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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11890
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.creator | LETICIA ALVES LEONARDO | - |
dc.date.accessioned | 2025-05-15T14:45:22Z | - |
dc.date.available | 2025-05-15T14:45:22Z | - |
dc.date.issued | 2025 | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11890 | - |
dc.description.abstract | This research aims to analyze the genesis of capitalist land ownership in the Bolsão region (Mato Grosso do Sul), based on the theoretical foundation that considers the reproduction of latifundium as a constitutive element of the capitalist mode of production, that is, as a result of the unequal and combined development of capitalism. The appropriation of land, which currently comprises the eastern region of the state of Mato Grosso do Sul, began in the early decades of the 19th century with the arrival of migrants from Minas Gerais and São Paulo, led by the families Garcia and Lopes, who were searching for areas suitable for livestock farming. The occupation pattern was based on the demarcation of land claims, forming vast estates (latifundia), which, over time, were reproduced and adapted to new functions and contexts. The region’s concentrated land structure has recently facilitated the territorialization of capitalist agriculture of sugarcane and eucalyptus. However, the appropriated lands were not "empty spaces"; rather, the territorial formation of Bolsão was structured through mechanisms of Indigenous expropriation and extermination, particularly affecting the Caiapó and Ofaié peoples. Thus, the hypothesis reaffirmed in this study is that the genesis of capitalist land ownership in Bolsão was founded on the dispossession of Indigenous lands, reproducing the contradictory logic of rentier capitalism, which both establishes and preserves latifundia. Consequently, this process enabled capital production and its expanded reproduction, aligning with the rentier imperatives of the capitalist system. The forced adaptation to the expansionist agro-pastoral model, based on land concentration, led to the disintegration of the Ofaié’s cultural systems and significant demographic losses, while the Caiapó faced near-total extinction. The research methodology involved: literature review of authors analyzing agrarian issues through the lens of the unequal and contradictory development of capitalism; the organization of secondary data; documentary research in institutional archives, such as the Public Archive of Mato Grosso and the AGRAER collection; the analysis of legal actions contesting the declaratory ordinance of the Ofaié-Xavante Indigenous Land; as well as fieldwork and interviews. The results obtained from the research confirm that the territorial formation of Bolsão, resulted in the extermination of many of its original inhabitants, thus exposing the inherent violence in the constitution of capitalist land ownership. Keywords: Capitalist land ownership. Territorial formation. Rentier capitalism. Agrarian question. Indigenous lands. | - |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.publisher | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Propriedade privada capitalista da terra. Formação territorial. Rentismo. Questão agrária. Terras indígenas. | - |
dc.title | APROPRIAÇÃO CAPITALISTA DA TERRA NOS TERRITÓRIOS DOS CAIAPÓ E DOS OFAIÉ NA REGIÃO DO BOLSÃO (MS) | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Sedeval Nardoque | - |
dc.description.resumo | Esta pesquisa propõe-se a analisar a gênese da propriedade capitalista da terra na região do Bolsão (MS), partindo do fundamento teórico que entende a reprodução do latifúndio como elemento constitutivo do modo capitalista de produção, ou seja, como resultado do desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo. A apropriação das terras, que atualmente compreende a região do Bolsão do estado de Mato Grosso do Sul, ocorreu nas primeiras décadas do século XIX com a entrada de mineiros e paulistas, capitaneados pelos Garcia e Lopes, que buscavam por áreas propícias à atividade criatória. O padrão de ocupação fundamentou-se na demarcação de posses, verdadeiros latifúndios, e foram, ao longo do tempo, se reproduzindo, adquirindo outras funções e conteúdo. A estrutura fundiária concentrada da região propiciou, em anos recentes, a territorialização da agricultura capitalista da cana de açúcar e do eucalipto. As terras apropriadas, todavia, não se caracterizavam como “espaços vazios”, na verdade, a formação territorial do Bolsão estruturou-se a partir de elementos para expulsão e extermínio indígenas: Caiapó e Ofaié. Deste modo, a hipótese a ser reafirmada é a de que a gênese da propriedade capitalista da terra no Bolsão teve como fundamento o esbulho nas terras indígenas, reproduzindo a lógica contraditória do capitalismo rentista, de formação e de preservação do latifúndio. Portanto, resultou na possibilidade de produção e a reprodução ampliada de capital, atendendo aos desígnios rentistas do sistema capitalista. A acomodação forçada ao modelo expansionista agropastoril, fundamentado na concentração de terras, custou aos Ofaié a desintegração de seus sistemas culturais e perdas demográficas significativas, e aos Caiapó, a quase completa extinção. Como procedimentos de pesquisa, empregou-se: revisão bibliográfica, em autores que elaboram análises sobre a questão agrária, fundamentados no pressuposto de que o desenvolvimento do modo capitalista de produção ocorre de forma desigual e combinada e por processos contraditórios; a organização de dados secundários, pesquisa documental em acervos institucionais, como o Arquivo Público de Mato Grosso e ao acervo da AGRAER; a análise de ações judiciais de contestação da portaria declaratória da Terra Indígena Ofaié-Xavante, além da realização do trabalho de campo e de entrevistas. O resultado obtido com a pesquisa possibilitou a confirmação de que a formação territorial do Bolsão, resultou no extermínio de muitos dos seus originais habitantes, desnudando, dessa forma, a violência inerente ao processo de constituição da propriedade capitalista da terra. Palavras-chave: Propriedade capitalista da terra. Formação territorial. Rentismo. Questão agrária. Terras indígenas. | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFMS | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Geografia (Campus de Três Lagoas) |
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Arquivo | Tamanho | Formato | |
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