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Tipo: Dissertação
Título: AUTOPERCEPÇÃO POSITIVA DA SAÚDE EM ADULTOS DE MEIA-IDADE E PESSOAS IDOSAS: UM ESTUDO LONGITUDINAL
Autor(es): Nathalia Assis de Souza Altran
Primeiro orientador: Bruna Moretti Luchesi Kwiatkoski
Resumo: A autopercepção de saúde é um dado subjetivo que reúne informações percebidas pela pessoa sobre sua própria saúde. É considerada um preditor de morbimortalidade, portanto, conhecer os fatores que a estimulam de forma positiva é essencial para promover saúde e o envelhecimento saudável. O objetivo deste trabalho é analisar os fatores sociodemográficos e biopsicossociais associados às mudanças na autopercepção positiva da saúde de adultos de meia-idade e pessoas idosas em três momentos no tempo. Trata-se de um estudo longitudinal, desenvolvido com 300 participantes com idade de 45 anos ou mais, cadastrados nas Unidades de Saúde da Família do município de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Brasil. A coleta de dados aconteceu nos anos de 2018/2019 (T1), 2021 (T2) e 2023 (T3). A variável dependente foi a autopercepção da saúde positiva e as independentes foram: dados sociodemográficos e de saúde, fragilidade, sintomas depressivos e hábitos de vida. Os dados foram analisados no Statistical Package for Social Science (SPSS), utilizando modelos de regressão multinomial. O projeto atendeu a todos os requisitos éticos. A maior parte da amostra era mulher (65,7%), tinha companheiro (56,0%), média de 60,9 anos de idade e 5,7 anos de escolaridade, usava medicamentos (75,7%), era frágil (56,3%), tinha sintomas depressivos (56,7%) e hábitos de vida saudáveis (49,3%). Em T1, 51,7% dos participantes tiveram autopercepção positiva de saúde, a qual foi associada a não usar medicamentos (OR = 2,60), ser não frágil (OR = 8,73) ou pré-frágil (OR = 2,11) e não ter sintomas depressivos (OR = 1,86). Em T2, a prevalência de autopercepção positiva de saúde foi 52,3%, sendo que 38,3% mantiveram a autopercepção positiva e 14,0% evoluíram para positiva entre T1 e T2. Os participantes que eram não frágeis (OR = 9,74) ou pré-frágeis (OR = 2,58) e que não tinham sintomas depressivos (OR = 3,56) tiveram mais chances de manter a autopercepção positiva de T1 para T2; e os participantes homens (OR = 2,23) e sem sintomas depressivos (OR = 3,17) tiveram maior chance da autoavaliação se tornar positiva entre T1 e T2. Em T3, 54,0% tinham autopercepção positiva de saúde, sendo que 41,3% mantiveram sua autopercepção como positiva, e 12,7% tornaram-se positivos entre T2 e T3. Observou-se menor chance da autopercepção se manter (OR = 0,97) e se tornar positiva (OR = 0,95) entre T2 e T3 em indivíduos com maior idade; e maior chance de se manter positiva para os não frágeis (OR = 4,10) e pré-frageis (OR = 2,92). Conclui-se que os homens, pessoas que não possuem fragilidade ou são pré-frageis, que não têm sintomas depressivos e possuem menor idade conseguem manter ou promover a autopercepção positiva ao longo do tempo. O estudo reforça a importância de conhecer os fatores que estimulam a autopercepção positiva de saúde da população para nortear ações assistenciais e políticas públicas, a fim de promover saúde e o envelhecimento saudável. Dentre as ações, destacam-se a prevenção, diagnóstico precoce e reversão/ tratamento da fragilidade e da depressão, especialmente nos grupos de mulheres mais velhas; sendo o enfermeiro, como um líder da equipe da Atenção Primária à Saúde, um profissional essencial nesse processo.
Abstract: Self-perceived health is subjective data that gathers information perceived by the person about their health. It is considered a predictor of morbidity and mortality, therefore, knowing the factors that stimulate it positively is essential to promote a healthy life and aging. The objective of this study is to analyze the sociodemographic and biopsychosocial factors associated with changes in the positive self-perceived health of middle-aged and older adults at three points in time. This is a longitudinal study, developed with 300 participants aged 45 years or older registered in the Family Health Units of the municipality of Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Brazil. Data collection took place in the years 2018/2019 (T1), 2021 (T2) and 2023 (T3). The dependent variable was positive self-perceived health and the independent variables were: sociodemographic and health data, frailty, depressive symptoms and lifestyle habits. Data were analyzed using the Statistical Package for Social Science (SPSS) using multinomial regression models. The project met all ethical requirements. Most of the sample was female (65.7%), had a partner (56.0%), had a mean age of 60.9 years and 5.7 years of schooling, used medication (75.7%), was frail (56.3%), had depressive symptoms (56.7%) and had healthy lifestyle habits (49.3%). At T1, 51.7% of participants had a positive self-perceived health, which was associated with not using medication (OR = 2.60), being non-frail (OR = 8.73) or pre-frail (OR = 2.11) and not having depressive symptoms (OR = 1.86). At T2, the prevalence of positive self-perceived health was 52.3%, with 38.3% maintaining a positive self-perception and 14.0% evolving to positive between T1 and T2. Participants who were non-frail (OR = 9.74) or pre-frail (OR = 2.58) and who did not have depressive symptoms (OR = 3.56) were more likely to maintain a positive self-perception from T1 to T2. Male participants (OR = 2.23) and those without depressive symptoms (OR = 3.17) were more likely to have their self-perception become positive between T1 and T2. At T3, 54.0% had a positive self-perceived health, with 41.3% maintaining their self-perception as positive, and 12.7% becoming positive between T2 and T3. There was a lower chance of self-perception remaining positive (OR = 0.97) and becoming positive (OR = 0.95) between T2 and T3 in older individuals; and a higher chance of remaining positive for non-frail individuals (OR = 4.10) and pre-frail individuals (OR = 2.92). It was concluded that men, people who are not frail or pre-frail, who do not have depressive symptoms and who are younger can maintain or promote positive self-perceived health over time. The study reinforces the importance of knowing the factors that stimulate the population's positive self-perception of health to guide care actions and public policies, in order to promote health and healthy aging. Among the actions, prevention, early diagnosis and reversal/treatment of frailty and depression stand out, especially in groups of older women. The nurse, as a leader of the Primary Care health team, is an indispensable professional in this process.
Palavras-chave: Autopercepção. Enfermagem Geriátrica. Envelhecimento. Idoso. Pessoa de Meia-Idade. Qualidade de vida.
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11893
Data do documento: 2025
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (Câmpus de Três Lagoas)

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