Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/12666
Tipo: Tese
Título: O corpo (geo)político boliviano: práticas de teorizações fronteiriças descoloniais
Autor(es): JULIA EVELYN MUNIZ BARRETO GUZMAN
Primeiro orientador: Marta Francisco de Oliveira
Resumo: Esta tese tem como objetivo refletir acerca das configurações dos corpos (geo)políticos bolivianos, entendidos como corpos situados em um lócus específico — a Bolívia — e atravessados por diferentes epistemologias, resistências e formas de existir e pensar. Para tanto, intenta, sob o viés da crítica biográfica (SOUZA, 2002), da crítica biográfica fronteiriça (NOLASCO, 2013) e das teorizações descoloniais (MIGNOLO, 2003), construir uma reflexão sobre como esses corpos (geo)políticos bolivianos vêm, desde o período colonial, resistindo e praticando aquilo que hoje conceituamos como descolonialidade. Para tal reflexão, recorre a Silvia Rivera Cusicanqui, Fausto Reinaga, Juan José Bautista, Rafael Bautista Segales, Pablo Mamani Ramírez, Walter Mignolo, Edgar Cézar Nolasco, Marcos Antônio Bessa-Oliveira, dentre outros autores. A tese é organizada em quatro capítulos. No primeiro, intitulado ―Pensar é o mesmo que sentir e viver: a re-volta do ser donde yo pienso‖, é traçada uma malha histórica da formação da Bolívia, articulando os processos coloniais e suas permanências na constituição dos corpos (geo)políticos bolivianos. No segundo capítulo, ―Interculturalidade como projeto pluriversal desde abajo‖, são discutidas as colonialidades do ser, do saber e do poder, bem como suas rupturas a partir dos ideais do Estado Plurinacional e da Interculturalidade, considerando os projetos descoloniais e a atuação dos movimentos sociais que reconfiguram a cena política do país. O terceiro capítulo, ―Práticas de teorizações descoloniais: os corpos pluriversais bolivianos‖, dedica-se às práticas cotidianas que, embora por vezes tensionadas pelas estruturas modernas, não deixam de produzir sentidos outros, vinculados a modos próprios de existência e pensamento, o que dá corpo e concretude à hipótese em desenvolvimento. Por fim, o quarto capítulo, ―Voltar ao passado e caminhar no presente: haverá um futuro?‖, reflete sobre os acontecimentos mais recentes, entre 2024 e 2025, problematizando as formas de governo possíveis e os tensionamentos entre o Estado-nação e os projetos de autogoverno indígena em curso no país, encerrando a argumentação no intuito de comprovar a tese levantada.
Abstract: This thesis aims to discuss the configurations of Bolivian (geo)political bodies, taken as bodies situated in a specific locus — Bolivia — and traversed by different epistemologies, resistances, and ways of existing and thinking. To this end, it attempts, from the perspective of biographical criticism (SOUZA, 2002), border biographical criticism (NOLASCO, 2013), and decolonial theorizing (MIGNOLO, 2003), to construct a discussion on how these Bolivian (geo)political bodies have, since the colonial period, resisted and practiced what we now conceptualize as decoloniality. For this discussion, it draws on Silvia Rivera Cusicanqui, Fausto Reinaga, Juan José Bautista, Rafael Bautista Segales, Pablo Mamani Ramírez, Walter Mignolo, Edgar Cézar Nolasco, Marcos Antônio Bessa-Oliveira, among other authors. The thesis is organized in four chapters. The first, entitled ―Pensar é o mesmo que sentir e viver: a re-volta do ser donde yo pienso,‖ traces the historical framework of Bolivia's formation, articulating colonial processes and their permanence in the constitution of Bolivian (geo)political bodies. The second chapter, ―Interculturalidade como projeto pluriversal desde abajo,‖ discusses the colonialities of being, knowledge, and power, as well as their ruptures based on the ideals of the Plurinational State and Interculturality, considering decolonial projects and the actions of social movements that are reshaping the country's political landscape. The third chapter, ―Práticas de teorizações descoloniais: os corpos pluriversais bolivianos,‖ is dedicated to everyday practices that, although sometimes strained by modern structures, nevertheless produce other meanings, linked to their own modes of existence and thought, which give substance and concreteness to the hypothesis under development. Finally, the fourth chapter, ―Voltar ao passado e caminhar no presente: haverá um futuro?,‖ discusses recent events between 2024 and 2025, problematizing possible forms of government and the tensions between the nation-state and ongoing Indigenous self-government projects in the country, concluding the argument with the aim of proving the thesis.
Palavras-chave: corpo (geo)político
Bolívia
Descolonialidade
Corpopolítica
Geopolítica
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/12666
Data do documento: 2025
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens

Arquivos associados a este item:
Não existem arquivos associados a este item.


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.