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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/13592Registro completo de metadados
| Campo DC | Valor | Idioma |
|---|---|---|
| dc.creator | Daniele Pereira Rodrigues | - |
| dc.date.accessioned | 2025-12-02T18:12:23Z | - |
| dc.date.available | 2025-12-02T18:12:23Z | - |
| dc.date.issued | 2025 | pt_BR |
| dc.identifier.uri | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/13592 | - |
| dc.description.abstract | High rates of urbanization and rapid habitat loss in urban centers pose major challenges for biodiversity conservation, making cities complex ecosystems for sustaining diverse biological communities. Increased population density is often associated with reduced biodiversity, as it intensifies the negative effects of urbanization on ecosystems. Together, these processes create significant challenges for the persistence of certain bird species in urban environments. The new conditions imposed by urban areas reduce the availability of green spaces, which can negatively affect the occurrence of less tolerant species, the so-called urban avoiders, while favoring those more adapted to disturbance. Thus, cities that preserve fragments of native vegetation and structures capable of harboring local bird species can sustain greater urban diversity, playing a key role in the conservation and maintenance of these communities. To understand how the urbanization process impacts biodiversity in a tropical city located in the Cerrado biome, one of the world’s main biodiversity hotspots, this thesis used birds as a model group. I investigated different levels of urbanization in the city of Campo Grande (MS), and the potential effect of tree cover on the structure of bird assemblages. In Chapter 1, I examined how tree cover, building density, and population density influence bird abundance and species richness in urban areas. In addition, I evaluated whether these patterns vary among different ecological guilds (habitat, trophic niche, and primary lifestyle) and which component of beta diversity (turnover or nestedness) explains variation in community composition. The results showed that tree cover was the most important variable, having a positive effect on the richness and abundance of forest species while negatively affecting species associated with human-modified environments, granivores, and terrestrial species. Beta diversity between sites was mostly explained by the turnover component (97%), indicating species replacement along the urban gradient. Variation in community composition was significantly associated with tree cover, with areas of greater vegetation cover hosting more similar communities, in contrast to highly urbanized areas, which exhibited greater heterogeneity and a predominance of generalist species. In Chapter 2, I evaluated how environmental variables (tree cover, building density, and population density) at three spatial scales (75 m, 200 m, and 500 m) influence the functional diversity of bird communities across 30 urban locations. Four complementary functional diversity metrics (richness, evenness, divergence, and functional dispersion) were calculated from morphological traits (beak, tail, wing length, and body mass). The results showed that functional evenness (FEve) was negatively related to tree cover at all scales and positively related to the proportion of urban area at the 75 m and 200 m scales, indicating a more homogeneous distribution of functions in more urbanized environments. The other functional diversity metrics (FRic, FDis, and FDiv) showed no significant relationships with environmental variables. Moreover, the community-weighted means (CWMs) of morphological traits indicated a positive effect of urbanization on wing length, suggesting that species with greater flight capacity tend to be favored in more urbanized areas. In Chapter 3, I assessed the potential of urban road verges (median strips between avenues) to maintain and conserve bird communities across different levels of urbanization (low 90%). The alpha, beta, and gamma diversity of bird assemblages sampled in 30 urban road verges distributed among these classes were compared. The results showed that sites with low urbanization had higher average species richness (alpha diversity) and higher total species numbers (gamma diversity) than those with intermediate and high urbanization. Total beta diversity was also higher in the low and intermediate urbanization classes, reflecting greater heterogeneity among communities. In contrast, highly urbanized areas exhibited more homogeneous communities, with lower species turnover and greater nestedness. Turnover was the main component of the driving variation in beta diversity, especially in less urbanized areas. These results indicate that urban road verges with greater vegetation cover and lower urbanization intensity play an important role in maintaining local and regional diversity, functioning as complementary habitats and potential ecological corridors for birds in highly modified urban landscapes. Our findings highlight the importance of managers and decision-makers prioritizing the maintenance and expansion of native vegetation along the urban gradient. Heterogeneous environments within anthropogenic areas favor more diverse bird communities, with greater resource availability and, consequently, enhanced ecosystem service provision. Strengthening programs for the restoration and proper management of native vegetation, therefore, represents an essential strategy for conserving urban biodiversity and promoting more sustainable and resilient cities. | - |
| dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
| dc.publisher | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul | pt_BR |
| dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
| dc.subject | paisagem urbana | - |
| dc.subject | diversidade de aves | - |
| dc.subject | conservação | - |
| dc.title | Diversidade taxonômica e funcional em assembleias de aves em uma área urbana no hotspot do Cerrado | pt_BR |
| dc.type | Tese | pt_BR |
| dc.contributor.advisor1 | Mauricio de Almeida Gomes | - |
| dc.description.resumo | As altas taxas de urbanização e a rápida perda de habitat nos centros urbanos representam grandes desafios para a conservação da biodiversidade, tornando as cidades ecossistemas complexos para sustentar comunidades biológicas diversas. O aumento da densidade populacional está frequentemente associado à redução da biodiversidade, uma vez que intensifica os efeitos negativos da urbanização sobre os ecossistemas. Em conjunto, esses processos representam grandes desafios para a persistência de algumas espécies em ambientes urbanos, inclusive espécies de aves. As novas condições impostas pelos ambientes urbanos reduzem a disponibilidade de áreas verdes. Essa redução pode afetar negativamente a ocorrência de espécies menos tolerantes, ou chamadas de evitadoras urbanas, e favorecer aquelas mais adaptadas às perturbações. Dessa forma, cidades que mantêm fragmentos de vegetação nativa e estruturas capazes de abrigar espécies de aves locais podem sustentar uma maior diversidade urbana, desempenhando um papel fundamental na conservação e manutenção dessas comunidades. Para compreender como o processo de urbanização impacta a biodiversidade em uma cidade tropical localizada no bioma Cerrado, um dos principais hotspots de biodiversidade do mundo, esta tese utilizou as aves como grupo modelo. Assim, investiguei diferentes níveis de urbanização na cidade de Campo Grande (MS) e o potencial efeito da cobertura arbórea na estrutura das assembleias de aves. No Capítulo 1, investiguei como a cobertura arbórea, a densidade de construções e a densidade populacional influenciam a abundância e a riqueza de espécies de aves em áreas urbanas. Além disso, avaliei se esses padrões variam entre diferentes guildas ecológicas (habitat, nicho trófico e estilo de vida primário) e qual componente da diversidade beta (turnover e nestedness) explica a variação na composição das comunidades. Os resultados mostraram que a cobertura arbórea foi a variável mais importante, apresentando efeito positivo sobre a riqueza e a abundância de espécies florestais, enquanto teve efeito negativo sobre espécies associadas a ambientes humanos modificados, granívoras e terrestres. A diversidade beta entre os locais foi majoritariamente explicada pelo componente de turnover (97%), indicando substituição de espécies ao longo do gradiente urbano. A variação na composição das comunidades foi significativamente associada à cobertura arbórea, com áreas de maior cobertura arbórea apresentando comunidades mais semelhantes entre si, em contraste com áreas mais urbanizadas, que mostraram maior heterogeneidade e predominância de espécies generalistas. No Capítulo 2, avaliei como variáveis ambientais (cobertura arbórea, densidade de construções e densidade populacional) em três escalas espaciais (75 m, 200 m e 500 m) influenciam a diversidade funcional das comunidades de aves em 30 locais urbanos. Foram consideradas quatro métricas complementares de diversidade funcional (riqueza - FRic, uniformidade - FEve, divergência - FDiv e dispersão funcional - FDis), calculadas a partir de características morfológicas (comprimento do bico, cauda e asa, e massa corporal). Os resultados mostraram que a uniformidade funcional (FEve) apresentou relação negativa com a cobertura arbórea em todas as escalas e positiva com a proporção de área urbana nas escalas de 75m e 200m, indicando uma distribuição mais homogênea das funções nas áreas mais urbanizadas. As demais métricas de diversidade funcional (FRic, FDis e FDiv) não apresentaram relações significativas com as variáveis ambientais. Além disso, as médias ponderadas das características morfológicas (CWMs) indicaram um efeito positivo da urbanização sobre o comprimento da asa, sugerindo que espécies com maior capacidade de voo tendem a ser favorecidas em ambientes mais urbanizados. Por fim, no Capítulo 3, avaliei o potencial das urban road verges (canteiros centrais entre avenidas) em manter e conservar comunidades de aves em diferentes níveis de urbanização (baixa 90%). Foram comparadas a diversidade alfa, beta e gama das assembleias de aves amostradas em 30 urban road verges, distribuídas entre essas classes de urbanização. Os resultados mostraram que os locais com baixa urbanização apresentaram maior riqueza média de espécies (diversidade alfa) e maior número total de espécies (diversidade gama) em comparação às áreas com urbanização intermediária e alta. A diversidade beta total também foi mais elevada nas classes de baixa e intermediária urbanização, refletindo uma maior heterogeneidade entre as comunidades. Em contraste, áreas com alta urbanização apresentaram comunidades mais homogêneas, com menor substituição (turnover) de espécies e maior aninhamento (nestedness). A substituição (turnover) foi o principal componente responsável pela variação na diversidade beta, especialmente nas áreas menos urbanizadas. Esses resultados indicam que as urban road verges com maior cobertura vegetal e menor intensidade de urbanização têm um papel relevante na manutenção da diversidade local e regional, funcionando como habitats complementares e potenciais corredores ecológicos para aves em ambientes urbanos altamente modificados. Nossos resultados destacam a importância de que gestores e tomadores de decisão priorizem a manutenção e o aumento da vegetação nativa ao longo do gradiente urbano. Ambientes heterogêneos dentro de áreas antrópicas favorecem comunidades de aves mais diversas, com maior disponibilidade de recursos e, consequentemente, maior oferta de serviços ecossistêmicos. Assim, o fortalecimento de programas de restauração e manejo de vegetação nativa adequado representa uma estratégia essencial para a conservação da biodiversidade urbana e para a promoção de cidades mais sustentáveis e resilientes. | pt_BR |
| dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
| dc.publisher.initials | UFMS | pt_BR |
| Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação | |
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|---|---|---|---|
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