Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11585
Tipo: Tese
Título: ANÁLISE ULTRASSONOGRÁFICA MUSCULAR PERIFÉRICA EM PACIENTES COM LESÃO CEREBRAL AGUDA INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEUROLÓGICA
Autor(es): Rayssa Bruna Holanda Lima
Primeiro orientador: Gustavo Christofoletti
Resumo: O avanço no cuidado intensivo tem levado a maior sobrevida, no entanto, o processo de internação hospitalar pode culminar em alterações da arquitetura e perda muscular. A ultrassonografia muscular periférica é uma ferramenta viável a fim de facilitar o acompanhamento da morfologia muscular e carece de maiores evidências no perfil de pacientes críticos neurológicos. Portanto, como objetivo, este estudo buscou avaliar a análise ultrassográfica muscular periférica em pacientes com lesão cerebral aguda e acompanhar a evolução ao longo do tempo de internação na UTI até o desfecho final (alta da UTI ou óbito). Estudo longitudinal e observacional realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neurológica, onde foram coletadas variáveis ultrassonográficas quantitativas e qualitativas, tais como: espessura muscular do bíceps braquial, quadríceps femoral e do reto femoral, área de secção transversa e ecointensidade do reto femoral. Utilizamos inferência estatística em testes de comparações a fim de acompanhar os momentos de toda a amostra (n=57) e na fragmentação dois grupos (alta x óbito). Nós também exploramos a correlação (teste de Spearman) entre os dados quantitativos sociodemográficos e clínicos com os achados do primeiro momento da USG na admissão na UTI. Como resultado, a amostra total apresentou média de idade igual a 53±17 anos, predomínio do perfil neurocirúrgico e média de internação na UTI em 10±5 dias. Houve diferença entre os dois grupos (alta na UTI versus óbito na UTI) quanto a pontuação do IMC (p=0,024) e tempo de sedação (p=0,030). Observamos mudanças na arquitetura muscular relacionada à redução da área de secção transversa do reto femoral, espessura do bíceps braquial e melhora da ecointensidade do reto femoral. A idade, peso, IMC, gravidade da doença e tempo de internação hospitalar foram correlacionadas especialmente aos parâmetros quantitativos da USG muscular. Concluímos que, é necessário maiores estudos a fim do melhor entendimento nos indivíduos neurocríticos mais indicados ao acompanhamento imediato da avaliação seriada pela ferramenta. Ademais, é necessário protocolos de intervenção validados e amplamente utilizados com base em tais medições para monitorar a ocorrência de perda muscular ou para orientar a terapia. Estudos adicionais são, portanto, de importância essencial para estabelecer melhor o papel e a posição desse instrumento no contexto do caminho diagnóstico-terapêutico de pacientes gravemente enfermos.
Abstract: Advances in intensive care have led to increased survival rates; however, the hospitalization process can result in architectural changes and muscle loss. Peripheral muscle ultrasound is a viable tool to facilitate monitoring of muscle morphology, but there is a lack of evidence in the profile of critically ill neurological patients. Therefore, this study aimed to evaluate peripheral muscle ultrasound analysis in patients with acute brain injury and monitor the evolution over time of ICU hospitalization until the final outcome (ICU discharge or death). This is a longitudinal and observational study carried out in a Neurological Intensive Care Unit, where quantitative and qualitative ultrasound variables were collected, such as: muscle thickness of the biceps brachii, quadriceps femoris and rectus femoris, cross-sectional area and echo intensity of the rectus femoris. We used statistical inference in comparison tests to monitor the moments of the entire sample (n=57) and in the fragmentation of two groups (discharge x death). We also explored the correlation (Spearman test) between sociodemographic and clinical quantitative data with the findings of the first USG at ICU admission. As a result, the total sample had a mean age of 53±17 years, a predominance of the neurosurgical profile and a mean hospital stay of 10±5 days. There was a difference between the two groups (discharge from the ICU versus death in the ICU) regarding the IMS score (p=0.024) and sedation time (p=0.030). We observed changes in muscle architecture related to the reduction of the cross-sectional area of the rectus femoris, thickness of the biceps brachii and improvement of the echo intensity of the rectus femoris. Age, weight, BMI, severity of the disease and length of hospital stay were correlated especially with the quantitative parameters of muscle USG. We conclude that further studies are needed in order to better understand which neurocritical individuals are most suitable for immediate monitoring of the serial assessment by the tool. Furthermore, validated and widely used intervention protocols based on such measurements are needed to monitor the occurrence of muscle wasting or to guide therapy. Further studies are therefore of essential importance to better establish the role and position of these instruments in the context of the diagnostic-therapeutic pathway of critically ill patients.
Palavras-chave: -
País: Brasil
Editor: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Sigla da Instituição: UFMS
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11585
Data do documento: 2025
Aparece nas coleções:Programa de Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Tese de Doutorado Rayssa Bruna Holanda Lima .pdf2,16 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.