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https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4793
Tipo: | Dissertação |
Título: | Aos olhos de Taunay: a representação de Camapuã na literatura brasileira |
Autor(es): | Erick Vinicius Mathias Leite |
Primeiro orientador: | Wellington Furtado Ramos |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é discutir a obra de Visconde de Taunay sob as óticas da representação e da não ficção e, com isso, debater as supostas verdade e invenção na produção do referido autor, tendo como recorte passagens de alguns de seus textos no que tangem ao território de Camapuã (Mato Grosso do Sul). Nossa pesquisa abrange variadas obras da produção de Taunay; dentre as consideradas supostamente como não-ficção valer-nos-emos de trechos presentes nos relatos/diários de viagem Viagens de Outr’ora (1921a), Cartas da Campanha (1921b) Visões do Sertão (1923a), Scenas de Viagem (1923b), Dias de guerra e sertão (1927), Marcha das forças (1928), Em Matto Grosso invadido (1929) Ceos e Terras do Brasil (1930), da antologia A cidade do ouro e das ruínas (1923c), e da biografia Augusto Leverger, almirante barão de Melgaço (1931). De envergadura ficcional, encontramos referências apenas no romance Inocência (2017), mas também abordaremos trechos de Memórias (2005) e A retirada da Laguna (1873) para calcar algumas observações de ordem prática. O autor esteve no sul de Mato Grosso quando participou da coluna que rumava em direção à Guerra do Paraguai na segunda metade do século XIX, e passou por Camapuã ao final da campanha, ocasião que mais tarde figuraria em seus escritos. A produção de Taunay está fortemente relacionada às suas experiências de viagem, tanto nas obras ficcionais quanto nas não-ficcionais, a realidade e a invenção se misturam e se completam. Verifica-se que os lugares representados estão estreitamente ligados à subjetividade do autor e apresentam singularidades da escrita, a que chamamos de “taunayana”. Esse estilo particular do autor, que congrega vieses estéticos e político-literários, está sujeito às armadilhas da memória, além de estar arraigado à tradição dos relatos de viagem e a uma forma de contemplação preconizada pelos românticos. Partindo dos liames da teoria com a fortuna crítica, intencionamos investigar nosso corpus e pontuar sua dimensão narrativa em detrimento da verdade postulada nelas. Para tanto, traçamos um percurso analítico que visa a tensionar o conceito de representação, desde a antiguidade clássica, de Aristóteles (2005) e Platão (2000), até pensadores contemporâneos: Walter Benjamin (2012), Antoine Compagnon (1999) e Luiz Costa Lima (1981). Tendo em vista a construção peculiar de sua produção não-ficcional, consultamos os teóricos da informação: Patrick Charaudeau (2006), Muniz Sodré (2009) e Edvaldo Pereira Lima (2012). Com base no levantamento teórico e na análise do nosso corpus literário, esperamos contribuir para novas leituras acerca da representação de Camapuã na literatura brasileira. |
Abstract: | El objetivo de este trabajo es discutir la obra del Visconde de Taunay desde la perspectiva de la representación y la no ficción y, con ello, debatir verdad e invención en la producción de ese autor, teniendo como recorte pasajes de algunos de sus textos sobre el territorio Camapuã (Mato Grosso do Sul). Nuestra investigación abarca una gama de obras de la producción de Taunay, entre las del género de no ficción utilizaremos extractos presentes en los informes/diários de viaje, Viagens de Outr’ora (1921a), Cartas da Campanha (1921b) Visões do Sertão (1923a), Scenas de Viagem (1923b), Dias de guerra e sertão (1927), Marcha das forças (1928), Em Matto Grosso invadido (1929) y Ceos e Terras do Brasil (1930), en la antologia A cidade do ouro e das ruínas (1923c), y en la biografia Augusto Leverger, almirante barão de Melgaço (1931). De ámbito ficcional, encontramos referencias sólo en la novela. Inocência (2017). También cubriremos extractos de Memórias (2005) y A retirada da Laguna (1873) También abordaremos extractos para fundamentar algunas observaciones prácticas. El autor se encontraba en el sur de Mato Grosso cuando participó en la columna que se dirigía a la Guerra del Paraguay en la segunda mitad del siglo XIX, y pasaba por Camapuã al final de la campaña, ocasión que luego aparecería en sus escritos. La producción de Taunay está fuertemente relacionada con sus experiencias de viaje, tanto en obras de ficción como de no ficción, la realidad y la invención se mezclan y se completan. Se verifica que los lugares representados están íntimamente ligados a la subjetividad del autor y presentan singularidades de escritura, lo que denominamos “taunayana”. Este particular estilo del autor, que aúna sesgos estéticos y político-literarios, está sujeto a las trampas de la memoria, además de enraizarse en la tradición de los relatos de viaje y en una forma de contemplación propugnada por los románticos. Partiendo de los vínculos de la teoría con la fortuna crítica, pretendemos indagar en nuestro corpus y puntuar su dimensión narrativa en detrimento de la verdad que en ellos se postula. Para ello, trazamos un camino analítico que pretende subrayar el concepto de representación, desde la antigüedad clásica, de Aristóteles (2005) y Platão (2000), a los pensadores contemporáneos:Walter Benjamin (2012), Antoine Compagnon (1999) y Luiz Costa Lima (1981). Ante la peculiar construcción de su producción de no ficción, consultamos a teóricos de la información:Patrick Charaudeau (2006), Muniz Sodré (2009) e Edvaldo Pereira Lima (2012). Con base en el levantamiento teórico y el análisis de nuestro corpus literario, esperamos contribuir con nuevas lecturas sobre la representación de Camapuã en la literatura brasileña. |
Palavras-chave: | Literatura Brasileira Século XIX Camapuã Representação Não ficção Visconde de Taunay Escrita taunayana. |
País: | Brasil |
Editor: | Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Sigla da Instituição: | UFMS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4793 |
Data do documento: | 2022 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens |
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