depression, due to it being listed as one of the leading causes of mental overload and impairment of daily activities in the general population and specific groups actually being considered evil of the century and reaching the top of mental illnesses until 2020. It is known that the labor and the environment in which it develops can promote the emergence of physical and psychological illnesses. The health professionals are more vulnerable to it, especially when they carry out their activities in specific areas and services, such as Mobile Medical Service (SAMU). Thus, assuming that the conditions and the work environment significantly influence the health of workers and the development of mental disorders occurs gradually, it is essential that professional nursing team, who work in the SAMU, should have their health preserved through periodic state of the physical and mental health monitoring. The general objective of the study was to identify the prevalence of symptoms suggestive of depression among nursing Services Mobile Emergency Care of a Central Region of Brazil. The specific objectives were to relate sociodemographic and professional characteristics to the symptoms of depression and to relate the prevalence of symptoms suggestive of depression and changes in health professionals. This is an epidemiological, descriptive cross-sectional study with a quantitative approach to the data, carried out between July and October 2013, in SAMUs Macro-region of the state of Mato Grosso do Sul's population was composed of 41 nurses in Campo Grande (13 nurses, 27 technicians and 1 assistant nurse); 14 in Três Lagoas (7 nurses and 7 technicians); 11 in Dourados (4 nurses, 2 technicians and 5 assistants) and 19 in Corumba (8 nurses, 10 technicians and 1 assistant). Inclusion criteria Professional headcount service were to be accepted and participate in the study by signing the consent form. Asure that there was no refusal to participate. Workers who were away on vacation and / or license at the time of data collection were excluded. The project was approved by the Ethics Committee in Research of the Federal University of Mato Grosso do Sul in the opinion paragraph. 282.196/2013. For data collection, we used the Beck Depression Inventory, which identifies symptoms suggestive of depression and one adapted to record sociodemographic, health professionals and form features. Data analysis consisted of: descriptive data analysis and dichotomizing participants into two groups (I with symptoms of depression and II no symptoms suggestive of depression). We used the chi-square test, Chi-square test for trend and Fisher's exact test, and were calculated prevalence ratios, with confidence intervals of 95%. For variables that influenced in depression, we applied the Cox Regression Of the 94 professionals, 85 participated in the study, of which 48.2% were crowded in Campo Grande; 55.3% were female and married sex; 56.5% were aged less than or equal to 35 years; 51.8% earned wages equivalent to three or less; 67.0% lived in their own property with the family; 57.7% were nursing technicians; 49.4% worked in the field less than ten years; 74.1% worked in the SAMU less than five years; of 37.6% for top-level professionals (nurses), 81.3% had post-graduate level specialization; 56.5% were not studying at the time of data collection; 45.9% worked full-time; 80.0% in night; 72.9% had only one job; 44.7% worked between nine and sixteen hours a day; 78.8% slept four to eight hours per night and 94.1% had own vehicle to commute to work. The prevalence of symptoms suggestive of depression was 11.8%. Due to the characteristics of work in emergency care is crucial that health professionals have their physical and mental health preserved through regular monitoring and working conditions, regardless of their activity, in accordance with the rules of worker protection. Highlights the need for improvement of working conditions, the adoption of coping strategies and prevention measures, in view of the symptoms reported in Beck Depression Inventory with high percentage to irritability (65.9%), fatigue (64.7%), somatic preoccupation with health (43.5%), lack of satisfaction (40.0%) and sleep disturbance (62.3%). Relating changes in health with symptoms suggestive of depression, there was a significant association between the variables since met four times higher prevalence of symptoms suggestive of depression among workers with mental disorders, compared to non-carriers of this type of disease. We conclude that, professionals who had scores for symptoms suggestive of depression (11.8%) also showed high percentage of depressive symptoms reported in IDB and significant association with the prevalence of symptoms suggestive of depression and mental illness, and other related diseases. It is suggested that it is critical that the integration of mental health policies and Occupational Health in the perspective of understanding the health-disease process can focus on workplace occurs.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectEnfermagem Psiquiátricapt_BR
dc.subjectEquipe de Enfermagempt_BR
dc.subjectSaúde do Trabalhadorpt_BR
dc.subjectServiços Médicos de Emergênciapt_BR
dc.subjectTranstornos Mentaispt_BR
dc.subjectPsychiatric Nursingpt_BR
dc.subjectNursing, Teampt_BR
dc.subjectOccupational Healthpt_BR
dc.subjectEmergency Medical Servicespt_BR
dc.subjectMental Disorderspt_BR
dc.titleA identificação dos sintomas depressivos na equipe de enfermagem do serviço de atendimento móvel de urgência de Mato Grosso do Sulpt_BR
dc.title.alternativeThe identification of depressive symptoms in the nursing staff of the mobile call the emergency service of Mato Grosso do Sulpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor1Candido, Mariluci Camargo Ferreira da Silva-
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Enfermagem

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