ODONTECTOMIA PARCIAL INTENCIONAL PARA PRESERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DO TECDO ÓSSEO E GENGIVAL VISANDO A REABILITAÇÃO ORAL

Abstract

A odontectomia parcial intencional (OPI) ou coronectomia é uma abordagem cirúrgica que consiste na remoção da porção coronária dos elementos dentários tratados endodonticamente visando a manutenção das suas raízes no alvéolo dentário. O objetivo deste trabalho é abordar o uso da OPI como adjuvante ao tratamento de reabilitação oral (RO) demonstrando a utilização desse tipo de procedimento em três relatos de caso, sendo duas pacientes do sexo feminino (45 e 56 anos, respectivamente) e um paciente do sexo masculino (37 anos) atendidos na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Faodo- UFMS). No relato de caso 1, paciente do sexo feminino, 45 anos, foi até a Faodo- UFMS relatando ter um dente tratado endodonticamente que fraturou e queria extraí-lo. Ela também sentia dor forte na boca em alguns períodos e que, por conta da dor, tem encontrado dificuldade em relaxar, o tratamento escolhido foi a OPI do elemento 45 e reabilitação com prótese parcial removível inferior para que a mesma conseguisse se planejar para instalação dos implantes. No relato de caso 2, paciente do sexo feminino, 56 anos, procurou atendimento pois sentia vergonha em relação aos dentes e a dificuldade em comer certos tipos de alimentos. A OPI foi o tratamento escolhido para o dente 44 e reabilitação com posterior instalação de prótese parcial removível superior e inferior. No relato de caso 3, paciente do sexo masculino, idade 37, compareceu nas clínicas odontológicas da Faodo- UFMS com o intuito de realizar reabilitação oral, já que ele sentia que a vida em geral ficou pior, devido a perda dos elementos dentários. O tratamento escolhido foi OPI dos dentes 13, 23, 25, 33 e 43 e reabilitação com próteses totais removíveis superior e inferior. Dessa forma, com a OPI conseguiu-se a RO com a manutenção da altura do remanescente ósseo e adaptação das próteses, bem como também a preservação óssea para, eventualmente, futura instalação de implantes dentários caso os pacientes venham a optar. Portanto, a OPI pode ser uma ferramenta clínica financeiramente viável para a RO visando a preservação alveolar com restabelecimentos dos aspectos biopsicofuncionais e a qualidade de vida do paciente.